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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Um pouco da história do E.C. Continental de Rio Negrinho!



Nota do Blog: O texto ora reproduzido é de autoria de Edimar Salomon (Edi), vereador e pesquisador histórico de São Bento do Sul, publicado originalmente no Jornal A Gazeta de SBS, em 30/11 e 01/12 de 2013, na coluna Recordar é Viver, Nossa História, Nossa Identidade.

Hoje vamos viajar no tempo e mostrar a forte equipe de futebol de campo do Esporte Clube Continental, do vizinho município de Rio Negrinho. Nela podemos ver nosso grande amigo Geraldo Hoffmann, que era o goleiro dessa equipe, pela qual atuou durante um ano. Em nosso município, o Geraldo foi goleiro do Figueirense, Bandeirantes e 7 de Novembro. 
O Geraldo foi nosso professor quando éramos piás. Ele nos ensinou a fazer aqueles "laços de capim" no caminho do cemitério velho, dos quais já falei em outra ocasião. Passar por esse caminho cheio de laços era "tombo na certa". 
O meu amigo Geraldo, até hoje, não fala para ninguém, mas o verdadeiro motivo que o levou a jogar em Rio Negrinho se chamava "Juraci", que até hoje é a grande paixão da vida dele. 
Em meados dos anos 60, quando formamos a famosa equipe de futebol de campo da Sociedade Desportiva Bandeirantes, jogamos diversas vezes contra a forte equipe do Esporte Clube Continental. Nessa época, o Continental tinha seu campo no alto do morro, na Rua Carlos Pscheidt. Esse campo ainda existe e pertence à Empresa Ceramarte Ltda. e é usado pelo Clube do Caneco. 
Só para recordar. A Estrada Carlos Pscheidt, de acesso ao campo, era tão íngreme que no último tope do morro o ônibus "grande” do Willy Uhlig não conseguia subir. Já estávamos acostumados: naquela altura da rua, só esperávamos o seu Willy, que era o motorista e proprietário do ônibus, gritar "pulem", para pularmos do ônibus para ele poder subir até o final da rua. Isso acontecia sempre que havia superlotação. Sua lotação era de 40 pessoas, mas muitas vezes tinha o dobro e mais um pouco. 
Estas são algumas das gratas recordações dos bons jogos que eram realizados no antigo campo de futebol do Esporte Clube Continental. 
Essa foto foi tirada no dia em que estava sendo jogado um clássico da cidade, no ano de 1959, entre o Esporte Clube Continental e o Grêmio Vila Nova, cujo resultado final foi um empate em 3x3. 
Este jogo foi realizado no antigo campo de futebol do Ipiranga que foi aterrado pelo traçado da BR-280. Hoje, no exato local onde existia esse campo, estão construídos o trevo de acesso ao centro de Rio Negrinho e a Rodoviária. 
No traçado da BR-280, dois campos de futebol foram aterrados. Além desse de Rio Negrinho, em Oxford, no sentido Rio Negrinho, depois do trevo, o segundo foi o do terreno que era de propriedade da "Kompaniesweide" (Companhia Colonizadora Hanseática). Mais tarde, esse terreno do campo de futebol pertenceu ao senhor Paulo Schlemm Sobrinho. Nesta foto, podemos citar pela ordem, da esquerda para direita, em pé: Santiago Fidélis, Euclides Ribeiro (Quito), Renato Detroz, Geraldo Hoffmann, Alvino Vieira, Pio, Leopoldo, Marcio Parreira, Alcides Gonsalves, Nene Alves e Rodolf Lehner. Agachados na mesma ordem: Valdemiro Vieira, Sargento Francisco de Sousa, Bopi Lehner, Luiz Schukoski, Ponciano Mendes e Orlando Quandt. Quero fazer um agradecimento especial, aos nossos amigos, lá da simpática cidade de Rio Negrinho, Osmair Bail, e ao craque desse time, Luiz Schukoski. Com ajuda deles pudemos identificar todos jogadores e dirigentes na foto.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Escola Técnica de Comércio de Rio Negrinho, em 1969!

No dia 07 de setembro de 1969, um grupo de estudantes da Escola Técnica de Comércio de Rio Negrinho (ESTECO), participaram como apoio ao desfile da Independência na cidade de Rio Negrinho. Após o ato cívico os jovens posaram para foto  defronte a parte lateral do antigo prédio da Prefeitura Municipal, situado na hoje conhecida como Praça do Avião. Alguém se reconhece nesta foto? A fotógrafa foi a saudosa Martha Irene Weick (Eni), que sempre estava com suas lentes para qualquer registro. Na foto vê-se, a partir da esq. Juarez Garcia, Marilis Ines Kirschbauer, Ilario Froehner, Iria Alice de Oliveira, Márcia Luiza Beckert, Luizinho Schier, Humberto Piccinini, Carmem Junkes, Maria Edite Cardoso, Edmundo Teifke, Orlando Hubner, Nelly Korol, Ciliane Meyer, Harald Kintzel e Terezinha Junkes. (Fotos e informações de autoria de Marilis Ines Kirschbauer, extraídas do seu facebook, publicado em 07/09/2012)
Mais uma imagem dos alunos da Esteco, defronte ao prédio da Delegacia de Polícia, situada ao lado da Prefeitura, junto a Praça do Avião, agora junto às autoridades policiais à época. Ali vemos os policiais Baiano e Prazeres,  o Cabo Amazonas e o escrivão Milton Righetto. (Foto: acervo de Marilis Ines Kirschbauer)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ipiranga de 1953!


Nesta imagem de 1953, tirada no antigo campo de futebol situado nas imediações da confluência da Rod. Br-280 e a rua Willy Jung, vemos mais uma formação de jogadores de futebol da Sociedade Esportiva Ipiranga de Rio Negrinho. Á frente, sentado em cima da bola, o mascote do time Antonio Carlos Brasil de Oliveira (Carlito), filho do "seu" Tonico. A partir da esq., agachados: Hermes H. Wolff, Mitch, Werner Grossl (de São Bento do Sul), Mario Bueno e Albino Burlikowski (Três Barras); em pé: Antonio de Oliveira (Tonico), Campolim Bueno, não identificado, Vigário, Gaspar Kerne, Brás de Lima, Martinho João de Souza e o árbitro José Bernardino de Andrade (Zé Gatero). (Foto: acervo de Mariom Pereira; texto com base nas informações de Otilia Kerne, Hermes H. Wolff, Josef Szabunia e Antonio Carlos Brasil de Oliveira)

domingo, 6 de outubro de 2013

Trio Bom de Bola de 1950!

Rio Negrinho ao longo dos anos tem revelado gente boa de bola.  Verdadeiros boleiros, mas que pela pequenez da cidade, um bom empresário e a falta de ousadia, não deslancharam em suas carreiras futebolísticas.  Eram um verdadeiro amor a camisa do clube e uns verdadeiros "fominha de bola".  Assim foram várias gerações, verdadeiros artistas da bola, que traziam aos finais de semana a torcida apaixonada aos campos de futebol. Sem demérito para quem quer que seja, apresentamos três deles na imagem de 1950, acima, a partir da esq. Hermes H. Wolff, o "seu" Hermes da Lanchonete da Rua Willy Jung, como é conhecido, Odilon Vicente Thomaz (Nique), goleiro, e de cigarro na boca, e Mitche, imigrante polonês, um dos mais elogiados dentre os jogadores de seu tempo, que mais tarde mudou-se para Santa Cruz do Sul (RS). (Foto: acervo de Marion Pereira; texto com base nas informações de Otilia Kerne, Hermes H. Wolff e Josef Szabunia)

sábado, 5 de outubro de 2013

Vista Parcial da Região Central de Rio Negrinho ao Início da Década de 1960.


Imagem de um desfile cívico de 7 de setembro de Grupo Escolar Profª Marta Tavares, ao inicio da década de 1960, nas imediações do cruzamento da rua Jorge Zipperer, ainda de chão batido, com a Estrada de Ferro. Nota-se a empolgação dos alunos ao desfile cívico, liderados por um modesto conjunto de tamboreiros, que determinavam o compasso da marcha dos alunos. Outros tempos, outra mentalidade e mais civismo. (Foto: acervo de Marion Pereira)

Time do Ipiranga de 1950 !


Várias são as imagens que temos reproduzido de jogadores de futebol das agremiações esportivas de Rio Negrinho de todos os tempos. A imagem acima trás um momento da formação do time da Sociedade Esportiva Ipiranga em 1950, no campo situado na confluência da Rodovia Br-280 com a rua Willy Jung, onde está situado o Terminal Rodoviário de Passageiros.  Nesta foto, vendo-se aos fundos o casario dos então empregados da Móveis Cimo, temos o time Ipiranguista, junto com sua Rainha Nilza Eckel, a partir da esq., agachados: Meroslau Sava, Nilson Marangoni, Hermes Wolff, José Flores de Souza (Zé Polícia), Aldo Tavares e Albino Burlikowski (Três Barras); em pé: Rodolfo Jablonski, Mitchem, Danga, "Margarida", Luiz Kerne, Nilza Eckel, Niki, Ossi, Alcides Lopes Camargo e Brás de Lima. (Foto: acervo de Marion Pereira e texto com base nas informações de Otilia Kerne e Hermes Wolff)

Trio Musical na década de 1950


Rio Negrinho desde os seus primórdios teve um especial pendão musical, seja através de suas bandas, bandinhas ou conjuntos musicais. Dentre as suas bandas e bandinhas, destacamos entre outros, a Banda Musical Rio Negrinho, Bandinha Tureck, Bandinha Weiss, Bandinha Alfredo Tureck, Bandinha Os Melodistas. Enfim, um estudo e um levantamento de dados mais acurado sobre este assunto ao longo de quase 100 anos, merecerá ainda uma atenção especial. Não raro nos deparamos com conjuntos musicais, que faziam apresentações em bailes e em programas especiais da Rádio Rio Negrinho, como o acima, formado pelo Zezinho (Geraldo Froehner Filho), Otinho (Otto Weiss Filho) e Zé Zeca (Urbano Cordeiro), nos meados da década de 1950. (Foto do acervo de Nelson Munch)

segunda-feira, 29 de julho de 2013

EVENTOS NA VIDA DE ARTHUR SICHMANN: UM PROFESSOR POR EXCELÊNCIA !


Nota do Blog: Recebi por email do senhor Wilson Sichmann, morador da cidade de Camboriú o texto abaixo reproduzido, que retrata a vida de um professor por excelência.
28/07/2013: Parabéns pelo seu blog sobre Rio Negrinho antigo, que só agora descobri. Anexo o trabalho "Eventos na vida de Artur Sichmann", meu pai, professor e diretor por vários anos no Grupo Escolar Profa. Marta Tavares, onde também fiz o curso primário. Ele desenvolveu um ótimo trabalho na comunidade, que  os alunos mais antigos ainda recordam (Florinda Lampe, por ex., que até lhe mandou um cartão de aniversário na época). Muitos dos industriais de móveis de Rio Negrinho e São Bento foram seus alunos. Foi grande amigo de Carlos Zipperer, fundador dos Móveis Cimo.Um dos seus grandes colegas foi o Prof. Elias Graboski, de saudosa memória. Faleceu no ano de 2000 aqui em Camboriu, com a idade de 99 anos. Tenho diversas fotos de suas atividades com os alunos, desfiles patrióticos, horta escolar etc.  que poderia disponibilizar para cópia no seu blog e uso no Museu Histórico de Rio Negrinho. Atenciosamente, Wilson Sichmann - 79 anos



Artur Sichmann (*) nasceu em 7 de maio de 1903, na localidade de Rio Branco, então distrito de Bananal, município de Joinville. Atualmente pertence ao município de Guaramirim, Estado de Santa Catarina. Era filho de André Sichmann e Amalia Jerulis Sichmann, imigrantes da Letônia que chegaram ao Brasil em 1900 provenientes de Novgorod, na Rússia. Em 1921 foi estudar no Colégio Batista do Rio de Janeiro, sob inspeção federal do Colégio D.Pedro II. Trabalhando e sustentando-se por conta própria, graduou-se, com distinção, Bacharel em Ciências e Letras em 1929. Já formado, serviu ao Exército Brasileiro no 1° Batalhão de Artilharia Montada do Rio de Janeiro. Dedicou-se à alfabetização de novos recrutas e aos esportes. Em 7/09/1931, competindo com mais de 800 concorrentes, classificou-se em 3° lugar na corrida de cem metros rasos promovida pelo exército. Declinou do convite para seguir a carreira militar, desligando-se do exército em 1931. Seu trabalho foi elogiado pelo comandante coronel José Meira de Vasconcellos e registrado em sua carteira militar. Retornou a Santa Catarina, casando-se com Laura Maria Gomes em 22/09/1931. Em Joinville, inscreveu-se e prestou concurso para o magistério estadual em 1932. Aprovado e classificado em 1° lugar, escolheu a Escola de Bananal. Não chegou a tomar posse ali. Aceitou o convite do inspetor escolar Germano Wagenführ e o desafio de trabalhar entre os imigrantes menonitas em Witmarsum, localidade do então município de Dalbergia (Ibirama) e hoje município de Witmarsum. Seu trabalho era reorganizar, a pedido dos próprios menonitas, suas escolas particulares, assumindo-as e colocando-as no padrão das escolas públicas estaduais.


(*) Inicialmente registrado como Arthur Sichmann, com a reforma ortográfica da língua portuguesa adotada no Brasil, teve mais tarde seu nome mudado em cartório, a seu pedido, para Artur Sichmann. Como professor, queria estar de acordo com a nova legislação ortográfica brasileira.

 Witmarsum


 Abriu a primeira escola pública estadual em Alto Rio Krauel, perto das margens do rio com este nome, tornando-se o primeiro professor estadual da primeira escola pública do hoje município de Witmarsum. Iniciou em 5 de setembro de 1932, auxiliado pelos colaboradores Peter Klassen, chefe da colônia menonita e por Cornelius Funk, professor menonita. A colônia menonita providenciou local para a escola e moradia em um casarão de madeira que servia durante a semana como Escola e como Igreja aos domingos. A escola teve a denominação de Escola Mixta de Alto Rio Krauel. Nessa casa nasceu Wilson, o primeiro e único filho de Artur e Laura, em 27 de abril de 1934. Para legalizar o diploma de Bacharel obtido em colégio particular, submeteu-se em 1933 a exames teóricos e práticos sobre as matérias cursadas, efetuado pessoalmente em Joinville pelo então Secretário da Educação, Dr. Plácido Olympio de Oliveira. Foi aprovado e considerado normalista em decreto de 26/01/1934, assinado pelo Cel. Aristiliano Ramos, Interventor Federal e pelo Secretário da Educação. Em 1934, durante a "Semana da Árvore" integrou caravana de professores que, partindo de Blumenau, liderou o plantio de mudas de pau-brasil e essências florestais na praça pública de Blumenau, em frente à Estação Ferroviária local, e em Itajaí, Camboriú e Tijucas. Em Camboriú várias árvores ainda existem no Colégio Prof. José Arantes. O plantio era feito por alunos dos diferentes educandários em solenidade especial.

Waldheim e Gnadental



Em 14 de agosto de 1934, a pedido das colônias menonitas, foi designado para organizar as escolas das localidades de Waldheim e Gnadental, bem como preparar os professores estrangeiros para o exame exigido em Lei, incluindo o estudo da língua nacional. Ali permaneceu até janeiro de 1937 no desempenho de suas tarefas, procurando desenvolver o sentimento de amor à Pátria brasileira, inclusive na realização de festividades em homenagem ao "Dia da Pátria". Em Gnadental estudou, aprendeu e lecionou o método Braille para cegos, no objetivo de integrar na educação formal um menino cego da comunidade, Franz Heinrichs. A partir daí manteve intercâmbio com várias entidades e pessoas sobre o ensino do método Braille para cegos. Seu trabalho foi objeto de elogio em ofício do Diretor do Departamento de Educação, em Florianópolis. Obteve também o reconhecimento dos alunos e da comunidade.

Itapocuzinho


Em 12 de janeiro de 1937 foi removido, a pedido, para a Escola Mixta da Estrada Itapocuzinho, entre Jaraguá e Bananal, à vista da classificação obtida em concurso de remoção. Além das atividades escolares, procurava realizar excursões com os alunos, para ampliar seus horizontes de conhecimento e cidadania. Está registrada uma excursão de alunos a Barra Velha, com objetivos didáticos, devidamente autorizada pelo Inspetor Escolar. Dedicou-se com êxito na recuperação de alunos que não conseguiam acompanhar as aulas normalmente ou cujo comportamento fugisse aos rígidos padrões exigidos na época. A exemplo do que fazia nas escolas por onde passou, continuou transmitindo aos alunos o sentimento de responsabilidade, patriotismo e amor à Pátria. Na Semana da Pátria, os alunos faziam encenação da Independência do Brasil, onde vários deles representavam os papéis principais.

 Bananal



Em 26 de janeiro de 1940 foi removido, a pedido, para a “Escola Mixta de Bananal” (Guaramirim). Em 1 de junho de 1940 é designado auxiliar de inspeção e participa dos trabalhos de orientação na construção do Grupo Escolar "Almirante Tamandaré". Em 4 de fevereiro de 1941 é removido para o mesmo Grupo. Em 5 de maio do mesmo ano é designado pelo Interventor Nereu Ramos para regência de classe , iniciando também um programa de horta escolar, em conjunto com o professor Urbano Teixeira. O trabalho executado foi objeto de elogio pessoal do Interventor Nereu Ramos e portaria n° 170, de 12 de janeiro de 1942.

Rio Negrinho





Pelo Decreto n° 1265 de 24 de janeiro de 1942 foi removido, a pedido, para o Grupo Escolar "Profª Marta Tavares", em Rio Negrinho, então distrito de Serra Alta (São Bento do Sul), sob a direção do Professor Djalma Bento. Iniciou suas atividades dando aulas para o 4° ano primário e continuou seu trabalho na recuperação de alunos com maiores dificuldades de aprendizado. Transformou um terreno baldio atrás do Grupo em horta escolar, ensinando os alunos a plantarem hortaliças que eram a seguir incorporadas à merenda escolar.  Sua esposa, Laura Gomes Sichmann foi também admitida como professora em 1942, lecionando ali até 1952. Seu trabalho foi objeto de elogio registrado pelo Diretor do Departamento de Educação, Professor Elpídio Barbosa. O Brasil entra na Segunda Guerra Mundial e muitas pessoas com sobrenome de origem estrangeira passam por problemas e investigações. Findo o conflito, a 28 de novembro de 1945, Artur requer e obtém certidão de bom desempenho de seu trabalho no magistério estadual.  Em 31/12/45 assume a função gratificada de Diretor e Auxiliar de Inspeção. Após prestar concurso público é aprovado e nomeado Diretor do Grupo Escolar "Profª Marta Tavares" em 10/01/1949. Foi o primeiro concurso público instituído para a carreira de Diretor no Estado de Santa Catarina, pela Lei 234 de 10/12/1948.



Após várias promoções, foi nomeado diretor efetivo classe "K" em 2 de dezembro de 1949.  Continuou a horta escolar. Iniciou e desenvolveu uma pequena criação de abelhas européias para produção de mel em um local afastado da horta, ensinando as crianças e adultos como fazê-la com segurança. Com a colaboração de Martin Zipperer, proprietário da fábrica de móveis CIMO e incentivador do desenvolvimento escolar fornecendo os materiais, equipou o Grupo com praça de esportes para ginástica em várias modalidades. Realizava ainda excursões escolares com as diferentes classes, uma forma de ensino prático de ciências naturais, despertando a compreensão dos alunos para horizontes mais amplos. Manteve sempre ativa a chama do patriotismo através dos eventos na Semana da Pátria, Dia da Bandeira, desfiles com os alunos pela cidade de Rio Negrinho e solenidades cívicas semanais. Em 18 de março de 1952 entrega o Inventário de Bens do Grupo Escolar para seu sucessor, Professor Walmor Rosa, deixando Rio Negrinho com destino a Araranguá.

 Araranguá



Em 21 de março de 1952 é designado para responder pelo expediente da Inspetoria Escolar de Araranguá. Concursado e aprovado, é nomeado Inspetor Escolar classe "O" em 22 de setembro de 1952. Iniciando a carreira como Inspetor Escolar, visitou grupos e escolas isoladas nos municípios de Araranguá e Sombrio, viajando de ônibus, de bicicleta e a pé. Sua esposa Laura atuava como secretária e auxiliar de escritório.



São Joaquim


A nomeação para o cargo de Inspetor implicou em remoção para São Joaquim, ainda em 1952. As escolas isoladas eram, em sua maioria, muito distantes e de difícil acesso, sem estradas, existindo apenas trilhas por onde se andava a cavalo. Artur, embora com habilidade em hipismo adquirida no Exército, não gostava de andar a cavalo. Preferia visitar as escolas de bicicleta, em viagens que duravam a semana inteira, mesmo nos meses de rigoroso inverno. Muitas delas nunca tinham sido visitadas antes. Para documentar tais visitas, tirava fotografias das escolas com professores e alunos.  Depois as enviava em relatórios periódicos a Florianópolis. Possuía uma pequena motocicleta marca Dürkopp, ano 1939, que pouco auxiliava naquelas estradas. Em 1 de dezembro de 1953 foi promovido a inspetor classe "P". Em 30 de janeiro de 1954, foi transferido, a pedido, para Ituporanga e dali para Camboriú.



Camboriú


Ainda em 1954 assumiu o cargo de inspetor escolar efetivo na recém criada 47ª Circunscrição Escolar, com sede em Camboriú e que abrangia desde Balneário Camboriú até Porto Belo. Iniciou suas atividades em uma pequena casa de madeira cedida pelo proprietário Luiz Vieira, na hoje Avenida Central de Balneário Camboriú. Sua esposa Laura foi admitida como professora em 12 de julho de 1954 e exerceu suas atividades nas Escolas Reunidas Professor Laureano Pacheco, de Canto da Praia. Mais tarde transferiu-se para a sede do município de Camboriú, à Rua Siqueira Campos, em frente ao Cemitério Municipal. Em 1960 mudou para outra casa, no prolongamento da mesma rua, hoje Siqueira Campos, 404 . Atualmente as duas casas não mais existem. Nas estradas precárias e arenosas do litoral, deslocava-se de bicicleta. Mais adiante adquiriu uma motocicleta maior e ao final de seu trabalho viajava em um jipe financiado aos inspetores escolares pelo Governo Estadual de Santa Catarina. Em cada escola visitada procurava ver as dificuldades encontradas pelo professor, as necessidades da escola e o aproveitamento dos alunos. Fazia os alunos sentirem-se à vontade, contando histórias engraçadas e interessantes. Terminava ministrando uma aula aos alunos. Continuava a documentar as visitas e a enviar relatórios fotográficos aos superiores em Florianópolis.  Na qualidade de maior autoridade escolar da região e representante da Secretaria da Educação, participava de todos os eventos e festividades principais nos municípios sob sua jurisdição. Todo o material didático e administrativo destinado para as escolas passava por sua mão. Os programas de assistência social e da “Aliança para o Progresso”, vindos como doação dos Estados Unidos também eram por ele administrados. Em um período de grande turbulência política, procurou colocar o magistério e os interesses da educação acima de pendências partidárias e religiosas. Suas prestações de contas foram todas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Aposentou-se em 28 de janeiro de 1964.

-oo0oo-


Aposentado, mudou-se para Campinas, Estado de São Paulo, mantendo porém, residência em Camboriú, aonde vinha com frequência. Retornou definitivamente a Camboriú em 1991. Com a reforma administrativa havida no Estado e a extinção do cargo de Inspetor Escolar, seu nome e posto foram esquecidos, passando a perceber vencimentos ínfimos. Com a ajuda de professores, conseguiu restabelecê-los parcialmente. Em 1997 submeteu novamente o assunto à administração competente. Não viveu para alcançar o restabelecimento total. Faleceu em 4 de novembro de 2000, aos 98 anos de idade. Não viveu para alcançar o restabelecimento total. O professor João Calixto Faquetti perguntou-lhe, em entrevista há alguns anos, qual a profissão que desejaria seguir, se fosse possível voltar atrás: “Voltaria a ser professor, sem dúvida, foi a resposta. É a melhor profissão do mundo”.


Artur Sichmann *07-05-1903 +04-11-2000

Laura Gomes Sichmann *25-11-1908 +25-05-1998

sábado, 30 de março de 2013

Handebol feminino, nos meados da década de 1970.


Em meados da década de 1970 o handebol de Rio Negrinho viveu sua época de ouro, mesmo com as condições sofríveis que aos esportistas eram oferecidas. A exemplo, aos esportistas era disponibilizada duas ou três quadras descobertas, quando atualmente temos por volta 20 ginásios de esportes cobertos. O primeiro ginásio de esportes foi o "Briskão", construído apenas em 1980, por ocasião do Centenário de Rio Negrinho. O time masculino em 1976 chegou ao ápice ao conquistar a medalha de ouro nos Jogos Abertos Regionais do Norte Catarinense, em cima de São Bento do Sul e de Joinville. O handebol feminino também teve um excelente time, tendo como base as alunas do Colégio Cenecista São José, e como grande incentivador o Professor Carlinhos Michels. Na foto acima vemos o time de handebol feminino, tirada na cancha da Associmo, situada na esquina das ruas Senador Nereu Ramos e Paulo Bohem, onde aparecem em pé: Ilka Beckert, Luciane Carvalho Bastos, Roseli Helena Olsen, Celia Simm, Prof. Carlinhos Michels, Rosane Gonçalves, Marise, Ilse; agachadas: Daisy Wolff, Vivian Olsen, Tania Pilz, Nádia Tavares, Elisa Kasczezen, Benilde Paul e Agnes Lehner (Foto: acervo de José Eladio Hubner).

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Móveis Cimo: fabricação e vendas de poltronas de cinema para todo Brasil!

Empregados da Móveis Cimo e caminhoneiros prontos para o transporte de cargas, no pátio daquela empresa (Foto: acervo de Bruno Kretschmer)
Aloisio Wermuth ao lado de seu caminhão, transportando poltronas de cinema, rumo a Londrina, de bota e cachorro. (Foto: acervo de Bruno Kretschmer)
Motorista ao lado de seu caminhão, transportando poltronas de cinema, rumo a Londrina. (Foto: acervo de Bruno Kretschmer)
Bruno Kretschmer ao lado de seu caminhão, transportando poltronas de cinema, rumo a Londrina.  (Foto: acervo de Bruno Kretschmer)
Motorista ao lado de seu caminhão, transportando poltronas de cinema, rumo a Londrina.
(Foto: acervo de Bruno Kretschmer)
Logomarca da extinta Móveis Cimo
Prédio do antigo Cine Rio Negrinho (esq.), inaugurado em 1947 (Foto: acervo Foto Weick)
Por várias ocasiões este Blog tem-se ocupado de aspectos da trajetória da indústria Móveis Cimo, que teve papel preponderante no crescimento e desenvolvimento de Rio Negrinho, entre os finais das décadas de 1910 a 1970. Hoje queremos enfocar, ainda que superficialmente, a fabricação de poltronas de cinemas, pioneirismo que foi conquistado com a comercialização nos maiores centros urbanos do país e a fabricação em larga escala pela Móveis Cimo. Essa empresa dominou o fornecimento no mercado de poltronas de cinema, principalmente com a construção dessas casas por todo Brasil. Sua importância era ressaltada com o slogan “Móveis Cimo fornecendo as melhores poltronas de cinema das Américas”. Nas fotos mostra-se o transporte de poltronas por caminhões, destinadas ao Cine Ouro Verde de Londrina (Pr). O cine teatro Ouro Verde foi inaugurado em 24/12/1952, quanto a cidade de Londrina vivia o auge da exploração cafeeira, daí o nome Ouro Verde, contando inicialmente com 1500 lugares. Na nossa região, o prédio do cinema em São Bento do Sul foi inaugurado em 1946 e o de Rio Negrinho em 1948.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Esporte Clube Colorado de Rio Negrinho na década de 1980!

Imagem dos integrantes da equipe de futebol do Esporte Clube Colorado, ao final da década da 1980, no qual vê-se da direita p/ esquerda, agachados: Pedro Correa, Soca, Alberto Gassner, Adilson Barbosa, Alceu Bruski, Zeno, Carlão Schiessl; em pé, da direita p/ esq.: Técnico Darci, Adalberto, Élcio Baum (Leitão), Ismael Cristoff, Assis, Almeida, Floriani, Betão, Antonowsky, ............ e Landivio Katzer. (Foto: acervo de Irene Bachal Antonowsky)
Imagem dos integrantes dos aspirantes do Esporte Clube Colorado, em meados da década de 1980, sentados da esq. p/ dir.: Zeno Tschoecke Filho, Élcio (Leitão), Nivaldo Wagner, Edgar Lang, Orlei Kerne (Leco), Vilson Machado (Polaco) e Pedro Correa. Em pé: Jaime Floriani, Vitório Buchinger, Ismael Cristoff, Milton Buchinger, Jair Wotroba, Fr................... (Foto: acervo de Irene Bachal Antonowsky)

Flâmulas municipais, regionais e nacionais


Flâmula da Companhia Auto Comercial Roesler e Posto Texaco de São Bento do Sul por ocasião dos 35 anos de revenda dos veículos Ford!
Vale lembrar: Cera Parquetina -- Quem são os amigos da Leopoldina? Cito, Pox e Parquetina!
Flâmula do Parque de Exposições Castelo Branco, situado em Curitiba (Pr),  de 1965.

Flâmula da Oficina Mecânica e Posto Esso  de EVARISTO STOEBERL,  da década de 1960.

Flâmula da  Veículos Stein, tradicional empresa joinvillense!

Flâmula da extinta Bebidas Rio Negrinho,  com fabricação de licores,  refrescos e engarrafamentos em geral, além de revenda dos produtos BRAHMA!
Flâmula da extinta Bebidas Rio Negrinho, com fabricação de licores, refrescos e engarrafamentos em geral, além de revenda dos produtos BRAHMA!
Flâmula da extinta Bebidas Rio Negrinho, com fabricação de licores, refrescos e engarrafamentos em geral, além de revenda dos produtos BRAHMA!
Flâmula comemorativa pelo lançamento do Concílio Vaticano II, em 11/10/1962.

Flâmula da antiga torrefação e moagem de café  BAUER, marca de tradicional empresa jaraguaense.
Flâmula de uma empresa de Blumenau.

Flâmula da Mecânica Nehring e Posto Ypiranga, atual Posto Samambaia, situado à Rod. Br-280, no Bairro Vila Nova, em Rio Negrinho.
Flâmula do então Ginásio São José, atual Colégio Cenecista São José de Rio Negrinho.

Flâmula do Posto Texaco, situado em Florianópolis.
Flâmula da cerveja FAIXA AZUL,  da empresa Antarctica, então a grande rival da BRAHMA.

Flâmula das Lojas A SEDUTORA de Florianópolis.
Flâmula da Companhia União dos Refinadores, empresa paulista.

Flâmula da extinta LOJAS HERMES MACEDO, oriunda de Curitiba.

Flâmula da Ford, comemorativo do lançamento do primeiro trator fabricado no Brasil, em 1960.
Flâmula lançada como lembrança do então prefeito de São Bento do Sul Carlos Zipperer Sobrinho.
Flâmula da extinta Móveis Cimo em homenagem às Noivas.

A flâmula que tem entre suas definições, como uma bandeirola comprida e estreita, empregada como distintivo, quando tem as cores nacionais, ou, uma bandeirinha triangular sem haste, com emblema ou divisa de clube, escola ou entidade. 
É comum vermos a troca de flâmulas ao inicio de jogos esportivos internacionais, entre os capitães das duas equipes. Mas também não é incomum empresas usarem as flâmulas como meio de propaganda ao longo dos tempos. 
As flâmulas ora apresentadas são de empresas ou entidades de caráter municipal, regional ou nacional, muitas delas atualmente já extintas.