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Willy Jung, quadro pintado em 1951, doado pela Móveis Cimo ao Museu Municipal de Rio Negrinho, pintado pelo artista Victor Kursancew (Foto do Pintura pertencente ao Museu Municipal de Rio Negrinho). |
Nota: Informações atualizadas em 18/05/2014
Nascido em 10/05/1879 em Leipzig, Saxônia, região da Alemanha, Willy Jung é filho de Otto Theodor e Maria Jung, de religião protestante, chegou ao Brasil, no porto de São Francisco do Sul, em 16 de julho de 1881.
Amigos de infância, Willy Jung e Jorge Zipperer, formaram uma sociedade em setembro de 1912, sob a denominação de “Jung e Cia.”, para a exploração comercial a varejo de secos e molhados, fazendas, armarinhos e ferragens, em São Bento do Sul. Mas para tratar de outros interesses, os sócios resolveram em 1915, vender o estabelecimento comercial a Carlos Zipperer e André Ehrl.
Estes interesses estavam direcionados a uma serraria a vapor e fábrica de caixas, inaugurada em 25 de março de 1914, instalada num terreno situado na localidade de Salto, município de Rio Negrinho, com 111 alqueires, adquirido de Serapião Ferreira de Lima, em 1913. O maquinário da serraria foi adquirido na Alemanha, junto com um dínamo, com o qual foi iluminado a indústria, a casa comercial e todas as residências dos operários da firma.
Em fevereiro de 1916 a “Jung e Cia.” adquiriu terras na estrada de Lageado (Pr), onde foi construído uma serraria a vapor, mais tarde, em 1926, transferida para a localidade de Bituva, município de Mafra. Como consequência da construção dessa serraria no Lageado e para escoamento da produção através da Estação Férrea, gerou a necessidade da implantação da primeira via urbana de Rio Negrinho, a Estrada Irany. A Estrada Irany deu um grande impulso a Rio Negrinho e beneficiou a população residente no Lageado.
Mais o passo mais importante tomado pela empresa “Jung e Cia.” foi em 24 de junho de 1918 com a aquisição de um terreno de 25 alqueires, divisando com os rios Negrinho e Serrinha e a Estrada Irany, devido a proximidade da Estação da Rede Férrea, a poucos anos inaugurada, para escoamento da produção. Com a aquisição do terreno ainda em 1918 foi transferida a serraria e a fábrica de caixas, e construídas as residências e a casa comercial.
Willy Jung e sua família, em 09 de novembro de 1918, mudou-se de São Bento do Sul para Rio Negrinho e foi em 06 de janeiro de 1919 acometido pela terrível epidemia da “gripe espanhola” que apesar dos esforços do médico Dr. Ernesto Mauricio Arndt, faleceu em 16 de janeiro de 1919, num momento de franca expansão da firma “Jung e Cia.”.
Willy Jung casou-se em São Bento do Sul com Hulda Neubauer (filha de Frederico e Henriqueta Neubauer), em 28/11/1903, e tiveram seis filhos, Alfonso (nascido em 02/07/1902), Alfredo Theodoro (nascido em 13/04/1904), Annita Amália (nascida em 17/11/1908), Theodoro (nascido em 06/09/1910), Lothário (nascido em 09/06/1915) e Elvira (nascida em 08/07/1918).
Alfonso Jung, um dos filhos de Willy, entre 01/05/1937 e 03/01/1938, foi intendente do então Distrito de Rio Negrinho.
Com a morte de Willy Jung, foi dissolvida a empresa, sendo admitido em junho de 1919, André Ehrl, como novo sócio, girando a nova sociedade sob a denominação de “A. Ehrl e Cia.”, sucessora da “Jung e Cia.”.
Em sua memória, a via principal de acesso a cidade de Rio Negrinho, está lembrando a memória Willy Jung, denominada ainda quando Rio Negrinho era Distrito de São Bento do Sul. (Texto redigido parcialmente com base no Livro "Rio Negrinho, que eu conheci", Prof. José Kormann, 1980, TipoWest, págs. 77, 122 a 134)