Carlos Hantschel é a terceira família
de imigrantes de língua europeia que vamos analisar resumidamente a sua vinda e
sua vida a partir de 1880 em Rio Negrinho.
-----------------------------------------------------
Família de Carlos Hantschel
Carlos
Hantschel era natural de Luksdorf, paróquia de Reinewitz, Bohêmia, nascido
à 27/07/1863, filho de Valentim Hantschel e Barbara Hubner.
“Veio a primeira vez ao Brasil com 18 anos e com 22 anos voltou a terra natal para visitar os pais, retornando em definitivo ao Brasil, em agosto de 1888, desembarcando no porto de São Francisco do Sul”.
Carlos Hantschel e família, em 1914,
onde se vê: José, Luiza, Maria (esposa), Carlos (pai), Carlos (Fº), Hermina (sentada),
Maria (Fª) e Rodolfo; a frente: Erna Ema e Alfredo (foto: acervo Arquivo
Histórico de Rio Negrinho)
“Chegando a Joinville ao procurar emprego na casa comercial de Paulo Bohem, este o indicou para o trabalho na casa comercial de Luiz Buchmann, morador e comerciante em Campo Alegre, na profissão de sapateiro”
“Já morador de Campo Alegre, caminho de São Bento e Lençol, logo soube dos patrícios que ali moravam, onde conheceu a família de Carlos Stuber e a sua futura esposa Maria”.
“Estabelecido em Rio Negrinho, abriu uma sapataria, com alguns aprendizes, entre eles Henrique Hatschbach, Francisco Anton e Carlos Pscheidt. Junto a sapataria um rústico restaurante para os tropeiros, no qual os próprios aprendizes faziam as vezes de cozinheiros.
Hantschel casou-se em 22/07/1893 na Igreja da Colônia São Bento, com Maria Stuber, filha de Carlos Stuber e Theresia Altmann, irmã por parte de mãe de José Brey. Maria, era nascida em Santa Catharina, Bohemia, em 01/07/1873.
“Casado continuou com restaurante, trabalhando com venda de calçados, indo muito a Rio Negro”.
“Carlos Hantschel foi o vendedor das terras de Guilherme Xavier de Miranda, divididas em lotes rurais, originando daí a denominação de “Colônia Miranda”. Nesta ocasião ele adquiriu várias faixas de terras, formando uma considerável área, posteriormente, dividida entre os seus filhos. Esta imensa gleba de Miranda, com trinta milhões e quatrocentos mil metros, se estendia, entre o rio dos Bugres e o rio Preto, margeando o lado direito da Estrada Dona Francisca (sentido Rio Negrinho/Mafra)”.
“A estrada que liga a atual Rod. Br-280 até a Colônia Miranda foi construída por Carlos em companhia dos compradores das primeiras glebas, sendo que os primeiros foram: Willy Jantsch, Otto Jantsch, João Estefano, Adolfo Olsen, Augusto Goetler, Francisco Senn, Antonio Ulrich, Ladislau Kurowski, André Pscheidt, José Jantsch, Paulo Wockvart, Max Froehner, Germano Preisler, Reinoldo Brand, José Penkal e Félix Kroll”.
“Maria faleceu com 83 anos, em 22/09/1956, e encontra-se enterrada no Cemitério da Paz, em Rio Negrinho”.
O casal Carlos e Maria teve 8 filhos: Carlos (08/04/1894), Luiza (05/08/1895), Hermina (09/02/1898), Maria (08/02/1901), Rodolfo (17/12/1902), José (20/09/1906), Alfredo (11/07/1910) e Erna Ema (02/02/1912.
Pelos registros de batismo e de nascimento, nasceu na Colônia São Bento, apenas o filho Carlos (08/04/1894), todos os demais filhos, a partir de Luiza (05/08/1895), já nasceram em Rio Negrinho, no Km. 104, da Estrada Dona Francisca, na profissão de sapateiro, defronte à esquina da atual Rua Adolfo Konder.
Conclusão: a vinda de Carlos Hantschel a Rio Negrinho deu-se em 1890, conforme depoimento dos seus filhos, ou, somente a partir de 1895, conforme constante do registro de nascimento de sua filha Luiza.
(texto com base nos depoimentos de Alfredo Hantschel e Erna Ema Hantschel, filhos de Carlos Hantschel, agosto de 1984, ao então servidor municipal Osmair Bail, sobre a vida de Carlos Hantschel; e de pesquisas feitas pelo autor da coluna Nossa História)
Nenhum comentário:
Postar um comentário