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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: ESCOLA AURORA SIQUEIRA JABLONSKI

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 27/11/2020, na edição nº 5.349 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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Esse histórico foi realizado baseado no trabalho de pesquisa inicial elaborado pelo ex-aluno Wilson Reichwald, revisados e complementados pelas professoras Ivone Detroz Rodrigues e Ilse Muhlbauer Vicente, e pelo Autor desta Coluna.

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As escolas municipais na área urbana de Rio Negrinho, ao início da década de 1960, se resumiam a Escola Marta Tavares, situada no bairro Cruzeiro, ao Educandário Santa Terezinha/Ginásio São José, no Centro e a Escola Prof. Jorge Zipperer, situado no Bairro Vila Nova. Havia também a antiga Escola Municipal Km. 106, atual Escola Prefeito Frederico Lampe, situada no Bairro São Pedro.

Com o crescimento do Bairro Bela Vista, onde os alunos desse bairro se deslocavam até a Escola Marta ou ao Educandário Santa Terezinha, surgiu a idéia de criar uma nova escola neste bairro.

A futura Escola Aurora teve início em 1963 com a construção de 2 salas de aula em terreno doado por José Hantschel, no Bairro Bela Vista, criada em 1964 com a denominação de Escola Isolada de Bela Vista. No entanto as suas atividades se iniciaram no ano letivo de 1965, tendo à frente a Professora Miriam Floriani Muehlbauer, nomeada para trabalhar como professora e responsável pela Escola, com 99 alunos distribuídos em 4 turmas, tendo como professoras Mirian Floriani Muehlbauer, Bárbara Kobus, Irene de Castilho Simm e Ivone Detroz Rodrigues.

Em 12/07/1965, essa escola foi transformada em Escola Estadual Reunidas, instalada em duas salas de aula de madeira, sem pintura, sem água e instalações sanitárias. Os vizinhos forneciam água em baldes que as professoras e os alunos tiravam dos poços. A merenda era preparada pela Professora Miriam.

A Escola Estadual Reunidas passa a ser chamada oficialmente de "Aurora Siqueira Jablonski", em 13/10/1967, e em 25/05/1970, é transformada em Grupo Escolar Aurora Siqueira Jablonski. 

Como o número de alunos aumentava, havia a necessidade de construir mais salas de aula. Em 1º/07/1967, reuniram-se os membros do Círculo de Pais e Mestres (atualmente APP) e a Diretora Mirian, e ofereceram um coquetel, para o qual foi convidado José Hantschel, com o objetivo de oficializar a escrituração do terreno, já doado, e solicitar uma ampliação do espaço. Após a visita no terreno concordou o doador José Hantschel, e, fez a doação oficial do terreno e da ampliação, que passou a ser de 9.175 m². 

Participantes da reunião em 1º/07/1967: Vereador José Flores de Souza (Zé Polícia), Liana Maria Bail, Laurildes Postiglione, Mirian Muhlbauer, Ivone Rodrigues, Valmir Pavlitzky, Alvino Muhlbauer, Otto Weiss Filho, Matheus Bachamm, Basilio Genauch, Ewaldo Pscheidt, Alexandre Pscheidt, Wladimir Briniak, José Galdino dos Santos, Moisés Lunelli e José Hantschel. (Foto e informações da Prof. Ivone Detroz Rodrigues)


Nesse espaço foram então construídas 4 salas em alvenaria, uma secretaria, sala de professores, um galpão, dois banheiros e uma cozinha, inaugurado em 13/08/1973, pelo então Governador Colombo Machado Salles.

No espaço da quadra desportiva, no ano de 2006, foi construído um ginásio de esportes, denominado de Professora Silvia Silva Telles, ex-professora daquele estabelecimento.

Em 17/09/2010, foi realizada a inauguração da Reforma Geral da então E.E.B. Profª Aurora Siqueira Jablonski, com a presença do então governador Leonel Pavan que inaugurou as obras de reforma com a área total da obra, totalizando 2.453,88 m2.

A “EEB Prof.ª Aurora Siqueira Jablonski” foi municipalizada em 20/01/2012, e transformada na atual denominação “EMEB Prof.ª Aurora Siqueira Jablonski”. A atual Diretora Escolar é a Professora Camila Mulbauer.

Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: EXPEDICIONÁRIO “PRACINHA” ANTONIO GONÇALVES

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 20/11/2020, na edição nº 5.348 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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A partir desta semana vamos tratar da vida dos nossos heróis pracinhas brasileiros, que lutaram na 2ª Guerra Mundial, e, residentes em nosso município. São eles: Antonio Gonçalves, Porfirio Maia da Silva, José Kingerski e Jursolino Pires. Caberá aos futuros governantes municipais trazer um monumento de lembrança, ainda que tardia, a esses nossos heróis.

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Cumprimentos aos Novos Eleitos

No último artigo semanal desta coluna tivemos a oportunidade de abordarmos genericamente aspectos das eleições municipais de Rio Negrinho, com realce especial a participação feminina. Hoje, após a eleição dos novos dirigentes municipais para os próximos 4 anos, desejamos que Deus os ilumine, para que busquem o bem comum de nosso município. Um cumprimento especial às 3 mulheres, que se elegeram vereadoras, provocando um fato inédito em nossa história. Parabéns a todos os eleitos!

Nossos Heróis Pracinhas

Em nosso imaginário, herói é um ser meio etéreo, quase um deus que é chamado e resolve naturalmente uma difícil e excepcional situação. É um ser descolado de nossa realidade, da qual se exige bravura e coragem, sem motivos egoístas, mas apenas o bem comum da sociedade.

Símbolo da Força Expedicionária Brasileira, na 2ª Guerra Mundial (Fonte: Redes Sociais)

Mas, o herói, diferentemente do pensamos, é um ser humano, oriundo de qualquer camada da sociedade, pobre ou rica, instruída ou não, que é chamado no plano terreno a ter uma missão, acima do comum dos seus dias, arriscando a própria saúde ou vida, para o bem maior da comunidade, espiritual ou material.

Assim foram os nossos expedicionários brasileiros, popularmente conhecidos como pracinhas, soldados heróis brasileiros, que foram alçados de suas vidas comuns do dia a dia, a defender princípios doutrinários e democráticos em solo europeu, contra o nazismo e o fascismo, durante a 2ª Guerra Mundial.

Esses soldados brasileiros, foram incorporados a Força Expedicionária Brasileira (FEB) criada em 13/08/1943, que saíram para o combate no dia 2/07/1944. Aproximadamente 25 mil homens fizeram parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB), a divisão que lutou junto aos Aliados na Campanha da Itália. Por volta de 1.500 brasileiros foram mortos na guerra – cerca de 450 morreram em combate.

Terminada a guerra, o Governo Brasileiro toma uma série de medidas com uma falta completa de reconhecimento do heroísmo dos nossos pracinhas, a começar com o sumário desligamento do Exército, antes mesmo, de pisarem o solo brasileiro. Os veteranos foram abandonados pelas autoridades civis e militares. A maioria passou décadas sem nenhum reconhecimento social e financeiro. As primeiras aposentadorias só foram validadas pelo Governo Federal no fim da década de 1970 e ratificadas na Constituição de 1988.

Expedicionário Antonio Gonçalves

Nascido em 13/06/1920, na localidade de Santa Maria, atual município de Benedito Novo/SC, Antonio Gonçalves, era filho dos agricultores Francisco Gonçalves e Francelina Ribeiro. Convocado ao serviço militar com 20 anos, quando morador no município de Doutor Pedrinho, onde trabalhava com Júlio Buss. Ficou na ativa no Exército durante 5 anos, onde lutou ao lado de outros heróis brasileiros.

Antonio Gonçalves, nosso herói pracinha (Acervo de Luiz Gonçalves)

Desligado do Exército, casou-se com Luiza Lourenço, em 1945. Adotou a localidade Águas Claras, no Distrito de Volta Grande, como sua residência onde viveu até o falecimento. Homem pacato, viveu humildemente da agricultura e da pensão merecida do Exército. Teve como filhos: Ana, Antonio, Luiz, Francisco e Aristides. Faleceu, vítima de infarto, em 1996, no Hospital Santa Cruz de Curitiba. Ele e a esposa encontram-se enterrados no Cemitério Caunal, em Volta Grande. (Foto e informações do filho Luiz Gonçalves, morador do Bairro Cruzeiro, Rio Negrinho)

Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE RIO NEGRINHO

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 13/11/2020, na edição nº 5.347 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município. As fotos, pelo espaço reduzido da coluna "Nossa História", não foram publicadas no Jornal.

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Nesta final de semana se realiza um novo pleito para a escolha popular dos novos dirigentes municipais para os próximos 4 anos, prefeito e vereadores. A coluna NOSSA HISTÓRIA rememora alguns aspectos das eleições municipais de nossa terra, principalmente no tocante a participação feminina.

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Aspectos Gerais

Rio Negrinho como município independente com vida própria político-administrativa ocorreu pela Lei Estadual nº 133, de 30/12/1953. Portanto, a partir de 1954, nosso município começa a trilhar o seu próprio caminho.

Prefeito Frederico Lampe, primeiro prefeito eleito eleito de Rio Negrinho, em 1954.


No comando do Poder Executivo Municipal já deram a sua contribuição como prefeitos eleitos ou interinos: Henrique Liebl (prefeito nomeado), Frederico Lampe (primeiro prefeito eleito), Nivaldo Simões de Oliveira (2 mandatos), Herberto Tureck, Euclides Ribeiro, Vagemiro Jablonski, Alvaro Spitzner, Paulo Beckert, Romeu Ferreira de Albuquerque (2 mandatos), Guido Ruckl, Mauro Mariani (2 mandatos), Almir José Kalbuch, Abel Schroeder, Gervasio Simões da Maia, Osni José Schroeder (2 mandatos), Alcides Grohskopf (2 mandatos) e Julio Cesar Ronconi (prefeito atual).

Participação feminina nas eleições à Câmara de Vereadores

O Poder Legislativo Municipal está na sua 16ª legislatura, onde já exerceram 144 vereadores, na qualidade de titulares, a grande maioria composta de homens.

A primeira mulher que concorreu ao cargo de vereadora e se elegeu por dois mandatos (1966/1972), foi a Professora Orita Fernandes do Amaral, pelo antigo MDB. Nas eleições de 1970 e 1976 não houveram candidaturas femininas. Somente em 1982 voltamos a ter uma mulher na Câmara de Vereadores, com a Professora Ermelinda Tenfen Borella, eleita pelo antigo PDS. Já nas eleições de 1988, aumentou para 7 o número de candidatas, das quais nenhuma obteve sucesso eleitoral.

Vereadores de Rio Negrinho entre 31/01/1967 e 30/01/1970, onde se vê, a partir da esq.: Marcos Alberto Von Bathen, Afonso Baum, Sérgio Ferreira (servidor da Câmara), José Flores de Souza, Jorge Quandt, Theodoro Junctum, Alvino Anton e Orita Fernandes do Amaral, 1ª primeira vereadora eleita de nosso município.

Nas eleições de 1992 apenas 5 candidatas à Câmara de Vereadores, elegendo-se a primeira dama Yelva Schweitzer de Albuquerque. Nas eleições de 1996 cerca de 7 candidatas à Câmara de Vereadores, elegendo-se novamente Yelva Schweitzer de Albuquerque. Nas eleições de 2000 cerca de 12 candidatas à Câmara de Vereadores, elegendo-se Arice Cassemira dos Santos e com a morte prematura do vereador Ozair Ramos, assumiu como vereadora Maria Isabel Dellazeri Rodrigues. Nas eleições de 2004 cerca de 14 candidatas à Câmara de Vereadores, elegendo-se Diva Salete Kupitzki, primeira representante do Distrito da Volta Grande. Nas eleições de 2008, fruto das mudanças das regras eleitorais, cerca de 25 candidatas à Câmara de Vereadores, porém, nenhuma obteve sucesso nas urnas. Nas eleições de 2012, cerca de 46 candidatas à Câmara de Vereadores, porém, somente elegeu-se Liliana Aparecida Schroeder Jurich. Nas eleições de 2016, cerca de 35 candidatas à Câmara de Vereadores, porém, somente elegeu-se Liliana Aparecida Schroeder Jurich. Nesta eleição de 2020, dentro do universo de 154 candidatos, a presença feminina é record, com 55 nomes.

Reprodução parcial da coluna "Nossa História" de 13/11/2020 do Jornal Perfil Multi

Convocação à participação pelo voto nas eleições municipais

No próximo domingo vamos exercer a escolha do nosso futuro prefeito e futuros vereadores. Temos 4 candidatos a prefeito e 154 candidatos a vereadores. Decidamos os nossos votos, em relação aos atuais governantes, pelo que fizeram nestes últimos 4 anos e pelos seus projetos e propostas que defendem pelos anos vindouros. Aos novos candidatos pelos seus passados, e, ainda, pelos seus projetos e propostas que defendem como alternativas para organizar a vida pública de nosso município. É o momento de nós, como eleitores, somos convocados a exercer novamente o direito da cidadania pelo voto. Mesmo diante de tantas angústias e percalços é o momento de renovarmos as esperanças de dias melhores. O voto é o momento sagrado de livremente apresentarmos o nosso ponto de vista, na escolha dos nossos futuros dirigentes municipais. Bom voto!

Na próxima edição, vamos tratar de outros aspectos da história de Rio Negrinho! Obrigado! 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: VINDA DAS PRIMEIRAS FAMÍLIAS DE LÍNGUA EUROPEIA A RIO NEGRINHO (5)

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 06/11/2020, na edição nº 5.346 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

Reprodução parcial da coluna "Nossa História" de 06/11/2020 do Jornal Perfil Multi

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José Preisler e de Francisco Antonio Gery Kaminski são as últimas famílias de imigrantes de língua europeia que vamos analisar resumidamente as suas vindas e suas vidas a partir de 1880 em Rio Negrinho. Obviamente que vinda a Rio Negrinho do vasto contingente de descendentes de famílias europeias aconteceu a partir do início do século XX, que futuramente abordaremos.

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Família de José Preisler

Nascido de Reichenau, Bohêmia, em 1862, Josef Preisler, imigrou ao Brasil, em julho de 1876, aos 11 anos de idade, junto com seus pais Augusto e Anna, e seus irmãos Agnes, Augusto, Anna, Maria e Francisca. A família Preisler se estabeleceu na Estrada do Lago, na Colônia São Bento. Casou-se na Colônia São Bento, aos 26 anos, em 06/03/1892, com Antonia Neidert, com aprox. 18 anos, nascida em Röhrdorf, Bohemia.

Deste casamento tiveram 09 filhos: Adolfo (29/04/1892), Lydia (19/08/1894), Ricardo (17/07/1896), Elly (12/04/1898), Olga (08/02/1900), José (26/05/1901), Antonia (06/10/1902), Roberto (26/09/1906) e Ernesto (26/06/1908).

Mudou-se com sua família para Rio Negrinho em 1894 e construiu sua residência num terreno de sua propriedade, à margem direita da Estrada Dona Francisca, confinante ao terreno da casa de Carlos Hantschel. Foi agricultor e carreteiro.

Residiu em Rio Negrinho até 1906, quando transferiu-se para Rio Preto do Sul, vendendo o seu imóvel à Carlos Hantschel. Faleceu no dia 10 de março de 1910.

Conclusão: a vinda de José Preisler a Rio Negrinho deu-se em 1894, conforme constante do registro de nascimento de sua filha Lydia.

(texto com base em pesquisas feitas pelo autor da coluna Nossa História)

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Família de Francisco Antonio Gery Kaminski

Nascido de Segny, Polônia Russa, em 18/07/1860, Francisco Antonio Gery Kaminski, imigrou ao Brasil, em julho de 1874, aos 22 anos de idade, junto com seus pais Carl Gery Kaminski e Eleonora Korzeniewska, e seus irmãos Carlos e Marianna. A família Preisler se estabeleceu primeiramente em Campo Lençol, depois no Km 94 da Estrada Dona Francisca e finalmente em Lençol, na Colônia São Bento. Casou-se em Joinville, aos 28 anos, em 19/01/1878, com Maria Bertha Malschitzky, nascida em 26/12/1854, nascida em Landeck, Silésia, Alemanha, filha de Frederico Fernando Malschitzky e Beata Forster.

Deste casamento tiveram 09 filhos: Ladislao Alvaro (15/11/1880), Wanda Maria (15/08/1882), Lydia Bertha (08/01/1884), Olga Ernestina (28/10/1886), Francisco (11/05/1887), Emma Theresia (12/06/1888), Eugenio Libero (03/02/1890), Benta Antonia (20/04/1894) e Lydio (18/06/1902).  Destes filhos, Francisco Gery Kaminski, na década de 1920, veio a residir em Rio Negrinho, e foi o primeiro cartorário de Rio Negrinho, a partir de 1925.

Mudou-se com sua família para Km. 94, à margem esquerda da Estrada Dona Francisca – sentido São Bento do Sul/Mafra, dentro da área territorial de Rio Negrinho em 1884, num terreno adquirido dos descendentes da Família do Brigadeiro Franco. Foi negociante na localidade de Lençol, vereador e prefeito de São Bento do Sul. Residiu em Rio Negrinho até 1888, quando transferiu-se para Lençol. Faleceu no dia 10/12/1911 e encontra-se enterrado no Cemitério de Lençol.

Conclusão: a vinda de Francisco Antonio Gery Kaminski a Rio Negrinho deu-se em 1884, conforme constante do registro de nascimento de sua filha Lydia.

(texto com base em pesquisas feitas pelo autor da coluna Nossa História)

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 Resumo Geral:

Como vimos nas últimas edições desta coluna “NOSSA HISTÓRIA”, os primeiros imigrantes de origem europeia a se estabelecerem em terras de Rio Negrinho, ocorreram “a partir de 1880” e não “em 1880”, sendo elas as famílias de José Brey (1888), Luiz Scholz (1890), Carlos Hantschel (1890 ou 1895), José Preisler (1894), e Francisco Antonio Gery Kaminski (1884). Tem-se notícia da família de Giovani Gabardo, de origem italiana, estabelecido em 1894, na Fazenda Velha, situada na localidade de Estancia e de Marianna Kamienski, em 1888.

Na próxima edição, vamos tratar de outros aspectos da história de Rio Negrinho! Obrigado! 

terça-feira, 3 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: VINDA DAS PRIMEIRAS FAMÍLIAS DE LÍNGUA EUROPEIA A RIO NEGRINHO (4)

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 30/10/2020, na edição nº 5.345 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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Carlos Hantschel é a terceira família de imigrantes de língua europeia que vamos analisar resumidamente a sua vinda e sua vida a partir de 1880 em Rio Negrinho.

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Família de Carlos Hantschel

Carlos Hantschel era natural de Luksdorf, paróquia de Reinewitz, Bohêmia, nascido à 27/07/1863, filho de Valentim Hantschel e Barbara Hubner.

Veio a primeira vez ao Brasil com 18 anos e com 22 anos voltou a terra natal para visitar os pais, retornando em definitivo ao Brasil, em agosto de 1888, desembarcando no porto de São Francisco do Sul”.

Carlos Hantschel e família, em 1914, onde se vê: José, Luiza, Maria (esposa), Carlos (pai), Carlos (Fº), Hermina (sentada), Maria (Fª) e Rodolfo; a frente: Erna Ema e Alfredo (foto: acervo Arquivo Histórico de Rio Negrinho)

“Chegando a Joinville ao procurar emprego na casa comercial de Paulo Bohem, este o indicou  para o trabalho na casa comercial de Luiz Buchmann, morador e comerciante em Campo Alegre, na profissão de sapateiro”

“Já morador de Campo Alegre, caminho de São Bento e Lençol, logo soube dos patrícios que ali moravam, onde conheceu a família de Carlos Stuber e a sua futura esposa Maria”.

 "De Campo Alegre, antes mesmo de casar-se veio a Rio Negrinho, em 1890, onde construiu uma casa no terreno abandonado, adquirido de Gustav Hillemann e de seu irmão, solteiros, descendentes de alemães, que eram oriundos de Rio Negro”.

“Estabelecido em Rio Negrinho, abriu uma sapataria, com alguns aprendizes, entre eles Henrique Hatschbach, Francisco Anton e Carlos Pscheidt. Junto a sapataria um rústico restaurante para os tropeiros, no qual os próprios aprendizes faziam as vezes de cozinheiros.

Hantschel casou-se em 22/07/1893 na Igreja da Colônia São Bento, com Maria Stuber, filha de Carlos Stuber e Theresia Altmann, irmã por parte de mãe de José Brey. Maria, era nascida em Santa Catharina, Bohemia, em 01/07/1873.

“Casado continuou com restaurante, trabalhando com venda de calçados, indo muito a Rio Negro”.

“Carlos Hantschel foi o vendedor das terras de Guilherme Xavier de Miranda, divididas em lotes rurais, originando daí a denominação de “Colônia Miranda”. Nesta ocasião ele adquiriu várias faixas de terras, formando uma considerável área, posteriormente, dividida entre os seus filhos. Esta imensa gleba de Miranda, com trinta milhões e quatrocentos mil metros, se estendia, entre o rio dos Bugres e o rio Preto, margeando o lado direito da Estrada Dona Francisca (sentido Rio Negrinho/Mafra)”.

Reprodução parcial da coluna "Nossa História" de 30/10/2020 do Jornal Perfil Multi

“A estrada que liga a atual Rod. Br-280 até a Colônia Miranda foi construída por Carlos em companhia dos compradores das primeiras glebas, sendo que os primeiros foram: Willy Jantsch, Otto Jantsch, João Estefano, Adolfo Olsen, Augusto Goetler, Francisco Senn, Antonio Ulrich, Ladislau Kurowski, André Pscheidt, José Jantsch, Paulo Wockvart, Max Froehner, Germano Preisler, Reinoldo Brand, José Penkal e Félix Kroll”.

"Morreu labutando nesta lida, em sua casa, vitimado de diabetes, com 55 anos, em 31/01/1917, e foi enterrado no Cemitério do Lençol”.

Maria faleceu com 83 anos, em 22/09/1956, e encontra-se enterrada no Cemitério da Paz, em Rio Negrinho”.

O casal Carlos e Maria teve 8 filhos: Carlos (08/04/1894), Luiza (05/08/1895), Hermina (09/02/1898), Maria (08/02/1901), Rodolfo (17/12/1902), José (20/09/1906), Alfredo (11/07/1910) e Erna Ema (02/02/1912.

Pelos registros de batismo e de nascimento, nasceu na Colônia São Bento, apenas o filho Carlos (08/04/1894), todos os demais filhos, a partir de Luiza (05/08/1895), já nasceram em Rio Negrinho, no Km. 104, da Estrada Dona Francisca, na profissão de sapateiro, defronte à esquina da atual Rua Adolfo Konder.

Conclusão: a vinda de Carlos Hantschel a Rio Negrinho deu-se em 1890, conforme depoimento dos seus filhos, ou, somente a partir de 1895, conforme constante do registro de nascimento de sua filha Luiza.

(texto com base nos depoimentos de Alfredo Hantschel e Erna Ema Hantschel, filhos de Carlos Hantschel, agosto de 1984, ao então servidor municipal Osmair Bail, sobre a vida de Carlos Hantschel; e de pesquisas feitas pelo autor da coluna Nossa História)