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terça-feira, 24 de julho de 2012

Renato Piccinini: inovação na campanha eleitoral a vereador de 1982.

Renato e seu pai Felici Piccinini à rua Martin Zipperer, ao início das visitas eleitorais.  (foto acervo de Doris Piccinini)
Renato e Felici Piccinini numa pausa da campanha em plena rua Senador Nereu Ramos (foto acervo Doris Piccinini)
As primeiras eleições municipais após a extinção da ARENA e do MDB em 1980, foram realizadas em 15/11/1982, com a escolha do novo prefeito e dos novos vereadores, para um mandado de 6 anos. Com as mais variadas estratégias, slogans e meios de propaganda, as eleições municipais se apresentaram em 1982, com 43 candidatos ao legislativo municipal, dos quais 21 pela legenda do PDS e 22 pelo PMDB. Como destaque de inovação propagandística naquelas eleições, o então candidato a vereador Renato Piccinini se apresentou a comunidade desfilando ladeado pelo seu pai Felici Piccinini, num "Fordinho" 1929, no qual acoplou um "outdor", na forma de uma pintura trazendo o seu perfil, com o respectivo número eleitoral. Renato Piccinini que foi radialista em Rio Negrinho, assessor de imprensa da Comissão do Centenário - CENFUR, membro da diretoria da Sociedade Musical e da Sociedade Esportiva Ipiranga, mudou-se após o centenário de Rio Negrinho em 1980 para São Bento do Sul, onde foi por vários anos assessor de imprensa na Prefeitura de São Bento do Sul, não foi eleito nessa eleição, obtendo cerca de 112 votos. Porém, a maneira inovadora de campanha ficou registrada em nossa história. Renato Piccinini veio a falecer em maio de 1994. (Fonte: dados eleitorais do TRE/SC)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Data das Eleições para os cargos de Prefeito e Vereadores em Rio Negrinho, a partir de 1954

Sinopse das eleições municipais para os cargos de Prefeito e Vereadores, a partir de 1954, data da instalação do Município de Rio Negrinho.

Ano
Executivo Municipal
Leg.
Legislativo
1954
Posse: 27/02/1954 (do Prefeito nomeado)
---
---
1954
Eleição: 03/10/1954
Posse: 15/11/1954
Eleição: 03/10/1954
Posse: 15/11/1954
1958
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Eleição: 30/10/1958
Posse: 22/12/1958
1959
Eleição: 30/08/1959
Posse: 15/11/1959
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1962
---
Eleição: 07/10/1962
Posse: 15/11/1962
1964
Eleição: 23/10/1964
Posse: 15/11/1964
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---
1965
Eleição: 03/10/1965
Posse: 31/01/1966
---
---
1966
---
Eleição: 15/11/1966
Posse: 31/01/1967
1969
Eleição: 30/11/1969
Posse: 31/01/1970
Eleição: 30/11/1969
Posse: 31/01/1970
1972
Eleição: 15/11/1972
Posse: 31/01/1973
Eleição: 15/11/1972
Posse: 31/01/1973
1976
Eleição: 15/11/1976
Posse: 01/02/1977
Eleição: 15/11/1976
Posse: 01/02/1977
1982
Eleição: 15/11/1982
Posse: 01/02/1983
Eleição: 15/11/1982
Posse: 01/02/1983
1988
Eleição: 15/11/1988
Posse: 01/01/1989
Eleição: 15/11/1988
Posse: 01/01/1989
1992
Eleição: 15/11/1992
Posse: 01/01/1993
10ª
Eleição: 15/11/1992
Posse: 01/01/1993
1996
Eleição: 15/11/1996
Posse: 01/01/1997
11ª
Eleição: 15/11/1996
Posse: 01/01/1997
2000
Eleição: 01/10/2000
Posse: 01/01/2001
12ª
Eleição: 01/10/2000
Posse: 01/01/2001
2004
Eleição: 03/10/2004
Posse: 01/01/2005
13ª
Eleição: 03/10/2004
Posse: 01/01/2005
2007
Eleição: 11/03/2007
Posse: 01/04/2007
---
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2008
Eleição: 05/10/2008
Posse: 01/01/2009
14ª
Eleição: 05/10/2008
Posse: 01/01/2009

Notas do Blog:
1 – Criação do Município de Rio Negrinho: Lei Estadual nº 133, de 30/12/1953;
2 – O Município foi desmembrado de São Bento do Sul;
3 – Criação Zona Eleitoral de Rio Negrinho: 05/03/1981;
4 – Logo após a criação do município Henrique Liebl foi nomeado prefeito pelo Governo do Estado, com a posse ocorrida em 27/02/1954, até a posse do primeiro prefeito eleito, cuja posse ocorreu em 15/11/1954;
5 – As primeiras eleições municipais em Rio Negrinho ocorreram em 03/10/1954, nas quais o mandato do prefeito municipal era de 5 anos, até 1964, e o mandato de vereadores era de 4 anos, até 1966;
6 – Por consequência as eleições subsequentes a 1954, ocorreram “solteiras”, numa data destinada só a prefeito e em outra somente para vereadores, até 1969, quando novamente as eleições municipais se realizaram num mesma data, para um mandato coincidente de prefeito e vereadores;
7 – Até 1969 os prefeitos eram eleitos sem o seu respectivo vice, papel destinado ao presidente da Câmara de Vereadores;
8– A eleição de prefeito municipal em 1964 foi realizada pela via indireta, na Câmara de Vereadores, de acordo com o ato institucional nº 10 da Assembléia Legislativa de SC.
(Fonte: dados e informações do TRE/SC)

sábado, 7 de julho de 2012

Otto Dilson Dettmer e Geraldo Ruckl (acima), candidatos a prefeito e a vice nas eleições de 1982, pelo PDS. Abaixo, modelo de cédula eleitoral
Oscar Correa Vellasques e Gilson Ribeiro, candidatos a prefeito e vice, com a nominata de vereadores do PMDB, nas eleições de 1982
Modelo de cédula eleitoral com a propaganda eleitoral, para governador, senador, prefeito, deputado federal, deputado estadual e vereador, da legenda do PMDB, nas eleições de 1982.
Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque, prefeito no período de 1983 a 1988, tendo como vice Conrado Treml.
A eleição de 1982 processou-se durante a ditadura militar, realizadas em 15 de novembro de 1982, com aspectos restritivos e casuísticos, próprios daquele pleito, principalmente a constranger a oposição e beneficiar o partido do poder, o então PDS.
Dentre as normas casuísticas estavam: a proibição de coligação (associação eleitoral de dois ou mais partidos); o estabelecimento do voto vinculado (anulação, se fossem indicados candidatos de legendas diferentes para postos distintos); a obrigação de os partidos lançarem concorrentes para todos os cargos para que pudessem participar do pleito. A elas se somava a utilização da sublegenda para Prefeito e Senador (a possibilidade de um partido lançar mais de uma candidatura para o mesmo cargo), em vigor desde 1966, bem como as restrições ao Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral.
Foi uma eleição em que o eleitor teve que escolher seis cargos: o governador do estado, uma vaga de senador, a composição da Câmara dos Deputados e da Assembléia Legislativa, além do Prefeito e dos vereadores municipais.
Dentro dessas normas estabelecidas realizou-se a campanha eleitoral em Rio Negrinho, no qual o eleitor foi obrigado a escolher o candidato a Prefeito, a vereador, a deputado estadual, a deputado federal e a senador dentro de uma mesma sigla partidária, sob pena de ter seu voto anulado. Outra norma importante que se aplicou para a eleição de prefeito foi a da sublegenda, na qual os partidos poderiam lançar mais de um candidato pelo mesmo partido, somando-se os votos dos menos votados para o mais votado.
Com este artifício eleitoral elegeu-se prefeito Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque naquela eleição de 1982. Para Prefeito se candidataram, pelo PDS, Alvaro Spitzner, ex-prefeito e empresário, Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque, ex-vereador e médico e Otto Dilson Dettmer, empresário e, pelo PMDB, Oscar Correa Vellasques, empresário e ex-vereador.
O resultado das eleições se apresentou com o seguinte resultado: PDS - Alvaro Spitzner – 1.717 votos, Otto Dilson Dettmer – 1.608 e Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque – 2.372 votos; PMDB – Oscar Correa Vellasques – 4.230 votos. Pelas normas eleitorais então vigente foi declarado prefeito eleito Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque, com apenas 23,8%, para um mandato de 6 anos, ao passo que Oscar Correa Vellasques, tinha recebido 42,6%. Falhou na estratégia de campanha o PMDB ao lançar somente um candidato a Prefeito, pois a diferença final de votos entre os 02 partidos concorrentes foi de apenas 1.467.
Portanto, as normas eleitorais então vigentes permitiu que o prefeito declarado eleito não representasse a vontade da grande maioria da população e sim os votos depositados numa legenda eleitoral. (Fonte: dados eleitorais extraídos do site do TRE/SC)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Eleições municipais de Rio Negrinho, em 2000

Guido Ruckl (PFL) e Yelva Albuquerque (PPB), candidatos a prefeito e vice em 2000.
Valdemiro Hackbart e Eloí, candidatos a prefeito e vice pelo PT, em 2000
Mauro Mariani e Almir José Kalbusch, candidatos a prefeito e vice, em 2000
Slogan eleitoral utilizado pelo candidato Mauro Mariani sugerindo a sua reeleição, na campanha eleitoral em 2000.
Através da Emenda Constitucional nº 16, de 04/06/1997, aprovada pelo Congresso Nacional, foi estabelecido o instituto da reeleição no ordenamento jurídico-eleitoral brasileiro, admitindo-se a possibilidade do Presidente da República, Governadores e Prefeitos municipais disputarem a reeleição para o mandato seguinte, condicionada as eleições imediatamente subsequente ao primeiro mandato e somente por uma vez. Esta norma foi aplicada pela primeira vez nas eleições de 1998 para presidente da República e para governadores dos Estados, e, posterioremente nas eleições municipais de 2000. 
Nessas eleições de 2000 concorreram, pela reeleição, o então prefeito municipal Mauro Mariani (PMDB), tendo como vice o empresário Almir José Kalbusch, numa coligação entre PMDB/PSDB e PTB. Concorreram ainda ao cargo de prefeito o ex-prefeito Guido Ruckl (PFL), tendo como vice a ex-vereadora Yelva Albuquerque (PPB), numa coligação entre PFL/PPB e concorrendo em chapa única o PT, com Valdemiro Hackbart, tendo como vice Eloí.
A eleição municipal de 2000 se apresentava com alguns aspectos relevantes: 1 - Rio Negrinho esperava uma grande disputa eleitoral, envolvendo o ex-prefeito Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque e Mauro Mariani. Dr. Romeu emprestara apoio importante a Mauro Mariani nas eleições de 1996 e acalentava o sonho de retornar a Prefeitura nas eleições de 2000. Infelizmente Dr. Romeu veio a falecer ao início de 2000; 2 - o governo do então prefeito Mauro Mariani detinha um alto índice de aprovação popular, somado ao seu carisma pessoal; 3 - a coligação entre PFL e PPB, sugerida pelas lideranças estaduais, aos dois partidos historicamente rivais a nível municipal, representados Guido Ruckl e Yelva Albuquerque, viúva de Romeu Albuquerque, não foi bem entendida pela população rionegrinhense, azedada por ações judiciais movidos um contra outro, quando no exercício do cargo de prefeito; 4 - o PT, se apresentou com candidatura sem coligação, de um trabalhador e de uma dona de casa, sem um conhecimento maior junto a comunidade; 5 - Mauro Mariani e Guido Ruckl já foram os maiores protagonistas na disputa eleitoral à Prefeitura, nas eleições de 1996.
Como resultado eleitoral se apresentou como prefeito reeleito Mauro Mariani, com 12.997 votos, representando 65,6% dos votos válidos; Guido Ruckl, com 6.261 votos, representando 31,6% dos votos válidos; e, Valdemiro Hackbart, com 541 votos, representando 2,7% dos votos válidos. (Nota do Blog: dados eleitorais extraídos do TRE/SC)