Olá, seja bem-vindo! Muito obrigado pela sua visita!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Desfile de carroceiros pela cidade de Rio Negrinho

Desfile de carroças de colonos que perdurou por mais de 40 anos em Rio Negrinho (Foto do acervo de Foto Weick)
Nesta imagem vê-se José Vicente Thomáz, um dos carroceiros que entregava lenha às residências de Rio Negrinho, oriunda principalmente da Móveis Cimo. (Foto do acervo de Vitoria Vicente Thomáz)
Aulas de corte e costura na década de 1940 (Foto do acervo de José Luimar Mayer)
Um vez por semana, mais precisamente as sextas-feiras, os colonos, propiciavam um verdadeiro desfile de carroças, vindos principalmente das localidades mais próximas da cidade de Rio Negrinho, como Colônia Olsen, Rio Casa de Pedra, Queimados, Rio dos Bugres, Salto e Campo Lençol.

Eram agricultores que traziam seus produtos à venda, como lenha, ovos, manteiga, queijo, feijão, milho, carne de porco, que eram entregues nos comércios da cidade, a exemplo de Luiz e Eduardo Neidert, Urbano Murara, Francisco Ruckl, João Boelitz, Margarida Meyer, Arnoldo Ricobom, Jorge Quandt, Evaldo Treml e Arlindo Carvalho, entre outros. 
Nesta época nem se pensava em fogões à gás, mas todos movidos a lenha, que era comprada da Móveis Cimo, de serrarias, ou, ainda dos colonos.
Os produtos vendidos pelos agricultores não eram pagos em moeda corrente e sim com outros produtos, a exemplo de café, açúcar, sal, querosene para os lampiões, e tecidos para confecção de roupas. Nesta época era muito difícil a roupa feita em larga escala e industrialmente, e, sim feita por costureiras.
Este desfile de carroças, que se iniciava ainda de madrugada, trazia até a cidade os seus condutores, onde faziam as suas negociadas e retornavam vagarosamente as suas residências, num ritmo bem mais tranquilo que os nossos dias, não sem antes darem realizarem parada às margens do rio dos Bugres, para aqueles que moravam na Colônia Olsen e região, para darem águas aos cavalos, fazerem o “fristick”, fumar um palheiro ou cachimbo e botarem a prosa em dia com seus vizinhos. 
Com a implantação do supermercado e dos produtos industrializados essa maneira de se comercializar, que vinha se arrastando por mais de 40 anos, foi definhando, se encerrando este ciclo ao início da década de 1970. (Texto produzido com base no depoimento de João Kormann)

Um comentário:

  1. Joaquim Castilho Netto, juiz de paz em Rio Negrinho, foi casado com uma prima de minha mãe, Maria Atonia de Carvalho Salles.

    ResponderExcluir