Nota do Blog: Este artigo foi publicado originalmente em 18 de julho de 2014, parte de uma série de 07 edições da coluna “Um Olhar Sobre Rio Negrinho”, de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, publicado originalmente no "Jornal do Povo" de Rio Negrinho, na qual abordaram o tema a grande enchente ocorrida no período entre 07 e 14 de junho de 2014, além de temas correlatos a esta tão importante matéria. Com intuito de manter sempre viva esta lembrança, este Blog reproduz todos os textos publicados, com intuito de mover as autoridades competentes na busca de uma solução definitiva para este tão grave problema de nossa comunidade.
OUTRA VEZ ?
CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Esta
não foi a primeira catástrofe na qual Rio Negrinho afundou nas águas da
enchente. No mínimo, antes desta, houve outras três de maior intensidade.
Em 1891 choveu
torrencialmente durante quinze dias provocando enchentes nunca vistas. Aquela enchente
atingiu seu máximo no dia 21 de junho. Naquela oportunidade foram destruídas as
pontes sobre o rio Negrinho, rio dos Bugres, rio Preto e igualmente a
importante ponte sobre o rio Negro na cidade vizinha de Rio Negro.
Em 1983 a
segunda grande enchente cobriu nossa cidade deixando o povo pasmo diante da
calamidade.
Em 1992 a
terceira com idênticas proporções causou enormes estragos e a quarta, vinte e
dois anos depois, em junho de 2014, veio
com muita rapidez e fúria na noite de sábado para domingo (7 e 8 de Junho)
pegando a maioria dos rionegrinhenses de surpresa causando prejuízos de grande
monta. Muita gente perdeu tudo o que tinha e até a presente data muitas casas
não mais foram habitadas, outras ficaram parcial ou completamente destruídas.
Certeiramente outras enchentes de grandes proporções virão além das menores que
esquentam a cabeça das pessoas de vez em quando. Por este motivo Rio Negrinho
deverá preparar-se bem melhor para enfrentá-las.
Apesar
das enchentes anteriores Rio Negrinho ainda não aprendeu a lição de como
combater este grande mal, sucumbindo mais uma vez nas águas barrentas e
fétidas. Muito há que se fazer!
Abordaremos este importante detalhe em edições
futuras. Além das enchentes, muitas outras tragédias assolaram nossa cidade e
nossa gente em várias épocas passadas. Deste assunto também falaremos em
edições futuras.
Hoje
veremos um pouco mais da última enchente. As fotos a seguir mostram cenas durante
a enchente e as mesmas, pós-enchente. Umas revelam rápida recuperação, outras
revelam a irrecuperabilidade.
IMEDIAÇÕES DA VIA-FÉRREA PRÓXIMO À PONTE
DO "GIBACO" – NA ENCHENTE.
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IMEDIAÇÕES DA VIA-FÉRREA PRÓXIMO À
PONTE
DO "GIBACO" – DEPOIS DA ENCHENTE
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REGIÃO PRÓXIMA AO VIADUTO DA BR 280
SOBRE A VIA FÉRREA – NA ENCHENTE
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REGIÃO PRÓXIMA AO VIADUTO DA BR 280 – PÓS-ENCHENTE |
IMEDIAÇÕES DA VIA-FÉRREA – PÓS-ENCHENTE.
Neste lugar o fusca ficou preso nos trilhos da estrada de ferro.
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RUA
SENADOR NEREU RAMOS – PÓS ENCHENTE – DEPOIS DA LIMPEZA. A impressão que se tem é que aqui nunca houve enchente! |
IMEDIAÇÕES
DO "NOSSO POSTO" (IPIRANGA) VISTO DE CIMA – NA ENCHENTE. As bombas de combustíveis ficaram cobertas pelas águas. |
IMEDIAÇÕES
DO "NOSSO POSTO"– PÓS ENCHENTE- COMPLETAMENTE RECUPERADO. |
CONSIDERAÇÕES FINAIS. O SOL VOLTARÁ A
BRILHAR. Depois de um período conturbado, repleto de preocupações
e problemas de toda espécie, quando as águas dominavam a paisagem sob nuvens
sombrias, quem não desejaria a volta para casa a fim de apreciar a
tranqüilidade do lar com sua família reunida ao redor da mesa, trocando idéias
num gostoso jantar e depois deliciar-se com um bom e regenerador sono em uma
gostosa cama macia e quentinha nos dias frios de inverno? Entretanto, não foi o
que aconteceu com muita gente que perdeu tudo na enchente! Depois, quando as
águas baixaram e puderam ver suas casas fora da água, aquelas casas onde
moravam dias antes, encontraram as cenas mais desoladas possíveis: tudo
destruído, encharcado na lama pútrida e, infelizmente, não mais em condições de
uso. Inabitáveis! Imagine a dor e a amargura indescritíveis dessa gente sofrida
naquele momento agudo na história das duas vidas! Só sabe dizer como foi, quem
passou por isso! No entanto, os fortes sabem que perder uma luta não significa
perder a guerra e que em nenhum momento deve-se perder a esperança e sucumbir
na lama da vida! Por isso, renovados de coragem, deram continuidade à vida e
conceberam um novo mundo mais uma vez! Com luta e trabalho ergueram-se das
“cinzas” para edificar um novo templo de amor e prosperidade. Com certeza o sol voltará a brilhar para
essa gente!
Por hoje é só! Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!
Fique com Mamãe e Papai do Céu!
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