Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Rodando um pouco por aí, nota-se como
Rio Negrinho é bonito, especialmente num dia de sol à tardinha quando os raios
solares, inclinados, realçam as formas dos morros e das grotas e as luzes
contrastam com as sombras projetadas sobre as casas e a vegetação, compondo
quadros naturais com cores especiais. Rio Negrinho é formado de muitos pequenos
vales. Ora a cidade está lá em baixo, quase ao nível dos rios, ora lá em cima,
no ápice dos morros. Este sobe-e-desce faz com que ela fique ainda mais
encantadora. Sugerimos ao caro leitor que faça um teste. Com muita calma, num
dia desses, quando sobrar um tempinho, faça um passeio pelas grotas e pelos
morros da cidade, aprecie tudo com tempo e sossego e descubra que a natureza dá
um show espetacular para os olhos do bom espectador e que nosso pedaçinho de
Brasil é especial para morar. Há muito que apreciar em nossa cidade.
Futuramente abordaremos este assunto com maior profundidade. Na matéria de hoje
pretendemos mergulhar nos tempos antigos, quando Rio Negrinho ainda era, digamos,
pequeno, sossegado e suas paisagens eram mais bem usufruídas porque quase todo
mundo andava a pé ou de bicicleta e dava mais tempo para ver isto ou aquilo ao
contrário de hoje que as pessoas passam “voando” e não mais degustam as belezas
espalhadas por todos os cantos e recantos. Então, hoje veremos algumas fotos
antigas acompanhadas de poucos comentários. Na próxima semana dissertaremos
sobre elas.
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FREDERICO LAMPE E LOTHÁRIO KLAUMANN. Aqui os dois amigos encontram-se num gostoso e descontraído “papo”, na
parte da manhã de um dia qualquer do ano de 1970, no jardim em frente à casa de
Lothário, quem sabe, colocando em dia as fofocas da semana. Era uma época que
costumava-se conversar mais. Deles pretendemos falar na próxima edição, pois
foram dois importantes personagens da nossa história. Frederico foi o primeiro
Prefeito de Rio Negrinho e Lothário foi Cirurgião Dentista.
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EDUCAÇÃO FÍSICA FEMININA NO PÁTIO DO EDUCANDÁRIO
SANTA TERESINHA, ATUAL COLÉGIO CENECISTA SÃO JOSÉ. Aquela casa de madeira, no outro
lado da rua da Luiz Scholz, é a moradia dos padres, que já haviam mudado para
a nova casa paroquial anexa ao corpo da igreja matriz. Deste educandário
contaremos várias histórias.
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FINAL
DA RUA JORGE ZIPPERER. A casa com sacada cercada era a Farmácia do
Didi; a seguinte era o comércio de secos e molhados de Margarida Meyer e a última, na esquina,
era a Relojoaria Confiança de propriedade de Clóvis Arari de Campos Silva, que foi vice-prefeito de nossa cidade. Na loja da relojoaria, anexa, havia uma banca de
revista. Foi ali que adquiri meus primeiros livros. |
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EQUIPE DE FUTEBOL “SÃO LUIZ” DA CONGREGAÇÃO
MARIANA DE RIO NEGRINHO. Este time, que não era dos piores, foi formado por
jogadores da Congregação Mariana da Paróquia Católica de Rio Negrinho e por
alguns “enxertos” de outros times de futebol da cidade. O ano era 1966. Na foto vê-se a partir da esq., agachados: Leonardo Pscheidt, José Acácio Piccinini, Glauco Xavier, Pedro Silva (Deque) e Leocádio (Leo) Silva; em pé: José Moreira, Lauro Trentini, Celso Carvalho, Raul Fernandes de Lima, José Cavalheiro Filho (Jéca), Pedro Alves e José Tavares.
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PÁTIO DO EDUCANDÁRIO SANTA TERESINHA,
DIRIGIDO PELAS IRMÃS RELIGIOSAS, EM DIA DE FESTA NA DÉCADA DE 60. Em primeiro plano,
a Irmã Umbelina. Guarde bem esse nome! Lá vem histórias!
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RUA JORGE LACERDA QUANDO AINDA TINHA
VALETAS NOS DOIS LADOS – DÉCADA DE 40. Estas valetas permaneceram até a
década de 60. Na década de 40, na rua as carroças circulavam tranquilamente.
Automóveis eram tão raros que quando passava um, as pessoas corriam para as
janelas das casas para ver o “fenômeno”. Era tempo em que as boiadas passavam
entupindo a rua de ponta a ponta. Aqui aconteceu uma das brigas de bêbados das mais
engraçadas que já presenciei. Já a relatei em outra edição, mas não custa nada
e vale a pena contá-la outra vez até com mais detalhes. Você vai morrer de rir!
Aguarde!
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GRUPO DE JOVENS DA PARÓQUIA SANTO ANTONIO
DE PÁDUA – 1970. Tempo bom, juventude sadia, sem drogas, sem brigas, sem
álcool, nada de arruaceiros ou baderneiros, namoros respeitosos, diversões
sadias, respeito e amor familiar entre pais e filhos...
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ENCHENTE NA RUA JORGE LACERDA (rua do Sapo) – 1960 APROXIMADAMENTE. Naquele tempo, as valetas não conseguiam escoar as
enxurradas que desciam dos morros dos dois lados da rua e acontecia o que hoje
ainda acontece: enchentes.
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CONFLUÊNCIA DE RUAS: JORGE LACERDA (RUA DO
SAPO) E RUA DOM PIO DE FREITAS. De
um lado a Oficina Mecânica Rio Negrinho e do outro o Bar do Böelitz. Os
arredores desta esquina foram palco de muitas histórias interessantes!
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CONSIDERAÇÕES FINAIS. Na semana passada
provocamos o leitor com a pergunta: Você gostaria de viver no Rio Negrinho
antigo ou no atual? Quase todos os que viveram nas épocas passadas deram
preferência ao Antigo. Os mais novos preferiram o Rio Negrinho Atual. Dizem estes
que antigamente não tinha nada para fazer e que hoje tem TV, jogos eletrônicos
para brincar, tem carro e moto para passear e, pasmem, alguns – os mais novos -
dizem que hoje não é mais obrigado ir à missa aos domingos. Os mais antigos
dizem que naquele tempo ir à missa era parte integral da vida e que em Rio
Negrinho tinha cinema, teatro, bons bailes, circos, parques de diversão,
corridas de cavalos, futebol nos campos, dava para nadar nos rios de água
limpa, etc., etc. Bem! Cada um vive com o que tem! Obviamente os tempos mudam
juntamente com os costumes, hábitos e necessidades. Então, hoje, mesmo não
tendo tantas coisas como antigamente, o importante é viver seu tempo da melhor
maneira possível! Por hoje é só! Um abraço de Celso e outro de Mariana! Fique
com Mamãe e Papai do Céu!
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