Este Blog tem por objetivo o incentivo da pesquisa histórica de Rio Negrinho (SC), colaborando no resgate histórico desta nossa terra.
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quinta-feira, 29 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Missões em 1951 !
Nota do Blog: Apresentamos um texto abordando aspectos da história de Rio Negrinho, sob a ótica do pesquisador Alcides Raimundo Liebl, a quem agradecemos, e foi publicado originalmente no Jornal A GAZETA de São Bento do Sul.
Missionários no ato de instalação do marco simbólico daquele evento (Foto: acervo de Nelson e Cecilia Munch) |
Em 1951, a Paróquia de Santo Antônio de Pádua de Rio Negrinho, contava com o trabalho de dois missionários.
Na época, era vigário o Padre Celso Michels. Nesta foto, de março daquele ano, tirada em frente da casa paroquial que existia ao lado da Igreja, vemos o Padre Celso sentado, ladeado pelos dois missionários. Em pé, da esquerda para a direita, os padres Fernandes, Stolt e João Henrique Probst, este Reitor do Seminário São José (de Rio Negrinho).
Naquela época, num período de pouco mais de cinco anos, a comunidade da pacata Rio Negrinho recebia três grandes obras que, ainda hoje, são destaques na cidade: Seminário São José, Igreja Santo Antônio e o prédio do Colégio Cenecista São José. Todavia devemos lembrar que a Família José Brey, possuidora de uma marcenaria, de forma anônima, deu o suporte necessário para que as coisas acontecessem. Nota do Blog: Como marco a pregação daquelas missões foi erguido um cruzeiro ao lado direito da Igreja, marcando a sua data (18/03/1951).
Imagem da Igreja Matriz Santo Antonio, inaugurada em novembro de 1948 (Foto: acervo de Nelson e Cecilia Munch) |
Imagem do Educandário Santa Terezinha, atual Colégio Cenecista São José, inaugurado em 1952 (Foto: acervo de Ivone Rodrigues) |
Imagem do Seminário São José de Rio Negrinho, inaugurado em 1949 (Foto: acervo de Ivone Rodrigues) |
terça-feira, 20 de maio de 2014
UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO ! (21)
Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS. VIAGEM NO TEMPO. Admirando fotos antigas pode-se
fazer uma linda e sensacional viagem no tempo. Basta comprar um ingresso no
trem da imaginação e deixá-lo rodar livremente nos trilhos do passado rebuscando
os sabores visuais, auditivos e sensitivos dos tempos que não voltam mais! Aliás,
voltam sim, na sua viagem imaginária! E se forem boas lembranças o passeio será
bem mais gostoso! Muitas pessoas dizem que, quando viajam ao passado pelos
caminhos da imaginação, conseguem sentir perfumes e sensações de algumas coisas
de tempos longínquos ou, também, quando no presente aspiram um perfume, por
exemplo, resgatam automaticamente recordações muito nítidas de uma pessoa com a
qual tiveram contato há muitos anos atrás. Tudo isso emerge junto com uma boa
dose de saudade: o corpo permanece mas o espírito voa no tempo! Nosso cérebro é
uma máquina incrível: com estímulos específicos externos ou internos consegue
trazer à tona fulgentes imagens e sensações remotas consideradas perdidas no
tempo. Em outras palavras, o cérebro resgata o passado longínquo para o tempo
presente em sensações reais. Este é um forte motivo para que não se rebusque
passados turbulentos sob pena de sofrimento atual e real.
RIO NEGRINHO NA DÉCADA DE 60. Na foto meio
desfocada vemos a Igreja Matriz Santo Antonio ainda sem torre; vemos os morros não
ocupados por construções; vemos a chaminé da fábrica de móveis Afonso Klaumann
que ainda era ativa – perto da Igreja de Confissão Luterana. Nossa cidade era pequena e tranqüila. Poucas
ações violentas de qualquer ordem aconteciam e quando aconteciam sempre
causavam surpresa e estranheza devido à pacatez reinante. Rio Negrinho era
assim: de manhã, boa parte dos habitantes ia para o trabalho na Móveis Cimo, em
outras indústrias, nas oficinas e no comércio. No final do dia voltava para
casa com seus familiares para conversar e escutar rádio que era a principal
atração nos dias de semana, pois não havia TV. Nos finais de semana sempre
rolava um bom jogo de futebol nos campos de um ou dois dos quatro principais times
de futebol de nossa cidade - Omeri, Continental, Ipiranga e Vila Nova - onde a
torcida, numa gritaria adoidada, se descabelava toda e torcia frenética e
fanaticamente pelo seu time do coração. Os bons jogadores eram bem vistos na
sociedade e ganhavam bons empregos. As meninas andavam “de olho” neles porque
eram famosos na região. A moça que conseguia namorar ou casar com um deles era
invejada pela patota feminina. Também havia cinema nas Quartas, Quintas,
Sábados e Domingos. Os filmes do Mazzaropi atraiam multidões que lotavam a sala
do Cine Rio Negrinho que tinha 550 poltronas. Fato interessante: quem ficava em
pé durante duas horas durante o filme, por falta de lugar para sentar, não reclamava.
Pelo contrário, saía satisfeito e elogiando muito o filme. Às vezes as filas
para a compra de ingressos contornavam a esquina em frente à praça do avião e o
mesmo acontecia no outro lado com a fila que se estendia em direção à Ponte
Péricles Virmond, próximo ao Hotel e Salão Dettmer. Nos finais de semana mais
atrações divertidas completavam o lazer e o prazer das pessoas: teatros,
circos, parques de diversões, corridas de cavalos nas raias (isto mais
antigamente), grandes e animadas festas no pátio da Igreja Matriz; a Rádio Rio
Negrinho promovia shows musicais no palco do cinema – naquele tempo a Rádio
tinha seu próprio auditório onde o público podia ver e aplaudir de perto os
cantores e violeiros que lá se apresentavam nos domingos de manhã. A nossa
querida Rio Negrinho era divertida, boa e prazerosa para se viver! Já perto dos
anos 70 a TV em preto e branco entrou nos lares e as famílias estagnaram para
ver o que as emissoras de televisão apresentavam. Daí em diante, gradativamente,
os costumes e o modo de vida mudaram, porque os modelos nefastos da mídia
fizeram reféns as pessoas que, aqui e ali, os copiavam e faziam suas cabeças. O
futebol de campo foi acabando, assim como os freqüentadores do cinema. Até as
igrejas perderam muito com o avanço inexorável do comodiso dentro de casa para
ver TV. Muita coisa boa se salvou do tiroteio da mídia, mas encurralou-se em
trincheiras que, aos poucos, o tempo esmoreceu.
BAILADO. (foto
extraída do Blog Rio Negrinho no Passado). Note um senhor próximo ao palco
usando suspensórios, aquelas tiras elásticas por sobre os ombros. Havia um
tempo em que este aparato para segurar as calças era comum e moda entre os
homens. Vemos, também, outros usando chapéu. Também o chapéu era moda e sempre
acompanhava o resto da vestimenta masculina. Os mais educados, ao entrar nas
igrejas ou nas casas alheias e quando sentavam à mesas para cear, tiravam o
chapéu em sinal de respeito. Aliás, o tal de respeito era praticado como norma
obrigatória em todos os segmentos da sociedade. Existia bom senso e
cavalheirismo! Maus costumes e hábitos eram corrigidos severamente! Seria muito
bom e vantajoso que regras modeladoras para formar pessoas bem educadas
voltassem aos nossos modernos tempos que desandaram ao inconseqüente! Nota do Blog: Este bailado, realizado ao início da década de 1950, vai merecer por parte deste Blog uma matéria especial.
PONTE CENTENÁRIO. (foto extraída do Blog Rio Negrinho no Passado) Esta foto é muito antiga e provavelmente você não reconhece o
lugar que hoje está muito mudado, mas é a ponte sobre o rio Negrinho, situada à rua Capitão Osmar Romão da Silva, ao lado do Colégio São José. Veja só como era estreita – mal cabia uma carroça! Chegou a ser interditada para o tráfego de veículos, sendo permitido a travessia a pé. O caminho não
era muito mais que um carreiro! A maioria das pontes era feita com o material
mais abundante da época: a madeira. Além da facilidade prática e da rapidez na
sua construção o custo compensava! Nota do Blog: As obras de retificação do rio e da construção da nova ponte foi durante o transcorrer de 1979 e início de 1980, e foi inaugurada em 24/04/1980, obra do Governo do Estado de SC, pelo então Governador Jorge Konder Bornhausen, no governo municipal do então prefeito Paulo Beckert.
PRIMÓRDIOS. As
casas dos primeiros imigrantes eram feitas nesse estilo. Em muitas delas, de
tábuas e troncos, não se usava um único prego. Era tudo construído na base do
encaixe. Até as telhas eram fabricadas de pequenas chapas de tábuas também
encaixadas umas nas outras. Tudo, mas tudo mesmo, o colono tinha que fazer com
as próprias mãos! Desde arrancar cepos até a última peça da casa! Em São Bento
do Sul ainda há algumas casas desse tipo que sobreviveram às intempéries.
HISTÓRICA FOTO DOS OPERÁRIOS DA MÓVEIS CIMO EM MEADOS DA DÉCADA DE 1930 (foto do Blog Rio Negrinho no
Passado, cedida por Ivone Rodrigues). Não
me dei ao luxo de contar quantas pessoas há na foto, mas calculo umas
quatrocentas! A Móveis Cimo de Rio Negrinho chegou segundo estimativa, nos áureos tempos a mil e
quinhentos empregados diretos. Nas pilhas de madeira havia estoque entre 10 e 13 mil
metros cúbicos. Como foi que a Cimo foi à falência e para onde foi tanta
madeira?
PALÁCIO DE ESPORTES JOSÉ BRUSKY JR "BRISKÃO" SENDO CONSTRUÍDO, EM 1979. Terraplenagem e aterro do terreno.
Ali foram instaladas 371 luminárias de 400 watts. O Briskão foi o primeiro ginásio de esportes coberto de Rio Negrinho, inaugurado em 1980. Foi uma obra do Governo de SC, através do Governador Jorge Konder Bonhausen.
ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR RICARDO HOFFMANN. Assim foi o começo da escola que hoje está muito ampliada
devido ao grande aumento da clientela. O bairro Industrial Norte aumentou e a escola obrigou-se
a acompanhar a demanda. Hoje, próximo dali, já há outra escola e com o passar
do tempo mais outras serão construídas.
AMPLIAÇÃO DA ESCOLA MUNICIPAL LUCINDA MAROS
PSCHEIDT. Também no Bairro Vista Alegre foi necessário ampliar a escola. O
progresso do bairro aumentou o número de crianças. E assim vai ser sempre. Tudo
se modifica por força natural da evolução.
CONSIDERAÇÕES FINAIS. Olhando para trás
sentimo-nos privilegiados. Os avanços trouxeram facilidades. Hoje, em cada
bairro há uma unidade de saúde. Construíram-se novas escolas, algumas de grande
porte. As ruas estão quase todas asfaltadas. As viaturas policiais fazem rondas
pelas ruas visando a segurança pública. Enfim, apesar dos problemas que vieram
junto com o progresso, a vida está mais fácil para quem realmente deseja viver
melhor! Por hoje é só! Muito obrigado! Um grande abraço de Celso e outro de
Mariana! Fique com Mamãe e Papai do Céu!
segunda-feira, 19 de maio de 2014
UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO ! (20)
Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Nossa cidade de Rio Negrinho comemora 134 anos no dia 24 de abril, cujo ápice dos festejos é o desfile cívico, por parte de estudantes e de entidades de nossa comunidade. No texto de hoje vamos tratar dos desfiles de ontem e hoje.
CONSIDERAÇÕES FINAIS. Como viram, a pequena Rio Negrinho era muito tranqüila,
as pessoas viviam bem! Com o progresso parte da calma se foi e no lugar do
sossego vieram problemas inerentes à evolução. No entanto, conversando com uma
pessoa que veio de São Paulo morar em Rio Negrinho ouvi, com grande satisfação,
que ela – referindo-se ao nosso pedacinho de chão – não sabia que ainda havia
um paraíso para morar. Estava felicíssima em poder andar livremente pela
cidade. Pense e analise: Rio Negrinho ainda é acolhedor e é um lugar ótimo para
pessoas de bem! Obrigado! Por hoje é só! Um grande abraço de Celso e outro de
Mariana! Fique com Papai e Mamãe do Céu!
domingo, 18 de maio de 2014
NUM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO ! (19)
Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS. COMO É BOM SER CRIANÇA. Os tempos mudam, tudo evolui para
melhor ou para pior, mas nada fica exatamente como está. Fui professor por
quase quarenta anos e presenciei as enormes mudanças que aconteceram nesse
tempo. Houve transformações radicais. Até uns trinta anos atrás, a maioria das
escolas nem muro tinha ou, se tinha, os portões permaneciam abertos o tempo
todo sem que houvesse nenhuma preocupação com vândalos, de qualquer espécie. As
crianças brincavam livremente nos enormes pátios das escolas. Hoje, os pátios
diminuíram de tamanho, tomados por construções como, novas salas de aula,
quadras cobertas e os muros altos necessários para proteção contra atentados de
toda ordem e, também, para suprir novas necessidades criadas pelo aumento
gradativo da clientela. Além disso, o mundo criou novas ameaças que trazem real
perigo à segurança mesmo dentro de uma escola. Criaram-se leis e costumes,
muitos deles exagerados, que inibem a liberdade infantil. Por exemplo, quase
não se vê mais árvores nos pátios escolares, pois pensa-se que, se alguém subir
na árvore, poderá cair de lá e ferir-se. Lembro muito bem que apenas uma vez,
uma menina caiu de um galho baixo de um pé de pêra que havia no pátio do
Educandário Santa Teresinha e apenas arranhou-se um pouco e mesmo durante todo
o longo período que lecionei em muitas escolas, nunca vi ninguém cair de uma
árvore. Hoje é muito mais perigoso andar nas ruas! E olha que a molecada
brincava adoidada nos barrancos e nas árvores. Que tempo maravilhoso quando se
podia testar nossas habilidades de criança e melhorar a coordenação motora em
todos os sentidos. Observe as duas fotos a seguir, que cliquei, lá pelos anos
oitenta, na Escola Lucinda Maros Pscheidt, no bairro Vista Alegre. A escola nem
muros tinha e as crianças improvisavam pequenos parques de diversões. Com tijolos
e tábuas montavam um precário trampolim onde cada uma ficava numa extremidade
da tábua. Uma delas saltava sobre sua extremidade da tábua e a outra,
impulsionada pela tábua e pelas próprias pernas elevava-se aos ares num
prazeroso, espetacular e fantástico salto. Quando esta caia de volta sobre sua
extremidade o mesmo acontecia com a outra criança da outra extremidade. Isso é
ser criança livre de influências bobas de adultos medrosos mal preparados para
a vida e que impõem suas fraquezas às crianças viçosas que precisam expandir
suas potencialidades físicas, mentais e espirituais!
ESCOLA LUCINDA MAROS PSCHEIDT EM 1980. Já tinha cerca, mas era de tela simples. Hoje é
cercada por muros e vigiada para proteger-se de vandalismos que são comuns
contra as escolas.
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RUA ADOLFO OLSEN EM 2014. Vista de quase do mesmo ângulo da foto anterior. No lugar do
pátio, o ginásio de esportes. A Cruz que era de madeira foi substituída por uma de concreto em 2007.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS. No processo evolutivo sempre há avanços e retrocessos! Pessoas que viveram nos tempos passados, lembram de muitas coisas boas que não permaneceram, como cinema, teatros, parques, bons bailes, natação em rios limpos, viagens de trem com passagens baratinhas. Nos comboios lotados iam passageiros para Mafra, Corupá, Jaraguá, Joinville e São Francisco do Sul em gostosas e saudosas viagens pela Serra do Mar. Obviamente, hoje, o transporte é bem mais rápido, mas menos seguro. Na guerra do trânsito morre muita gente! É o alto preço que se paga pelo progresso! A impressão é que o ser humano não preparou-se devidamente para acompanhar a evolução! Por hoje é só! Muito obrigado! Um grande abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Papai e Mamãe do Céu!
sábado, 17 de maio de 2014
UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO ! (18)
Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS. UMA ATENÇÃO ESPECIAL PARA RIO NEGRINHO.
Se focarmos com aplicação cuidadosa o nosso pedacinho de Brasil, veremos que
Rio Negrinho no presente é um bom lugar para morar, graças a todos que, ao longo
do tempo, lutaram por esta cidade. Tijolo por tijolo, tudo foi construído com
esforço de muita gente que se empenhou, às vezes com grande sacrifício, para que
tudo evoluísse e ficasse agradável como está hoje. A maioria das ruas
pavimentadas facilita a integração entre bairros por ônibus, carros, motos,
bicicletas e mesmo a pé. Apesar de alguns problemas, nossa cidade ainda é um
lugar bem tranqüilo. Se comparado com uma cidade grande, esfumaçada, agitada e
violenta, Rio Negrinho é um paraíso! E bonito! Na Edição da semana passada
fizemos o convite para que você saia um pouco por aí, num domingo de sol, e aprecie
com calma nossas paisagens dentro e fora da cidade e perceba lugares e coisas
que antes não se notara. Detenha-se e foque sua atenção nos detalhes, nas
diversidades, na arquitetura de algumas construções, nas cores e formas de tudo
o que se encontra ao seu redor. Serão momentos bem aproveitados e dotados de
lazer, satisfação e orgulho pelo lugar onde você mora. Iniciamos a amostra de
fotografias de hoje repetindo e aproveitando o retrato da Rua Jorge Lacerda
(Rua do Sapo) de muitas décadas para narrar uma fenomenal briga de bêbados
travada nesta rua a 56 anos atrás.
COMPANHIA INDUSTRIAL DE MÓVEIS DE RIO NEGRINHO (CIMO) EM 1950. |
CONSIDERAÇÕES
FINAIS. Sobre
vários assuntos, os quais anunciamos na semana passada, falaremos em próximas
edições. São muitas histórias interessantes. Por hoje é só! Obrigado! Um grande
abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do Céu!
sexta-feira, 16 de maio de 2014
UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO ! (17)
Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho (no meados do mês de abril de 2014, às vésperas da comemoração da festa religiosa da Páscoa).
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS. PÁSCOA.
Muitas vezes, em sala de aula, perguntei aos alunos sobre o significado da
Páscoa. A grande maioria imediatamente aliou-a ao coelho, aos chocolates e
poucos lembraram da Ressurreição de Jesus. A propaganda da mídia induz crianças
e adultos à páscoa de doces e guloseimas e à chegada do coelhinho. Esta tática
foi criada pelo comércio e pela indústria para gerar lucros através das vendas.
É aí que o verdadeiro Dono da festa é substituído, sem nenhuma compaixão, pelo
coelho que bota ovos. O coelho no lugar de Jesus! Essa não! Coelho que bota
ovos é prá lá de insano! E tem gente que tenta explicar usando vários subterfúgios
ardilosos (não querendo ser redundante) como, por exemplo, “coelho é o símbolo
da fertilidade” e esquecem que há vários animais bem mais prolíferos como o
rato, a mosca e outros. Há dois tipos de Páscoa: a pagã e a cristã. A pagã
lembra chocolate, coelho, cestinhas, comilanças, bebedeiras e farras em geral e
tem conotação meramente física, mundana. A cristã – a verdadeira – é reflexiva
e lembra a Ressurreição de Cristo. A passagem da morte para a vida tem
conotação físico-espiritual. Preferimos comemorar a Cristã. Todo o flagelo
extremo de Jesus, sua morte, ressurreição e ascensão ao Céu foi um grande
projeto do Pai, sacrificando o próprio Filho, para a salvação da humanidade.
Sua Ressurreição, de importância infinitamente maior que coelho e chocolate,
lembra que nesta curta passagem, devemos morrer para ressuscitar para a vida
eterna e isso deve ser comemorado e transformado em um grande acontecimento na
alma de cada um de nós, filhos de Deus. É hora de renovar a fé, de melhorar os
propósitos, de renascer bem mais forte para o bem, de fortificar o amor ao próximo
e de dar novos passos em direção à Luz. O Dono da festa é Jesus Cristo e é Ele
que deve ser lembrado, comemorado e, literalmente, degustado através da santa
comunhão! E a Sexta Feira Santa? Não é dia de jejum? A Igreja Católica orienta
com toda clareza que o cristão deve fazer pelo menos um pequeno sacrifício por
Jesus através de jejum que nem se compara ao extremo sacrifício Dele por nós.
No entanto o que acontece? A maioria das pessoas, com melhor posse financeira,
compra peixe, que é mais caro que outra carne qualquer, faz um banquete,
esquece qualquer tipo de sacrifício, pensa que engana a Deus e acredita que
assim cumpre alguma norma religiosa em relação à Sexta Feira Santa. Engraçado:
Sexta Santa virou dia de comer peixe, de banquete e de prazeres culinários! Dê
uma reviravolta na sua vida, consulte sua consciência!
IGREJA LUTHERANA DE RIO NEGRINHO, EM 2014.
Agora, construiu-se um edifício ao lado da igreja, obstruindo parcialmente a
visão da bela casa de Deus.
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