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sábado, 14 de abril de 2018

GENTE NOSSA: WALCIR VIDAL SENNA


Nota do Blog: GENTE NOSSA foi uma coluna publicada no Jornal PERFIL de Rio Negrinho, nos anos de 1995 e 1996, no qual o administrador deste Blog por um período foi colaborador. Apresentamos mais um artigo da coluna GENTE NOSSA, homenageando Walcir Vidal Senna, publicado originalmente no Jornal Perfil, ano IV, edição nº 146, pág. 8, em 01 de março de 1996. A foto reproduzida no texto original do Perfil é de autoria do repórter Alceu Solano Peyerl.



GENTE NOSSA apresenta a figura de Walcir Vidal Senna, (então) chefe do escritório da CELESC, ex-vereador, ex-presidente da Câmara de Vereadores e ex-radialista. Casado com Nanci Liebl, pai de 2 filhas – Cintia e Luciana.

Walcir Vidal Senna 
(imagem do acervo do administrador do Blog)



INFÂNCIA – Filho de João Lucio e Auta Bernardino de Senna, naturais de Porto Belo (SC), Walcir Vidal Senna nasceu em Rio Negrinho em (28) de abril de 1940.  Fez o curso primário e o curso normal regional (equivalente ao magistério) junto ao Grupo Escolar Marta Tavares. 

Walcir Vidal Senna 
(imagem do acervo do Jornal Perfil, da autoria de Alceu Solano Peyerl)


Sua infância foi pelas brincadeiras e banhos no rio Negrinho, junto ao poço do Cipó (fundos do Banco do Brasil), poço do Ziprinha (fundos da Prefeitura), e do poço do Dums. Isto sem contar a pesca da tarrafa, nas tocas ou nas latas na lagoa do “Engel”, situada no final da rua Otto Dettmer, sempre contando com os resmungos e chingamentos da velha “Baia”.  
O porão do Werna era um caso a parte. Situado no local onde está o Mercado Municipal, prédio grande de madeira, com 2 pisos, alugado em vários quartos, para 4 ou 5 famílias, formava um simpático cortiço, com um grande número de moleques, sempre entregues a traquinagem. No porão do Willy Werner havia o espaço para a barbearia e a sua famosa verdureira. 
Com a construção da ponte nova e o aterro da rua, o porão ficou prejudicado, posteriormente adquirido pela prefeitura e demolido.

VIDA PROFISSIONAL – Aos 14 anos, Walcir inicia juntos aos correios como praticante de telegrafista sem remuneração, onde fica 4 anos.  Ainda antes dos 18 anos, começa a trabalhar como locutor na rádio Rio Negrinho, nos programas sertanejos vespertino e matutino, além do programa noturno “Boa Noite para Você”.  Com 18 anos vai para o serviço militar, retornando continua por mais um breve período junto à Rádio, de onde demite-se, empregando-se na Empresul*, em 1961.

Festa junina realizada ao início da década de 1960, na então sede do Ipiranga, na qual foram apresentados conjuntos musicais de música caipira. Nesta foto vemos a partir da esq. Walcir Vidal Senna, animador do baile, que mantinha um programa deste gênero musical na Rádio Rio Negrinho, com o nome artístico de Nhô Bento; e o trio caipira Osvaldo Maia - Osvaldinho, Jose Vieira Lemos - Juquinha e Pedro Schier – Penoso. (Foto cedida por Ana Alves de Andrade)


Na Empresul, empresa particular de energia elétrica, mais tarde encampada pela CELESC, inicia a profissão de eletricista. A agencia local da Empresul contava apenas com 3 empregados, 1 pessoa no escritório – Theodoro Junctum e outros 2 – Ervino Tascheck e Gabriel Pereira, que eram ao mesmo tempo eletricista, leiturista, consertador de rede, colocador de postes para extensão, enfim “pau pra toda obra”.  

Fato pitoresco, que os postes eram ainda todos de madeira e eram levados até o destino final numa gaiota, com rodas de carroça, puxados pelos 03 funcionários, morro abaixo e ac ima. Levantar um poste era outro drama, só no braço, contando com a ajuda espontânea dos empregados da Móveis Cimo.  Os pedidos de ligações eram poucos, de 1 a 2 mensais. Além de tudo, e Empresul ainda tinha uma loja para a venda à varejo de material elétrico. Em 1974, a Empresul é encampada pela CELESC, melhorando sensivelmente a qualidade da energia, atendimento ao público e conservação de redes de distribuição.  

Somente em 1970, Walcir reinicia os estudos de 2º Grau, com o Curso Técnico em Contabilidade na Escola Técnica de Comércio, junto ao Colégio Manoel da Nóbrega.  Dentro da empresa é requisitado durante 8 meses para a central em Florianópolis, no setor contábil e posteriormente remanejado para o mesmo setor na Agência Regional de São Bento do Sul, onde atua durante 5 anos. 

Retorna ao escritório local em 1981, para assumir a chefia, com a aposentadoria do velho companheiro Theodoro Junctum, onde permanece até hoje na função**.

POLITICA – Com a atuação na rádio e as ligações partidárias como o ex-vereador Theodoro Junctum, lança-se a vereador, elegendo-se para o mandato de 1970 a 1973, tendo como prefeito à época – Alvaro Spitzner.  

Convive com as turbulentas divisões da ARENA, partido aliás oriundo da UDN e PSD, que originavam inúmeras e intermináveis questões. É neste período novas indústrias no município, entre elas a Famorine e Móveis Capi e um hotel de maior porte, o Park Hotel***. 

Neste período foram criados o hino, o brasão e a bandeira de Rio Negrinho; além de ser fixado a data comemorativa da fundação do município.  Eleito como presidente da Câmara para o período de 1/02/72 a 31/01/73, onde foi concedido o 1º Título Honorífico de Rio Negrinho, ao Governador – Colombo Salles. Tenta a reeleição em 1982 e é eleito pelo PDS, tendo como prefeito – Dr. Romeu F. Albuquerque, onde foi presidente da Câmara para o período de 1/02/83 a 10/02/85. 

Câmara de Vereadores, após a eleição na presidência do vereador Wilson Luiz Veiss, em 01/02/1987, para o 3º biênio da direção da Câmara de Vereadores, onde se vê, a partir da esq.  Vitor Reichwald, Elias Graboski Filho, Lauro Anton, Ermelinda Tenfen Borella, Walcir Vidal Senna, Wilson Luiz Veiss, Olavo do Prado, Ilario Schneider, Osmail Joaquim Nunes,  José Euclides Carvalho e José Kormann (foto do acervo de Ismael do Prado)


Guarda entre as inúmeras recordações, a amizade e fidelidade do colega e vereador José Euclides Carvalho, destacando como marco, a indicação da denominação de Professora Selma T. Graboski para a escola no bairro São Rafael.

TEATRO – Em 1968 participa da formação da Sociedade Teatral Rio Negrinho em companhia de Norberto Murara, Pedro Jablonski, Luterina Lehner, Vagemiro Jablonski, Adélia da Luz Souza, Magali (Souza) Szabunia, Alfredo Girardi e de Jussara Zipperer.  

Para ensaios e apresentações foi utilizado o Salão Paroquial da Igreja Matriz, que para isto, foi exigido a instalação elétrica, pintura e montagem do palco, como está atualmente.  

A Sociedade Teatral teve o momento de glória em 1969, quando o ator Walcir Senna foi eleito o 1º ator coadjuvante do estado, no Teatro Carlos Gomes em Blumenau.  Infelizmente a Sociedade Teatral desativou-se em 1970.  GENTE NOSSA futuramente trará matéria sobre esta brilhante entidade.

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Nota complementar do Blog:

* A Empresul - Empresa Sul-Brasileira de Eletricidade S/A foi fundada em Joinville, em 6 de abril de 1929, e era controlada pela AEG (Allgemeine Elektrizitäts Gesellschaft) e depois pela “Berliner Handels-Gesellschaft”, ambas de Berlim.
A Empresul foi encampada pelo governo brasileiro em 1944, em plena 2ª Guerra Mundial. Foram nomeados interventores e após o conflito, a empresa foi passada para o governo catarinense. Em 9 de dezembro de 1955 – o então governador de Santa Catarina – Irineu Bornhausem, criou a Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. - Celesc, com a função de planejar, construir e explorar o sistema de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica no Estado. Depois, assumiu o papel de holding até começar a incorporar, gradativamente, o patrimônio das antigas empresas regionais, ao longo da década de sessenta, passando de canalizadora de recursos públicos para uma Holding atuante no setor elétrico, adquirindo várias empresas do ramo, dentre elas a Empresa Sul Brasileira de Eletricidade S.A. – Empresul, com base em Joinville. A incorporação dessas empresas foi realizada com base em um levantamento patrimonial detalhado, em que instalações e propriedades foram transformadas em ações da Celesc e repassadas aos sócios das antigas empresas. (Texto com base nos sites "Noticias do Dia" e "Didaticativa")
** Walcir Vidal Senna aposentou-se da CELESC em novembro de 1997.
*** O Park Hotel é atualmente denominado de Hotel e Pousada João de Barro.

Um comentário:

  1. Foi integrante do Grupo de Escoteiros, juntamente com seu irmão Walmir Senna

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