Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Reservamos,
hoje, parte desta página para divulgar um pouco mais sobre Rio Negrinho antigo
e atual e, dando continuidade à viagem mais recente que fizemos ao Panamá e
Venezuela, também mostraremos mais um pouco sobre o país de Nicolás Maduro e
dos nossos especiais amigos caribenhos que foram nossos guias na Venezuela. Aproveitando
uma foto do Jornal de Rio Mafra que publica de modo equivocado a imagem dos
antigos caminhões da extinta Móveis Cimo, como se estivessem na Praça Hercílio
Luz, localizada no vizinho município, conforme legenda em baixo da referida
fotografia (Veja a primeira foto), divulgaremos mais algumas fotos de nossa
querida Rio Negrinho.
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FOTO PUBLICADA NA EDIÇÃO Nº 1.703 DO JORNAL
DIÁRIO DE RIOMAFRA EM 28/02/2014. A legenda em baixo da foto
diz: TORA DE IMBUIA NA PRAÇA HERCÍLIO LUZ EM 1950, DIÂMETRO 2.40, CUBAGEM 8.5,
PESO 10.200 KG. Vamos
aos fatos. A) A imagem mostra os caminhões Ford 1938 carregando toras de
madeira para o pátio da Móveis Cimo distante 200 metros deste lugar. No
entanto, nesta foto, os caminhões não estão parados na Praça Hercílio Luz, mas
sim, em frente e entre à antiga e extinta Casa Real e a Praça do Avião, em Rio
Negrinho. Os dados de diâmetro, cubagem e peso estão corretos. B) A data – 1950
- está incorreta, pois veja que à esquerda da Casa Real (a construção da
esquerda) ainda não existia o Cine Rio Negrinho e no lugar dele havia uma
frondosa árvore que mais tarde foi retirada para a construção da referida casa
de espetáculos. O Cine Rio Negrinho foi inaugurado em 22 de Novembro de 1947,
portanto, três anos antes de 1950. Considerando que sua edificação demorou pelo
menos um ano para ser concluída, chegamos à conclusão lógica que esta foto foi
clicada antes de 1946. Só não entendemos qual foi o motivo de o jornal incorrer
em tamanho lapso. Talvez, um momento de desatenção! E errar é umano... (Ops!)...humano!
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CINE RIO NEGRINHO EM 1947, DATA DA SUA
INAUGURAÇÃO. Foi a partir de 22/11/1947 que o povo de Rio
Negrinho e região ganhou o privilégio de poder sentar nas 550 poltronas tipo
Rosey e deliciar-se com grandes filmes, olhando numa tela à sua frente, com
filmes, ainda em preto e branco, ao som de aparelhos sonoros de último modelo para
a época – “Pathé” marca Solidus. Antes das sessões cinematográficas o salão de
projeções era iluminado com luzes de cores verde, vermelha e natural, toda
indireta. Chique no úrtimo! As pessoas entravam no cinema até quase uma hora
antes de iniciar o filme só para conversar com amigos, indo de uma poltrona para
outra, intercambiando assuntos e pondo
em dia as fofocas. Um minuto antes de iniciar o filme, as luzes indiretas iam
mudando de cores ao som de gostosas pancadas sonoras emitidas por potentes alto-falantes
distribuídas e emitidas estrategicamente de todos os lados. Tudo isso - a
grande tela, o som maravilhoso, os lindos filmes e o fato de estar sentado numa
grande sala de cinema - fazia com que aquelas horas se transformassem num grande
e elegante acontecimento para as pessoas. O cinema e tantas outras coisas que
antes operavam em Rio Negrinho davam à nossa pequena cidade um ar de paraíso.
Era muito bom viver nela e para muitos, hoje em dia, ainda o é! Apenas
lamenta-se que tantas coisas bonitas foram excluídas da vida dos
rionegrinhenses e não mais foram recuperadas, como o cinema, os saudosos e
saudáveis bailes ao som de boas bandas sem o barulho ensurdecedor da pancadaria
das baterias modernas e dos gritos alucinantes dos “cantores” que fazem questão
de infernizar os delicados ouvidos das pessoas que gostam de ouvir boa música e
não conseguem exatamente pelos motivos expostos acima. Raramente bons circos ou
parques de diversões instalam-se em nossa cidade, impedidos por um monte de
burocracias e regras absurdas. Que pena! Quem perde é o povo e os impositores
também não ganham nada com isso mas, sim, mostram a face da anoraxia ridícula
pela degustação de saborosos prazeres!
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RIO NEGRINHO, HOJE (2014) NO MESMO LUGAR
DOS CAMINHÕES DA FOTO E DO CINE RIO NEGRINHO.Que mudança! Primeiro a
árvore, depois o cine e agora a moderna loja Salfer que ocupa o lugar do cine e
da Casa Real. Onde antes só havia uma rua deserta (rua Jorge Zípperer)
hoje quase não há mais espaço para os veículos que por lá transitam e muito
menos vagas para estacionar. Há que se tomar providências quanto a esse
problema que se agrava a cada dia. Se não forem tomadas medidas preventivas eficazes
e urgentes o centro de Rio Negrinho tornar-se-á um corredor intransitável e o
caos estará estabelecido.
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TORA DE IMBÚIA AO LADO DA CHAMINÉ DA CIMO.
Alguns dizem que esta tora é a mesma daquela que está nos caminhões da primeira
foto, outros dizem que não. Na próxima edição avançaremos numa pesquisa para
que possamos nos aproximar da verdade e também iremos atrás de maiores detalhes
sobre a origem da tora. Até agora já apareceram três donos da referida tora de
imbúia, isto é, conforme documentos em posse do Museu Carlos Lampe, três
pessoas alegam que ela foi retirada dos seus terrenos.
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PUERTO LA CRUZ – VENEZUELA. Passeamos
muito com o carro de Rafael pelas cidades grandes e pequenas da Venezuela. Além
de motorista particular, ele foi, também, nosso guia. De
Rio Negrinho voaremos até Mochima, no Caribe venezuelano. Lá mora um simpático
casal, Rafael e Simone, que nos transportou e guiou pelos caminhos da Venezuela
em várias oportunidades facilitando e ajudando em todas nossas necessidades,
desde localizações de endereços até procedimentos diversos em agências de
viagens e aeroportos.
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RAFAEL E SEU CARRO. Rapaz educado,
gentil, Rafael fala quatro línguas: Espanhol, Português, Inglês e Francês.
Conhece como ninguém o território e o povo venezuelano e isso nos proporcionou
grande segurança em todos os lugares pelos quais passamos e visitamos. Sua
esposa e companheira inseparável, Simone, uma jovem brasileira, nascida em
Campos Belos no estado de Goiás o conheceu, apaixonou-se e o desposou passando
a morar na Venezuela. Mulher educada e sensível dedica a maior parte do seu
tempo ao marido com o qual respira os ares de Mochima, Parque Nacional onde
Rafael nasceu.
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CASAL RAFAEL E SIMONE. Aqui, Simone e
Rafael nos acompanham numa viagem pelo Mar do Caribe. Este casal feliz sonha em realizar seus projetos profissionais no
Brasil. Neste ano – 2014 – viajam à terra dos papagaios (Brasil) para sondar o
mercado de trabalho afim de pesquisar as possibilidades brasileiras que melhor
se adaptem às suas habilidades e necessidades. É um maravilhoso par de seres
humanos que não mede esforços para ajudar os outros.
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CASA DE SIMONE E RAFAEL EM MOCHIMA. A
casa deles está praticamente em cima do mar na Baia de Mochima. Um privilégio
naquele paraíso. Na presença do casal
sentimo-nos muito bem. É como se uma rajada de felicidade atingisse em cheio
nossos corações. Sua amabilidade e sinceridade nos conquistaram.
CONSIDERAÇÕES FINAIS. É bom conquistar
amigos verdadeiros e sinceros porque são um tesouro de imensurável valor.
Amigos verdadeiros se reconhecem nas horas que mais precisamos deles. Nunca nos
abandonam nem nas piores situações. Por hoje é Só! Um grande abraço de Celso e
outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do céu!
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