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segunda-feira, 28 de abril de 2014

UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO (03)

Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto e as respectivas fotos de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho (texto publicado em 2013).


ANTES E DEPOIS.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS. A primeira foto é do final da década de 1970. Compare-a com a Rio Negrinho atual. Note a evolução ou involução da nossa cidade com o passar do tempo. Rio Negrinho, naquele tempo, possuía a fábrica de Móveis Cimo com suas grandes pilhas madeira, e dessa indústria dependia a maioria da população da cidade. Mas a fábrica faliu, foi desmontada e as pessoas tiveram que se adaptar à novas formas de ganhar o pão de cada dia. Surgiram novas indústrias, novos meios de renda e novos trabalhos que absorveram em grande parte os operários da extinta Móveis Cimo. Muita gente mudou de cidade, mas a maioria ficou aqui mesmo. Numeramos alguns pontos da cidade nesta foto para que você possa localizá-los com facilidade. 

RIO NEGRINHO A 36 ANOS ATRÁS. A seguir nomearemos os pontos numerados seguidos de pequenos comentários:
1- BAIRRO ALEGRE. Olhe um pouco abaixo do número 1, a Sociedade Musical e ao lado dela a Fábrica de Móveis do Didi, o conhecido farmacêutico Péricles Virmond. O seu Didi, dono também de farmácia, era um homem bondoso e inteligente e tratava muito bem seus funcionários. Hoje a ponte da Matriz Santo Antonio eterniza seu nome;
2- IGREJA LUTERANA, que até hoje conserva o mesmo estilo desde quando foi construída. Atrás da igreja, no morro só havia mato onde, hoje, está o hospital novo;
3- MORRO DA ANTENA DA RÁDIO RIO NEGRINHO. Atualmente, o morro virou cidade. Naquele tempo era lugar de pic-nic das escolas. Lá em cima até havia um campinho de futebol onde a garotada se divertia jogando bola;
4- MÓVEIS CIMO RODEADA POR PILHAS ENORMES DE MADEIRA. Era o coração financeiro da cidade. Quem trabalhava nela tinha um bom salário e vivia bem para os padrões da época;
5- ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR RIO NEGRINHO. Note que na frente do hospital havia um terreno baldio, onde hoje localiza-se a Caixa Econômica Federal;
6- CEMITÉRIO MUNICIPAL. Em frente ao cemitério não havia nenhuma construção;
7- TREVO DA BR 280 DANDO ACESSO À RUA WILLY JUNG. Aquele grande espaço vazio ao lado do trevo, antigamente era parte do campo da Sociedade Esportiva Ipiranga, um dos melhores clubes de futebol que Rio Negrinho já teve. Mas a rodovia o repartiu em dois pedaços inviabilizando a prática de esportes. Hoje, ali, está a Rodoviária e outras construções. Que tempos saudosos quando poucos veículos circulavam pela cidade e pela BR 280. Se acontecia algum raro acidente, era mesmo novidade e dava o que falar pelas bocas do(as) fofoqueiros (as). Mesmo sem um jornal periódico a cidade em pouco tempo já sabia dos acontecimentos. Veja, a seguir, algumas comparações de como era Rio Negrinho e como é agora.

PRÉDIO DA PREFEITURA MUNICIPAL EM 1976. Neste mesmo prédio, em anos anteriores a 1976, funcionavam várias repartições públicas, como correio, telefônica e a própria Prefeitura. A delegacia e a cadeia estavam já ao lado, quase grudadas na prefeitura. Mais tarde, no mandato do prefeito Romeu Ferreira de Albuquerque (meados da década de 1980), as chamas devoraram maior parte da construção. Uma pena, pois este prédio hoje seria ponto turístico símbolo da administração municipal. Lembro que no tempo do sinistro com este prédio, a prefeitura funcionava em outro lugar. 

O MESMO LUGAR DA ANTIGA PREFEITURA. HOJE, A PRAÇA DO AVIÃO. Trinta e cinco anos depois (1978-2013), o lugar da antiga prefeitura ficou assim. 

PÁTIO DO EDUCANDÁRIO SANTA TERESINHA, HOJE COLÉGIO CENECISTA SÃO JOSÉ, A 60 ANOS. Quem administrava a escola particular eram as irmãs religiosas com um rígido regime disciplinar. O estudo era forte e excelentemente lecionado. As festas neste espaçoso pátio eram comuns. De vez em quando as freiras promoviam dias inteiros de diversões para os pais dos alunos e para o povo. A foto acima apresenta uma festa comemorativa ao Dia das Mães.
PÁTIO DO COLÉGIO SÃO JOSÉ EM 2013. Que mudança radical! A maior parte dos espaços para os alunos são cobertos. O pátio ao ar livre já era! Os tempos mudam e as necessidades também! Veja na foto anterior que o pátio era cercado com ripas de madeira. Os portões, também de ripas de madeira, até permaneciam abertos, pois nada oferecia perigo aos alunos, nem o trânsito, que ali não havia, nem o assédio de drogados e outros delinqüentes. Hoje o pátio é severamente cercado e bem fechado sob pena de acontecer transtornos indesejáveis.
PÁTIO DA IGREJA MATRIZ EM NOVEMBRO DE 1964. Era cheio de árvores, grandes cedros, que enfeitavam naturalmente o ambiente e entre elas aconteciam as grandes festas animadas por ótimas bandas de sopro. Antes desta data havia mais árvores ainda. Veja a seguir como ficou o pátio nos dias de hoje.

O MESMO PÁTIO ATUALMENTE (2013). Tomados por construções, tal qual o pátio do Colégio São José, não mais oferece o sabor do frescor das árvores. Antes as portas da Igreja permaneciam quase sempre abertas e havia sempre gente entrando para rezar e meditar. Hoje as coisas mudaram drasticamente, tudo ficou agitado, as pessoas andam depressa, como que fugindo de algo que as persegue.
CONSIDERAÇÕES FINAIS. Esta reportagem faz lembrar das nossas famílias. Será que mudamos para melhor ou para pior? Depois que a TV invadiu nossos lares, o que foi que restou dos bons costumes, dos bons modos de tratamento entre as pessoas? E a própria integridade da família como está? Ainda existe? A comunicação entre os membros familiares permanece ou já virou fumaça? E o amor de um para outro ainda é praticado? Também não estamos trancando as portas do coração uns para os outros? São muitas as perguntas a serem feitas sobre nós inseridos no mundo moderno e competitivo onde o ser humano é relevado a segundo plano nos interesses do consumismo comercial, industrial, governamental e da mídia. Nas seguintes edições pretendemos mostrar mais fotografias antigas comparando os lugares de outrora com os mesmos atuais. Por hoje é só! Ficamos muito felizes que você tenha lido nossa reportagem! Um grande abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do Céu!

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