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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

ESPERANÇA E FÉ, EIS A NOSSA MENSAGEM DE NATAL!

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 25/12/2020, na edição nº 5.353 (pág. 17), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município. (Fonte: texto com adaptações nos comentários da liturgia diária dos padres Alex Brito - EP e Carlos Adriano - EP, nos dias 19 e 20/12/2020)

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O ano de 2020 foi o ano do medo, como efeito principal da pandemia. O medo, foi o maior efeito do Covid-19. O medo se espalhou pelo mundo inteiro. E o medo fez com que boa parte dos homens deixassem de viver, de lutar, de fazer o bem e de ajudar o próximo.

Imagem do Presépio (fonte: Rede Sociais)

Quantos de nós já, diretamente, ou através dos nossos familiares, já passamos por provações, com perda do emprego e com a perda da saúde. Mas, qual é a vacina contra o medo?

A vacina contra o medo é o Verbo de Deus Encarnado, é o Menino-Deus, é o Filho de Deus. É Ele que é a fonte de nossa esperança para 2021, que se avizinha.

Neste mundo imerso em crise, a causa principal é afastamento de Deus. Quantas pessoas não tem acesso ao próprio Deus, por causa dessa crise da pandemia. Não consegue entender o relacionamento com Deus. A solução para isso donde virá? Só pode vir do sobrenatural, dos Céus.

Por isso é que devemos ter fé. E, mesmo para aqueles que não tem fé, a solução virá. Assim como veio para São Zacarias, que não teve fé, ao ser revelado que seria pai, mesmo com a idade avançada, e, só acreditou quando viu o seu filho João Batista, a solução para o mundo de hoje virá, independente dos homens, que acreditem ou não acreditem.

Em momentos excepcionais, Deus vai intervir na história. Deus vai intervir na humanidade, e a solução virá. Nós devemos nos proteger com o escudo da fé. Tenhamos fé, aconteça o que acontecer.  Tenhamos fé que a solução virá. Tenhamos fé que Deus não nos abandonará!

Esperança e fé, é isso que devemos pedir neste dia tão especial de Natal, aos pés do Menino-Jesus, de Nossa Senhora e de São José, para enfrentarmos o novo ano.

Um Feliz e Santo Natal é o que desejo a todos e a todas. E, um Ano Novo bem melhor que este que estamos nos despedindo. Até 2021!

PONTE ENGEL, PONTE DO GIBACO OU PONTE NERY WALTRICK ?

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 11/12/2020, na edição nº 5.351 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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O presente texto tem por base informações de Nery Waltrick Neto, Doralice Nunes (Nina), Maricler Nunes (Nega) e Fabio Nunes, a quem agradecemos, e em pesquisas do autor desta coluna.


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Histórico - A ponte construída sobre o rio Negrinho, entrada do Bairro Bela Vista, originalmente sem corrimão, era da altura das ruas laterais, foi conhecida como ‘Ponte do Engel”, pois tudo leva a crer, foi construída ou reconstruída por Luiz Germano Engel, proprietário da extinta Olaria Engel, para acesso a retirada do barro com acesso por um caminho, que constitui-se na atual rua Otto Dettmer.

Com a instalação do Bar do Gibaco ao lado desta ponte, a denominação popular de “Ponte do Engel” tornou-se pouco conhecida ao longo dos anos, permanecendo, porém, como “Ponte do Gibaco”.

Em virtude da precariedade da ponte de madeira, em 1965, foi construída a atual ponte em concreto, bem acima do nível anterior, para o qual a rua Carlos Hantschel foi aterrada, deixando as casas próximas a ponte, completamente desniveladas. De um lado se situava o “Casarão de Willy Werner” popularmente conhecida como "Porão do Werna", e de outro o Bar do Gibaco. 

Após a construção da nova ponte, ela foi denominada pelo Governo do Estado de SC, como “Ponte Engenheiro Nery Waltrick”, por iniciativa do então do Deputado Estadual Haroldo Ferreira, eleito pela região de Canoinhas.

Esta coluna apresenta alguns dados que procuram aclarear a figura destes 3 personagens, que foram homenageados oficial e popularmente nesta ponte. 

Luiz Germano Engel - Era empresário do ramo de olaria, com fabricação de telhas e tijolos, talvez a primeira neste ramo em nossa cidade. Segundo registros já residia em nossa cidade em 1924, e no ano 1930, atuava com olaria em Rio Negrinho. Sua olaria, atualmente extinta, situava-se na rua Willy Jung, confrontando-se com o terreno da Móveis Cimo, atualmente pertencente a Prefeitura de Rio Negrinho.

Luiz Germano Engel (esq.) na festividade do Clube de Bolão Rio Negrinho (Imagem do acervo do Arquivo Municipal de Rio Negrinho)


Nascido em São Bento do Sul, em 29/09/1902, era filho de Francisco e Anna Engel, oriundos da Alemanha. Faleceu em Rio Negrinho em 29/04/1961 e está enterrado em nossa cidade. Foi casado com Bárbara Engel, filha de Francisco e Hanna Hannusch, oriunda de São Bento do Sul, e tiveram como filhos: Haroldo, Francisco Orlando, Iris, Herbert e Donaldo Engel. Além de empresário, foi bolonista do Clube de Bolão Rio Negrinho. Foi Vereador em nossa na primeira legislatura, entre 1954 e 1958.

Joaquim Nunes – Gibaco - Joaquim Nunes, era natural de Rodeio-SC, nascido em 16/06/1917, filho de Bonifácio Manoel Nunes e de Josefa Nunes. Se estabeleceu em Rio Negrinho, em meados da década de 1930, quando foi pensionista de Martha Scholz da Luz, onde conheceu a sua futura esposa Alice da Luz, e tiveram 05 filhos: Osmail Joaquim (Ia), Osnir (Nico), Maricler (Nega), Osmar (Nêne) e Ortiz José (Teleco). Trabalhou na Móveis Cimo, até o final da década de 1960, onde chegou na função de encarregado de setor.

Joaquim Nunes (Gibaco) e Alice da Luz (foto acervo Doralice Nunes – Nina)


Gibaco em companhia de sua esposa Alice criaram ao final da década de 1950 ao lado ponte do “Engel” um pequeno bar, denominado Bar União, mais conhecido por Bar do Gibaco, onde mais tarde ofereceu jogos de sinuca e pebolim, onde atuaram até o final da década de 1970, quando se mudaram numa curta temporada para a cidade de Mafra.

Dona Alice, mulher batalhadora, junto a sua residência, manteve por boa temporada uma pequena pensão. Era filha de Getulio da Luz e de Martha Scholz, nascida em 25/06/1922, veio a falecer prematuramente Rio Negrinho a 07/03/1972. Joaquim Nunes (Gibaco) veio a falecer em 27/07/1997, em Rio Negrinho. O casal encontra-se enterrado no cemitério de nossa cidade.

Através de sucessão familiar, o Bar União passou para a posse de Osnir Nunes (Nico), que em companhia da esposa Doralice (Nina), permaneceram com o bar, lanchonete e jogos até 1997. E a partir desta data, quem assumiu os negócios, foi Fábio Nunes, um dos netos, atualmente com restaurante, com a denominação atual de Arte Caseira Restaurante.

Nery Waltrick - Nascido no dia 16/06/1916, em Lages-SC, Nery Waltrick é filho de Luiz de Oliveira Waltrick e Maria Leopoldina Ribeiro Waltrick. Tinha como profissão a de engenheiro geógrafo. Era servidor Departamento de Estradas e Rodagens – DER/SC.

Engenheiro Nery Waltrick (Imagem do acervo de Nery Waltrick Neto)


Foi casado com Filomena Bojarski Waltrick e teve 03 filhos. Faleceu em 09/06/1965 no percurso da Estrada Mafra e Canoinhas, vítima de infarto fulminante. Encontra-se sepultado em Canoinhas-SC. Além da homenagem da denominação da ponte em Rio Negrinho, na cidade de Canoinhas estabeleceu uma rua com o seu nome.

Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!

BLOG RIO NEGRINHO NO PASSADO ATINGE 350 MIL VISUALIZAÇÕES!

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 18/12/2020, na edição nº 5.352 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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Meta - A partir de janeiro de 2009, após quase 34 anos de trabalhos junto a municipalidade de Rio Negrinho, estabelecemos como meta de realizar estudos e pesquisas sobre a história de Rio Negrinho, que gradualmente tem progredido, mas, até a presente data, não ainda atingiu o nível que pretendíamos.

Neste período de pouco mais de 11 anos o Blog tem servido de consulta a pesquisadores, a alunos e a admiradores de nossa comunidade, de SC, de nosso País e inclusive, outros países.

Publicidade - Porém, a materialização e publicidade destes estudos e pesquisas se deu em grande parte nas publicações do BLOG RIO NEGRINHO NO PASSADO, no qual iniciou com o seu lançamento a partir de 02 de outubro de 2009, e, em 03 de dezembro de 2020, alcançou a marca histórica de 350 mil visualizações.

Imagem de abertura do Blog Rio Negrinho no Passado


Usando todos os recursos disponíveis, a partir de 25 de outubro de 2012, o administrador deste Blog criou uma página do facebook, também com a denominação de Rio Negrinho no Passado, grupo público, contando atualmente com 2.700 membros, onde são publicados principalmente imagens, com pequenos textos históricos de nossa comunidade.

Como fruto destas publicações, o administrador do Blog Rio Negrinho no Passado, tem autorizado, desde meados de 2014, o uso de suas imagens, de maneira gratuita, nas publicações periódicas na coluna "História" do jornal A GAZETA, de São Bento do Sul.

Mais recentemente, a partir do mês de agosto de 2020, o administrador deste Blog, é titular da coluna semanal "Nossa História" no jornal PERFIL MULTI, de Rio Negrinho, que trata de aspectos da história de nosso município.

100 mil - Com 54 meses, atingiu-se 100 mil visualizações, numa média de 1851 visualizações/mês ou 61 visualizações/dia, atingindo vários países, além do Brasil, como Estados Unidos, Alemanha, França, Portugal, Rússia, Reino Unido, Canadá, Espanha, Dinamarca, Cingapura, e, Japão, entre outros, visitaram nosso Blog. 

150 mil - Em 11/07/2015, com 68 meses, atingiu-se mais uma marca - a de 150 mil visualizações – contabilizando neste período uma média de 2205 visualizações/mês ou 73 visualizações/dia. Naquela data as visualizações destacavam-se: Brasil – 110.334; Alemanha - 16.779; Estados Unidos – 13.719; Rússia – 1.020; França - 949; Ucrânia - 836; Índia – 742; Portugal – 380; China – 316; e, Reino Unido – 300.

300 mil - Em 01/08/2018, o BLOG RIO NEGRINHO NO PASSADO, com 105 meses de existência, atingiu a marca de 300.000 mil visualizações -, contabilizando neste período uma média de 2.857 visualizações/mês ou 95 visualizações/dia. Nesta data atingimos principalmente os seguintes países: Brasil – 184.507; Estados Unidos – 63.851; Alemanha – 30.640; Rússia – 8.533; Ucrânia – 2.042; França – 1.311; Índia – 1.048; Portugal – 482; China – 436; e, Espanha – 421.

350 mil visualizações - Em 03/12/2020, o BLOG RIO NEGRINHO NO PASSADO, com 133 meses de existência, atingiu mais uma nova marca histórica - a de 350.000 mil visualizações -, contabilizando neste período uma média de 2.631 visualizações/mês ou 87 visualizações/dia. Nesta data atingimos principalmente os seguintes países: Brasil – 220 mil; Estados Unidos – 71,1 mil; Alemanha – 31,5 mil; Rússia – 9,69 mil; Ucrânia – 2,7 mil; França – 1,62 mil; Índia – 1,08 mil; Reino Unido - 584; Portugal – 508; Canadá - 455; Espanha - 444 e China – 436.

Agradecimentos - Continuamos com o nosso objetivo na colaboração de fomentar o resgate histórico de nossa terra, que aos poucos vai sendo atingido. Nosso endereço é www.blogdoosmairbail.blogspot.com  A todos os amigos e amigas que nos acompanham, retribuo com um singelo muito obrigado.

Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: EXPEDICIONÁRIO “PRACINHA” JOSÉ KINGERSKI

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 04/12/2020, na edição nº 5.350 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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Continuamos a tratar da vida dos nossos heróis pracinhas brasileiros, que lutaram na 2ª Guerra Mundial, e, que residiram em nosso município. Nesta semana vamos tratar do herói pracinha José Kingerski. O texto foi produzido com base nas informações do Arquivo Histórico de Rio Negrinho, complementadas pelo filho Herculano Kingerski, e do colaborador da coluna Nossa História.

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Expedicionário José Kingerski

Nascido em 18/09/1920, na localidade de Antonio Candido, município de Porto União/SC, José Kingerski, era filho dos agricultores Vicente Kingerski e Ana Esquarok. Foi convocado ao serviço militar quando morador no município de Caçador, onde trabalhava numa ferraria. Participou ativamente como soldado da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no Teatro de Operações da Itália, entre 06 de outubro de 1944 a 04 de setembro de 1945, incorporado ao Regimento de Infantaria, onde lutou ao lado de outros heróis brasileiros. O momento sempre lembrado, como o mais importante, foi a sua participação do efetivo de soldados na Batalha final da tomada de Monte Castelo, em 21/02/1945. Assim como outros pracinhas, carregou para sempre as sequelas dos horrores da guerra.

José Kingerski, nosso herói pracinha (Acervo do Arquivo Histórico de Rio Negrinho; foto de Bibi Weick)


Desligado do Exército Brasileiro, ainda em solo italiano, retornou a Caçador, onde continuou exercendo a profissão de ferreiro. Casou-se com Izaltina Maria de Souza, em Caçador, a 28/05/1949. Izaltina era natural do município de Lages-SC, nascida em 21/03/1928.


Medalhas honoríficas recebidas por José Kingerski pela participação na 2ª Guerra (Acervo Arquivo Histórico de Rio Negrinho; foto de Bibi Weick)



Diploma da Medalha de Campanha recebida por José Kingerski pela participação na 2ª Guerra (Acervo Arquivo Histórico de Rio Negrinho; foto de Bibi Weick)



Certificado da participação de José Kngerski na 2ª Guerra Mundial (Acervo Arquivo Histórico de Rio Negrinho; foto de Bibi Weick)



Medalhas honoríficas recebidas por José Kingerski pela participação na 2ª Guerra (Acervo Arquivo Histórico de Rio Negrinho; foto de Bibi Weick)

Residiu em Caçador, até 1965, quando mudou-se para Rio Negrinho, onde veio trabalhar nos Correios, que tinha Nereu de Assis na chefia local. Exerceu as atividades nos Correios até 1978, quando finalmente recebeu a merecida pensão do Exército Brasileiro, como egresso da 2ª Guerra Mundial. Infelizmente, pode usufruir desta pensão por um pequeno período, pois, veio a falecer em 07/02/1979.

Quadro Geral de Documentos e Imagens da participação de José Kngerski na 2ª Guerra Mundial (Acervo Arquivo Histórico de Rio Negrinho; foto de Bibi Weick)


Quadro comemorativo da Tomada do Monte Castelo na 2ª Guerra Mundial pela FEB (Acervo Arquivo Histórico de Rio Negrinho; foto de Bibi Weick)


Teve 12 filhos: Francisco, Nelson, Herculano, Marli, Dinamar, Maria Claudete, Bernadete, Margarete, Paulo e Pedro (gêmeos), Maria Aparecida e Janete, grande parte residentes em nossa cidade. Ele e a esposa encontram-se enterrados no Cemitério Municipal Jardim Parque da Colina, em Rio Negrinho.

Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: ESCOLA AURORA SIQUEIRA JABLONSKI

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 27/11/2020, na edição nº 5.349 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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Esse histórico foi realizado baseado no trabalho de pesquisa inicial elaborado pelo ex-aluno Wilson Reichwald, revisados e complementados pelas professoras Ivone Detroz Rodrigues e Ilse Muhlbauer Vicente, e pelo Autor desta Coluna.

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As escolas municipais na área urbana de Rio Negrinho, ao início da década de 1960, se resumiam a Escola Marta Tavares, situada no bairro Cruzeiro, ao Educandário Santa Terezinha/Ginásio São José, no Centro e a Escola Prof. Jorge Zipperer, situado no Bairro Vila Nova. Havia também a antiga Escola Municipal Km. 106, atual Escola Prefeito Frederico Lampe, situada no Bairro São Pedro.

Com o crescimento do Bairro Bela Vista, onde os alunos desse bairro se deslocavam até a Escola Marta ou ao Educandário Santa Terezinha, surgiu a idéia de criar uma nova escola neste bairro.

A futura Escola Aurora teve início em 1963 com a construção de 2 salas de aula em terreno doado por José Hantschel, no Bairro Bela Vista, criada em 1964 com a denominação de Escola Isolada de Bela Vista. No entanto as suas atividades se iniciaram no ano letivo de 1965, tendo à frente a Professora Miriam Floriani Muehlbauer, nomeada para trabalhar como professora e responsável pela Escola, com 99 alunos distribuídos em 4 turmas, tendo como professoras Mirian Floriani Muehlbauer, Bárbara Kobus, Irene de Castilho Simm e Ivone Detroz Rodrigues.

Em 12/07/1965, essa escola foi transformada em Escola Estadual Reunidas, instalada em duas salas de aula de madeira, sem pintura, sem água e instalações sanitárias. Os vizinhos forneciam água em baldes que as professoras e os alunos tiravam dos poços. A merenda era preparada pela Professora Miriam.

A Escola Estadual Reunidas passa a ser chamada oficialmente de "Aurora Siqueira Jablonski", em 13/10/1967, e em 25/05/1970, é transformada em Grupo Escolar Aurora Siqueira Jablonski. 

Como o número de alunos aumentava, havia a necessidade de construir mais salas de aula. Em 1º/07/1967, reuniram-se os membros do Círculo de Pais e Mestres (atualmente APP) e a Diretora Mirian, e ofereceram um coquetel, para o qual foi convidado José Hantschel, com o objetivo de oficializar a escrituração do terreno, já doado, e solicitar uma ampliação do espaço. Após a visita no terreno concordou o doador José Hantschel, e, fez a doação oficial do terreno e da ampliação, que passou a ser de 9.175 m². 

Participantes da reunião em 1º/07/1967: Vereador José Flores de Souza (Zé Polícia), Liana Maria Bail, Laurildes Postiglione, Mirian Muhlbauer, Ivone Rodrigues, Valmir Pavlitzky, Alvino Muhlbauer, Otto Weiss Filho, Matheus Bachamm, Basilio Genauch, Ewaldo Pscheidt, Alexandre Pscheidt, Wladimir Briniak, José Galdino dos Santos, Moisés Lunelli e José Hantschel. (Foto e informações da Prof. Ivone Detroz Rodrigues)


Nesse espaço foram então construídas 4 salas em alvenaria, uma secretaria, sala de professores, um galpão, dois banheiros e uma cozinha, inaugurado em 13/08/1973, pelo então Governador Colombo Machado Salles.

No espaço da quadra desportiva, no ano de 2006, foi construído um ginásio de esportes, denominado de Professora Silvia Silva Telles, ex-professora daquele estabelecimento.

Em 17/09/2010, foi realizada a inauguração da Reforma Geral da então E.E.B. Profª Aurora Siqueira Jablonski, com a presença do então governador Leonel Pavan que inaugurou as obras de reforma com a área total da obra, totalizando 2.453,88 m2.

A “EEB Prof.ª Aurora Siqueira Jablonski” foi municipalizada em 20/01/2012, e transformada na atual denominação “EMEB Prof.ª Aurora Siqueira Jablonski”. A atual Diretora Escolar é a Professora Camila Mulbauer.

Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: EXPEDICIONÁRIO “PRACINHA” ANTONIO GONÇALVES

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 20/11/2020, na edição nº 5.348 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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A partir desta semana vamos tratar da vida dos nossos heróis pracinhas brasileiros, que lutaram na 2ª Guerra Mundial, e, residentes em nosso município. São eles: Antonio Gonçalves, Porfirio Maia da Silva, José Kingerski e Jursolino Pires. Caberá aos futuros governantes municipais trazer um monumento de lembrança, ainda que tardia, a esses nossos heróis.

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Cumprimentos aos Novos Eleitos

No último artigo semanal desta coluna tivemos a oportunidade de abordarmos genericamente aspectos das eleições municipais de Rio Negrinho, com realce especial a participação feminina. Hoje, após a eleição dos novos dirigentes municipais para os próximos 4 anos, desejamos que Deus os ilumine, para que busquem o bem comum de nosso município. Um cumprimento especial às 3 mulheres, que se elegeram vereadoras, provocando um fato inédito em nossa história. Parabéns a todos os eleitos!

Nossos Heróis Pracinhas

Em nosso imaginário, herói é um ser meio etéreo, quase um deus que é chamado e resolve naturalmente uma difícil e excepcional situação. É um ser descolado de nossa realidade, da qual se exige bravura e coragem, sem motivos egoístas, mas apenas o bem comum da sociedade.

Símbolo da Força Expedicionária Brasileira, na 2ª Guerra Mundial (Fonte: Redes Sociais)

Mas, o herói, diferentemente do pensamos, é um ser humano, oriundo de qualquer camada da sociedade, pobre ou rica, instruída ou não, que é chamado no plano terreno a ter uma missão, acima do comum dos seus dias, arriscando a própria saúde ou vida, para o bem maior da comunidade, espiritual ou material.

Assim foram os nossos expedicionários brasileiros, popularmente conhecidos como pracinhas, soldados heróis brasileiros, que foram alçados de suas vidas comuns do dia a dia, a defender princípios doutrinários e democráticos em solo europeu, contra o nazismo e o fascismo, durante a 2ª Guerra Mundial.

Esses soldados brasileiros, foram incorporados a Força Expedicionária Brasileira (FEB) criada em 13/08/1943, que saíram para o combate no dia 2/07/1944. Aproximadamente 25 mil homens fizeram parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB), a divisão que lutou junto aos Aliados na Campanha da Itália. Por volta de 1.500 brasileiros foram mortos na guerra – cerca de 450 morreram em combate.

Terminada a guerra, o Governo Brasileiro toma uma série de medidas com uma falta completa de reconhecimento do heroísmo dos nossos pracinhas, a começar com o sumário desligamento do Exército, antes mesmo, de pisarem o solo brasileiro. Os veteranos foram abandonados pelas autoridades civis e militares. A maioria passou décadas sem nenhum reconhecimento social e financeiro. As primeiras aposentadorias só foram validadas pelo Governo Federal no fim da década de 1970 e ratificadas na Constituição de 1988.

Expedicionário Antonio Gonçalves

Nascido em 13/06/1920, na localidade de Santa Maria, atual município de Benedito Novo/SC, Antonio Gonçalves, era filho dos agricultores Francisco Gonçalves e Francelina Ribeiro. Convocado ao serviço militar com 20 anos, quando morador no município de Doutor Pedrinho, onde trabalhava com Júlio Buss. Ficou na ativa no Exército durante 5 anos, onde lutou ao lado de outros heróis brasileiros.

Antonio Gonçalves, nosso herói pracinha (Acervo de Luiz Gonçalves)

Desligado do Exército, casou-se com Luiza Lourenço, em 1945. Adotou a localidade Águas Claras, no Distrito de Volta Grande, como sua residência onde viveu até o falecimento. Homem pacato, viveu humildemente da agricultura e da pensão merecida do Exército. Teve como filhos: Ana, Antonio, Luiz, Francisco e Aristides. Faleceu, vítima de infarto, em 1996, no Hospital Santa Cruz de Curitiba. Ele e a esposa encontram-se enterrados no Cemitério Caunal, em Volta Grande. (Foto e informações do filho Luiz Gonçalves, morador do Bairro Cruzeiro, Rio Negrinho)

Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE RIO NEGRINHO

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 13/11/2020, na edição nº 5.347 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município. As fotos, pelo espaço reduzido da coluna "Nossa História", não foram publicadas no Jornal.

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Nesta final de semana se realiza um novo pleito para a escolha popular dos novos dirigentes municipais para os próximos 4 anos, prefeito e vereadores. A coluna NOSSA HISTÓRIA rememora alguns aspectos das eleições municipais de nossa terra, principalmente no tocante a participação feminina.

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Aspectos Gerais

Rio Negrinho como município independente com vida própria político-administrativa ocorreu pela Lei Estadual nº 133, de 30/12/1953. Portanto, a partir de 1954, nosso município começa a trilhar o seu próprio caminho.

Prefeito Frederico Lampe, primeiro prefeito eleito eleito de Rio Negrinho, em 1954.


No comando do Poder Executivo Municipal já deram a sua contribuição como prefeitos eleitos ou interinos: Henrique Liebl (prefeito nomeado), Frederico Lampe (primeiro prefeito eleito), Nivaldo Simões de Oliveira (2 mandatos), Herberto Tureck, Euclides Ribeiro, Vagemiro Jablonski, Alvaro Spitzner, Paulo Beckert, Romeu Ferreira de Albuquerque (2 mandatos), Guido Ruckl, Mauro Mariani (2 mandatos), Almir José Kalbuch, Abel Schroeder, Gervasio Simões da Maia, Osni José Schroeder (2 mandatos), Alcides Grohskopf (2 mandatos) e Julio Cesar Ronconi (prefeito atual).

Participação feminina nas eleições à Câmara de Vereadores

O Poder Legislativo Municipal está na sua 16ª legislatura, onde já exerceram 144 vereadores, na qualidade de titulares, a grande maioria composta de homens.

A primeira mulher que concorreu ao cargo de vereadora e se elegeu por dois mandatos (1966/1972), foi a Professora Orita Fernandes do Amaral, pelo antigo MDB. Nas eleições de 1970 e 1976 não houveram candidaturas femininas. Somente em 1982 voltamos a ter uma mulher na Câmara de Vereadores, com a Professora Ermelinda Tenfen Borella, eleita pelo antigo PDS. Já nas eleições de 1988, aumentou para 7 o número de candidatas, das quais nenhuma obteve sucesso eleitoral.

Vereadores de Rio Negrinho entre 31/01/1967 e 30/01/1970, onde se vê, a partir da esq.: Marcos Alberto Von Bathen, Afonso Baum, Sérgio Ferreira (servidor da Câmara), José Flores de Souza, Jorge Quandt, Theodoro Junctum, Alvino Anton e Orita Fernandes do Amaral, 1ª primeira vereadora eleita de nosso município.

Nas eleições de 1992 apenas 5 candidatas à Câmara de Vereadores, elegendo-se a primeira dama Yelva Schweitzer de Albuquerque. Nas eleições de 1996 cerca de 7 candidatas à Câmara de Vereadores, elegendo-se novamente Yelva Schweitzer de Albuquerque. Nas eleições de 2000 cerca de 12 candidatas à Câmara de Vereadores, elegendo-se Arice Cassemira dos Santos e com a morte prematura do vereador Ozair Ramos, assumiu como vereadora Maria Isabel Dellazeri Rodrigues. Nas eleições de 2004 cerca de 14 candidatas à Câmara de Vereadores, elegendo-se Diva Salete Kupitzki, primeira representante do Distrito da Volta Grande. Nas eleições de 2008, fruto das mudanças das regras eleitorais, cerca de 25 candidatas à Câmara de Vereadores, porém, nenhuma obteve sucesso nas urnas. Nas eleições de 2012, cerca de 46 candidatas à Câmara de Vereadores, porém, somente elegeu-se Liliana Aparecida Schroeder Jurich. Nas eleições de 2016, cerca de 35 candidatas à Câmara de Vereadores, porém, somente elegeu-se Liliana Aparecida Schroeder Jurich. Nesta eleição de 2020, dentro do universo de 154 candidatos, a presença feminina é record, com 55 nomes.

Reprodução parcial da coluna "Nossa História" de 13/11/2020 do Jornal Perfil Multi

Convocação à participação pelo voto nas eleições municipais

No próximo domingo vamos exercer a escolha do nosso futuro prefeito e futuros vereadores. Temos 4 candidatos a prefeito e 154 candidatos a vereadores. Decidamos os nossos votos, em relação aos atuais governantes, pelo que fizeram nestes últimos 4 anos e pelos seus projetos e propostas que defendem pelos anos vindouros. Aos novos candidatos pelos seus passados, e, ainda, pelos seus projetos e propostas que defendem como alternativas para organizar a vida pública de nosso município. É o momento de nós, como eleitores, somos convocados a exercer novamente o direito da cidadania pelo voto. Mesmo diante de tantas angústias e percalços é o momento de renovarmos as esperanças de dias melhores. O voto é o momento sagrado de livremente apresentarmos o nosso ponto de vista, na escolha dos nossos futuros dirigentes municipais. Bom voto!

Na próxima edição, vamos tratar de outros aspectos da história de Rio Negrinho! Obrigado! 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: VINDA DAS PRIMEIRAS FAMÍLIAS DE LÍNGUA EUROPEIA A RIO NEGRINHO (5)

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 06/11/2020, na edição nº 5.346 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

Reprodução parcial da coluna "Nossa História" de 06/11/2020 do Jornal Perfil Multi

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José Preisler e de Francisco Antonio Gery Kaminski são as últimas famílias de imigrantes de língua europeia que vamos analisar resumidamente as suas vindas e suas vidas a partir de 1880 em Rio Negrinho. Obviamente que vinda a Rio Negrinho do vasto contingente de descendentes de famílias europeias aconteceu a partir do início do século XX, que futuramente abordaremos.

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Família de José Preisler

Nascido de Reichenau, Bohêmia, em 1862, Josef Preisler, imigrou ao Brasil, em julho de 1876, aos 11 anos de idade, junto com seus pais Augusto e Anna, e seus irmãos Agnes, Augusto, Anna, Maria e Francisca. A família Preisler se estabeleceu na Estrada do Lago, na Colônia São Bento. Casou-se na Colônia São Bento, aos 26 anos, em 06/03/1892, com Antonia Neidert, com aprox. 18 anos, nascida em Röhrdorf, Bohemia.

Deste casamento tiveram 09 filhos: Adolfo (29/04/1892), Lydia (19/08/1894), Ricardo (17/07/1896), Elly (12/04/1898), Olga (08/02/1900), José (26/05/1901), Antonia (06/10/1902), Roberto (26/09/1906) e Ernesto (26/06/1908).

Mudou-se com sua família para Rio Negrinho em 1894 e construiu sua residência num terreno de sua propriedade, à margem direita da Estrada Dona Francisca, confinante ao terreno da casa de Carlos Hantschel. Foi agricultor e carreteiro.

Residiu em Rio Negrinho até 1906, quando transferiu-se para Rio Preto do Sul, vendendo o seu imóvel à Carlos Hantschel. Faleceu no dia 10 de março de 1910.

Conclusão: a vinda de José Preisler a Rio Negrinho deu-se em 1894, conforme constante do registro de nascimento de sua filha Lydia.

(texto com base em pesquisas feitas pelo autor da coluna Nossa História)

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Família de Francisco Antonio Gery Kaminski

Nascido de Segny, Polônia Russa, em 18/07/1860, Francisco Antonio Gery Kaminski, imigrou ao Brasil, em julho de 1874, aos 22 anos de idade, junto com seus pais Carl Gery Kaminski e Eleonora Korzeniewska, e seus irmãos Carlos e Marianna. A família Preisler se estabeleceu primeiramente em Campo Lençol, depois no Km 94 da Estrada Dona Francisca e finalmente em Lençol, na Colônia São Bento. Casou-se em Joinville, aos 28 anos, em 19/01/1878, com Maria Bertha Malschitzky, nascida em 26/12/1854, nascida em Landeck, Silésia, Alemanha, filha de Frederico Fernando Malschitzky e Beata Forster.

Deste casamento tiveram 09 filhos: Ladislao Alvaro (15/11/1880), Wanda Maria (15/08/1882), Lydia Bertha (08/01/1884), Olga Ernestina (28/10/1886), Francisco (11/05/1887), Emma Theresia (12/06/1888), Eugenio Libero (03/02/1890), Benta Antonia (20/04/1894) e Lydio (18/06/1902).  Destes filhos, Francisco Gery Kaminski, na década de 1920, veio a residir em Rio Negrinho, e foi o primeiro cartorário de Rio Negrinho, a partir de 1925.

Mudou-se com sua família para Km. 94, à margem esquerda da Estrada Dona Francisca – sentido São Bento do Sul/Mafra, dentro da área territorial de Rio Negrinho em 1884, num terreno adquirido dos descendentes da Família do Brigadeiro Franco. Foi negociante na localidade de Lençol, vereador e prefeito de São Bento do Sul. Residiu em Rio Negrinho até 1888, quando transferiu-se para Lençol. Faleceu no dia 10/12/1911 e encontra-se enterrado no Cemitério de Lençol.

Conclusão: a vinda de Francisco Antonio Gery Kaminski a Rio Negrinho deu-se em 1884, conforme constante do registro de nascimento de sua filha Lydia.

(texto com base em pesquisas feitas pelo autor da coluna Nossa História)

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 Resumo Geral:

Como vimos nas últimas edições desta coluna “NOSSA HISTÓRIA”, os primeiros imigrantes de origem europeia a se estabelecerem em terras de Rio Negrinho, ocorreram “a partir de 1880” e não “em 1880”, sendo elas as famílias de José Brey (1888), Luiz Scholz (1890), Carlos Hantschel (1890 ou 1895), José Preisler (1894), e Francisco Antonio Gery Kaminski (1884). Tem-se notícia da família de Giovani Gabardo, de origem italiana, estabelecido em 1894, na Fazenda Velha, situada na localidade de Estancia e de Marianna Kamienski, em 1888.

Na próxima edição, vamos tratar de outros aspectos da história de Rio Negrinho! Obrigado! 

terça-feira, 3 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: VINDA DAS PRIMEIRAS FAMÍLIAS DE LÍNGUA EUROPEIA A RIO NEGRINHO (4)

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 30/10/2020, na edição nº 5.345 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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Carlos Hantschel é a terceira família de imigrantes de língua europeia que vamos analisar resumidamente a sua vinda e sua vida a partir de 1880 em Rio Negrinho.

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Família de Carlos Hantschel

Carlos Hantschel era natural de Luksdorf, paróquia de Reinewitz, Bohêmia, nascido à 27/07/1863, filho de Valentim Hantschel e Barbara Hubner.

Veio a primeira vez ao Brasil com 18 anos e com 22 anos voltou a terra natal para visitar os pais, retornando em definitivo ao Brasil, em agosto de 1888, desembarcando no porto de São Francisco do Sul”.

Carlos Hantschel e família, em 1914, onde se vê: José, Luiza, Maria (esposa), Carlos (pai), Carlos (Fº), Hermina (sentada), Maria (Fª) e Rodolfo; a frente: Erna Ema e Alfredo (foto: acervo Arquivo Histórico de Rio Negrinho)

“Chegando a Joinville ao procurar emprego na casa comercial de Paulo Bohem, este o indicou  para o trabalho na casa comercial de Luiz Buchmann, morador e comerciante em Campo Alegre, na profissão de sapateiro”

“Já morador de Campo Alegre, caminho de São Bento e Lençol, logo soube dos patrícios que ali moravam, onde conheceu a família de Carlos Stuber e a sua futura esposa Maria”.

 "De Campo Alegre, antes mesmo de casar-se veio a Rio Negrinho, em 1890, onde construiu uma casa no terreno abandonado, adquirido de Gustav Hillemann e de seu irmão, solteiros, descendentes de alemães, que eram oriundos de Rio Negro”.

“Estabelecido em Rio Negrinho, abriu uma sapataria, com alguns aprendizes, entre eles Henrique Hatschbach, Francisco Anton e Carlos Pscheidt. Junto a sapataria um rústico restaurante para os tropeiros, no qual os próprios aprendizes faziam as vezes de cozinheiros.

Hantschel casou-se em 22/07/1893 na Igreja da Colônia São Bento, com Maria Stuber, filha de Carlos Stuber e Theresia Altmann, irmã por parte de mãe de José Brey. Maria, era nascida em Santa Catharina, Bohemia, em 01/07/1873.

“Casado continuou com restaurante, trabalhando com venda de calçados, indo muito a Rio Negro”.

“Carlos Hantschel foi o vendedor das terras de Guilherme Xavier de Miranda, divididas em lotes rurais, originando daí a denominação de “Colônia Miranda”. Nesta ocasião ele adquiriu várias faixas de terras, formando uma considerável área, posteriormente, dividida entre os seus filhos. Esta imensa gleba de Miranda, com trinta milhões e quatrocentos mil metros, se estendia, entre o rio dos Bugres e o rio Preto, margeando o lado direito da Estrada Dona Francisca (sentido Rio Negrinho/Mafra)”.

Reprodução parcial da coluna "Nossa História" de 30/10/2020 do Jornal Perfil Multi

“A estrada que liga a atual Rod. Br-280 até a Colônia Miranda foi construída por Carlos em companhia dos compradores das primeiras glebas, sendo que os primeiros foram: Willy Jantsch, Otto Jantsch, João Estefano, Adolfo Olsen, Augusto Goetler, Francisco Senn, Antonio Ulrich, Ladislau Kurowski, André Pscheidt, José Jantsch, Paulo Wockvart, Max Froehner, Germano Preisler, Reinoldo Brand, José Penkal e Félix Kroll”.

"Morreu labutando nesta lida, em sua casa, vitimado de diabetes, com 55 anos, em 31/01/1917, e foi enterrado no Cemitério do Lençol”.

Maria faleceu com 83 anos, em 22/09/1956, e encontra-se enterrada no Cemitério da Paz, em Rio Negrinho”.

O casal Carlos e Maria teve 8 filhos: Carlos (08/04/1894), Luiza (05/08/1895), Hermina (09/02/1898), Maria (08/02/1901), Rodolfo (17/12/1902), José (20/09/1906), Alfredo (11/07/1910) e Erna Ema (02/02/1912.

Pelos registros de batismo e de nascimento, nasceu na Colônia São Bento, apenas o filho Carlos (08/04/1894), todos os demais filhos, a partir de Luiza (05/08/1895), já nasceram em Rio Negrinho, no Km. 104, da Estrada Dona Francisca, na profissão de sapateiro, defronte à esquina da atual Rua Adolfo Konder.

Conclusão: a vinda de Carlos Hantschel a Rio Negrinho deu-se em 1890, conforme depoimento dos seus filhos, ou, somente a partir de 1895, conforme constante do registro de nascimento de sua filha Luiza.

(texto com base nos depoimentos de Alfredo Hantschel e Erna Ema Hantschel, filhos de Carlos Hantschel, agosto de 1984, ao então servidor municipal Osmair Bail, sobre a vida de Carlos Hantschel; e de pesquisas feitas pelo autor da coluna Nossa História)

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: VINDA DAS PRIMEIRAS FAMÍLIAS DE LÍNGUA EUROPEIA A RIO NEGRINHO (3)

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 23/10/2020, na edição nº 5.344 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

Reprodução parcial da coluna "Nossa História" de 23/10/2020 do Jornal Perfil Multi

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Luiz Scholz é a segunda família de imigrantes de língua europeia que vamos analisar resumidamente a sua vinda e sua vida a partir de 1880 em Rio Negrinho.

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Família de Luiz Scholz

Nascido em Joinville, em 20/05/1866, filhos dos imigrantes Roberto e Christianna Scholz, naturais da Alemanha.

Maria Neumann e Luiz Scholz

Migrou para a Colônia São Bento, onde veio trabalhar de caixeiro no comércio de Francisco Antonio Gery Kaminski, na Estrada da Serra. Casou-se a 23/09/1890, com Maria Neumann, nascida em 18/07/1870, em Gablonz, Bohemia, filha de Francisco e Theresia Neumann. O casal teve 11 filhos: Gertrudes (06/05/1889), Martha (23/11/1891), Emma Laura (21/07/1893), Roberto (11/08/1895), Luiz (01/01/1897), Elsa (13/07/1900), Maria (02/08/1903), Lina (14/12/1905), Hedwig (15/05/1907), Luiza (29/10/1909) e Alfredo (10/01/1912).

Pelos registros de batismo e de nascimento, nasceu na Colônia São Bento, apenas a filha Gertrudes (06/05/1889), e todos os demais filhos, a partir de Martha (30/11/1891), já nasceram em Rio Negrinho, na localidade de Rio dos Bugres, Km. 103, da Estrada Dona Francisca, na profissão de negociante, próximo às margens do rio dos Bugres. O historiador e prof. Antonio Dias Mafra, em seu livro “100 Anos da Guerra do Contestado” (pág. 171) cita Luiz Scholz como morador e negociante em Rio Negrinho no ano de 1890.

Pouco depois de estabelecido em Rio Negrinho, sofreu a calamidade da primeira grande enchente que temos notícia, em junho de 1891, ficando a sua casa totalmente coberta pelas águas, aparecendo somente a cumieira. As perdas foram grandes, as joias, e o dinheiro recebidos de herança pela esposa perderam-se. A casa de madeira ficou boiando, e foi amarrada com várias cordas num tronco de imbuia, que ficava no outro lado da Estrada Dona Francisca.

Reconstruíram o comércio no mesmo local e logo após, no ano de 1893, um novo flagelo abateu-se sobre a família Scholz, o fogo.  Na época a família contava com três filhos.

A tragédia foi total. Sem recursos financeiros, Scholz, abandonou o comércio e o local onde morava. Construiu nova residência também as margens da Estrada Dona Francisca, praticamente em frente ao denominado “Casarão Olsen”. Na época este terreno tinha como início a margem direita do arroio, junto ao Posto Mires, descendo por este arroio até sua barra no rio Negrinho, daí subindo pela margem esquerda do rio Negrinho até encontrar a antiga Dona Francisca, junto a Ponte dos Imigrantes, daí seguindo pela antiga Dona Francisca até encontrar novamente o ponto inicial no arroio, junto ao Posto Mires. Portanto, toda a futura região central de Rio Negrinho, era de propriedade de Scholz.

Com o abandono forçado do comércio passou a viver às expensas da agricultura, de um terreno que possuía na localidade de Boa Vista, passando anos difíceis, para o sustento da numerosa família. Era de religião protestante e a esposa de religião católica.

Em dezembro de 1919, Scholz, doou uma faixa de terras para a construção da escola e da futura Igreja, atual Igreja Matriz Santo Antonio.

Outro fato merecedor de atenção, é que Scholz foi o primeiro Juiz de Paz do então Distrito de Rio Negrinho.

Faleceu em 12 de julho de 1943, aos 77 anos, e, sua esposa, Maria Neumann, faleceu em 20 de abril de 1962, aos 92 anos.

Conclusão: Tudo leva a crer, que a vinda de Luiz Scholz a Rio Negrinho deu-se entre setembro de 1890 e antes de junho de 1891.

(Texto produzido com base nas informações fornecidas a Osmair Bail, então servidor municipal, em 02/08/1984, por Luiza Scholz (nascida em 20/12/1909, filha de Luiz Scholz), Leonor Leitis (nascida em 29/01/1932, neta de Luiz Scholz), e Helmuth Leitis (nascido a 11/05/1927, esposo de Leonor). Várias informações foram complementadas em 05/10/1984, pela sra. Lina Gaertner (nascida em 14/12/1904, filha de Luiz Scholz),  e de pesquisas feitas pelo autor da coluna Nossa História)

sábado, 17 de outubro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: VINDA DAS PRIMEIRAS FAMÍLIAS DE LÍNGUA EUROPEIA A RIO NEGRINHO (2)

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 09/10/2020, na edição nº 5.343 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

Reprodução parcial da coluna "Nossa História" de 16/10/2020 do Jornal Perfil Multi

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José Brey é a primeira família de imigrantes de língua europeia que vamos analisar resumidamente a sua vinda e sua vida a partir de 1880 em Rio Negrinho.

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Família de José Brey

Nascido em 30/11/1857, na localidade de Santa Catharina, Bohemia, José Brey, era filho de Carlos Brey e Theresia Altmann. Com a morte de seu pai, imigrou em julho de 1877, ao Brasil, com toda família Brey e Stuber, onde se estabeleceram na Estrada dos Banhados, posteriormente na Estrada Paraná, e mais tarde na localidade de Lençol, na Colônia São Bento.


Carolina Raab e José Brey

Em condomínio, ao início da década de 1880, com o padrasto Carlos Stueber e o seu irmão Carlos, adquiriram uma enorme gleba de terras dos descendentes da família do Brigadeiro Franco, tendo por limites “por um lado com a Estrada Dona Francisca, por outro lado com o rio Negrinho, por outro lado com o Ribeirão da Serra e por outro lado com a linha da Colônia São Bento”. Na divisão dessa gleba de terras, coube a Carlos Stuber a faixa divisando com a linha da Colônia São Bento, a José Brey, a faixa de terras divisando com o rio Negrinho, e a Carlos Brey, a faixa de terras entre as outras duas áreas.

José Brey, casou-se em 26/06/1882, ainda morador em Lençol, com Carolina Raab, natural de Rehberg, Bohêmia. Deste casamento resultou uma prole bem numerosa, 11 filhos, que são: Carlos, Rosália (casada com Carlos Pscheidt), José Filho, Teresa, Maria (casada com Luiz Doerlitz), Carolina (casada com João Tomachitz), Elisabeth (casada com José Zipperer Sobrinho), Ana (casada com Rodolfo Pillati), André, Jacob e Paulina (casada com Romédio Pillati).

Pelos registros dos filhos de José Brey, na localidade de Lençol, nasceram Carlos (1882), Rosália (1885), José Fº (1887) e Thereza (25/09/1888). O primeiro filho seu nascido em Rio Negrinho, claramente se verifica no registro de Maria, nascida em 22/09/1889, no qual José se declara como negociante. Já no ano seguinte, no registro de sua filha Carolina (07/07/1890), José, se declara, como lavrador, morador no Km. 102, da Estrada Dona Francisca.

Uma vez estabelecido em Rio Negrinho exerceu várias atividades, uma vez que naqueles tempos tudo tinha que ser feito em casa, como: agricultura, pecuária, engenhoca de farinha, hospedaria, beneficiamento de erva-mate e apicultor.

Fato já conhecido, 5 anos após a mudança para Rio Negrinho, José Brey teve que enfrentar a grandiosa enchente de 1891, semelhante as de 1983 e de 1992. Teve sérios prejuízos, levando toda a família para Lençol, perdendo praticamente todos os apiários.

Vendeu em 1918, para a firma Jung & Cia., predecessora da Móveis Cimo, uma área com 25 alqueires na região central da futura Rio Negrinho, onde foi instalado essa empresa.

Participou da comissão de construção da primeira Capela na região central da então Vila de Rio Negrinho. Doou a maior área para o Cemitério Municipal, em conjunto com a firma Jung & Cia.

De origem católica, pacato, nunca se enfronhou em política, o que influiu no modo de ser dos seus descendentes.

José Brey faleceu em 25/03/1929 e sua esposa Carolina em 04/02/1941. Seus corpos estão sepultados no Cemitério Municipal à rua Pedro Simões de Oliveira.

Conclusão: Tudo leva a crer, que o estabelecimento de José Brey, em Rio Negrinho, na Estrada Dona Francisca – Km 102, deu-se entre setembro de 1888 e setembro de 1889.

Em homenagem a este pioneiro imigrante encontra-se denominada uma via pública na região central de Rio Negrinho. (Texto com base em informações feitas pelos netos Antonio e João Brey, ao servidor municipal Osmair Bail, então Diretor do Museu Municipal, em 20/07/1984; e de posteriores pesquisas feitas pelo Autor da coluna Nossa História)

Na próxima edição, vamos tratar da vinda Luiz Scholz, imigrante de língua europeia a Rio Negrinho! Obrigado!