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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Imagens das moradias dos imigrantes de SBS, levadas por Jorge Zipperer, em sua viagem à Bohêmia, em 1938!




"Em 1938, Jorge Zipperer viajou à terra dos ancestrais da família Zipperer, na Boêmia. Chegou, inclusive, a fazer uma palestra em Neuern com o título “A Emigração dos Boêmios para o Brasil e suas causas”. Em seu discurso, Jorge abordou temas como os motivos que levaram os boêmios a imigrarem, a aquisição de terras no Brasil, e o retorno de Josef Rohbacher à Boêmia para trazer novos imigrantes".
"Também relatou episódios como a primeira morte em São Bento, a primeira escola, a primeira compra e o primeiro crime. Em suas anotações para o discurso, constam ainda tópicos sobre plantação e colheita, cobras venenosas, relâmpagos, ataques indígenas, luz elétrica, e outros". 
As imagens acima, segundo Elvira Schiessl da Silva, atualmente com 92 anos, moradora de Rio Negrinho, sobrinha de Jorge Zipperer, são de moradias de imigrantes de São Bento do Sul, que foram levadas por Jorge Zipperer em sua viagem à Bohêmia, para mostrar as condições de vida dos mesmos.  Se observarmos as fotos com maior amplitude nota-se que em frente de todas as moradias há as famílias postadas, todas em trajes de gala. É sinal que as imagens não foram tiradas por mero acaso.

(Fotos do acervo de Elvira Schiessl da Silva; texto parcialmente extraído da Biografia de Jorge Zipperer, de autoria de Henrique Fendrich, publicado no site "São Bento no Passado" )

Amigas estampadas numa publicação do Jornal "O AÇO", em 1939.

As amigas, sentadas Gomercinda Gomes e Leonilda Schiessl; em pé, Alice da Luz e Elvira Schiessl.  As duas primeiras estão mostrando o Jornal "O AÇO", em 1939.
As amigas em festa estão comemorando a publicação de um fato de suas vidas, estampado num jornal editado em São Bento do Sul, denominado "O AÇO".  O fato se deu em 1939, no Salão Neumann (antes Lampe e posteriormente Dettmer), situado em frente a Igreja Matriz Santo Antonio, no centro da cidade.  Numa das "domingueiras", que eram realizadas domingo à tarde, as 4 amigas deram uns safanões num enamorado de uma delas.  É que esse enamorado era muito impertinente e ficava constantemente insistindo para o namoro com uma delas, e que não era devidamente correspondido. Até que um belo dia a paciência da pretendida estourou e partiu prá cima do "enamorado" em pleno palco do Salão Neumann, numa dessas "domingueiras", sendo acompanhada pelas demais.  Resultado disso foi a publicação de uma matéria sobre o fato no Jornal "O AÇO" de São Bento do Sul, o qual as duas amigas sentadas a frente estão segurando, numa pose de comemoração, registrada na Foto Weick. (Foto: acervo de Elvira Schiessl da Silva, atualmente com 92 anos)

Santas Missões na comunidade católica de Rio Negrinho, em 1964

Foto tirada em frente ao altar principal da Igreja Matriz Santo Antonio, no qual vê-se os padres Wendelino Wiemes (da paróquia de Rio Negrinho), Alderico Passoni, José Schmit, Odilon Hackenhauser, Jose Nery e Luiz Gonzaga Steiner (então pároco de Rio Negrinho). Os 4 padres missionários redentoristas são os do centro da foto.

Seguindo a divisão política-administrativa a Paróquia da Comunidade Católica de Rio Negrinho sempre foi assistida pelos padres pertencentes a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), a mesma que atende o município de São Bento do Sul, desde o início do século passado. Como Rio Negrinho a época pertencia ao território são-bentense, nossa comunidade passou a ser também atendida por esta Congregação.  Foi por iniciativa dessa congregação e com apoio da comunidade que foram construídas a primeira capela e a atual Igreja Matriz Santo Antônio.  Mas, periodicamente, outras congregações religiosas foram convidadas para afervorarem o espírito e a fé cristã da comunidade, denominadas de Santas Missões, assim foi por exemplo as de 1951 e 1959.  A de 1959 ficou famosa pela implantação de um marco, a içamento do Cruzeiro, no alto da rua Adolfo Olsen, inclusive servindo de referência para a denominação daquele bairro. Assim foi a Santas Missões de 12/12/1964, na qual foram convidados os padres redentoristas, trazidos na foto acima reproduzida. (Foto: acervo de Doris Piccinini)

sábado, 20 de outubro de 2012

Festa típica alemã de Rio Negrinho, em 1935.

Placa da esq. vê-se Max Jantsch (sapateiro) e Pedro Lindner; placa à dir. João Augustin (alfaiate) e José Lindner. 

Neste mês de outubro, época de festas alemãs por toda Santa Catarina, tempo em que se realiza em nossa cidade a "Oberland Fest", trazemos uma imagem de 1935, ainda na pequena Vila de Rio Negrinho, onde já se realizava festas típicas alemãs. Esta festa foi realizada na região da Pousada João de Barro, numa festa com pessoas com trajes típicos alemães e outras com terno e gravata. Simplicidade, alegria e confraternização, entre descendentes de alemães e brasileiros, é isto que evoca esta bela imagem. (Foto e informações de Doris Piccinini)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Personalidades de nossa história: Memória a Willy Jung !


Willy Jung, quadro pintado em 1951, doado pela Móveis Cimo ao Museu Municipal de Rio Negrinho, pintado pelo artista Victor Kursancew (Foto do Pintura pertencente ao Museu Municipal de Rio Negrinho).
Nota: Informações atualizadas em 18/05/2014

Nascido em 10/05/1879 em Leipzig, Saxônia, região da Alemanha, Willy Jung é filho de Otto Theodor e Maria Jung, de religião protestante, chegou ao Brasil, no porto de São Francisco do Sul, em 16 de julho de 1881.

Amigos de infância, Willy Jung e Jorge Zipperer, formaram uma sociedade em setembro de 1912, sob a denominação de “Jung e Cia.”, para a exploração comercial a varejo de secos e molhados, fazendas, armarinhos e ferragens, em São Bento do Sul. Mas para tratar de outros interesses, os sócios resolveram em 1915, vender o estabelecimento comercial a Carlos Zipperer e André Ehrl. 

Estes interesses estavam direcionados a uma serraria a vapor e fábrica de caixas, inaugurada em 25 de março de 1914, instalada num terreno situado na localidade de Salto, município de Rio Negrinho, com 111 alqueires, adquirido de Serapião Ferreira de Lima, em 1913. O maquinário da serraria foi adquirido na Alemanha, junto com um dínamo, com o qual foi iluminado a indústria, a casa comercial e todas as residências dos operários da firma.
Em fevereiro de 1916 a “Jung e Cia.” adquiriu terras na estrada de Lageado (Pr), onde foi construído uma serraria a vapor, mais tarde, em 1926, transferida para a localidade de Bituva, município de Mafra. Como consequência da construção dessa serraria no Lageado e para escoamento da produção através da Estação Férrea, gerou a necessidade da implantação da primeira via urbana de Rio Negrinho, a Estrada Irany. A Estrada Irany deu um grande impulso a Rio Negrinho e beneficiou a população residente no Lageado.
Mais o passo mais importante tomado pela empresa “Jung e Cia.” foi em 24 de junho de 1918 com a aquisição de um terreno de 25 alqueires, divisando com os rios Negrinho e Serrinha e a Estrada Irany, devido a proximidade da Estação da Rede Férrea, a poucos anos inaugurada, para escoamento da produção. Com a aquisição do terreno ainda em 1918 foi transferida a serraria e a fábrica de caixas, e construídas as residências e a casa comercial.
Willy Jung e sua família, em 09 de novembro de 1918, mudou-se de São Bento do Sul para Rio Negrinho e foi em 06 de janeiro de 1919 acometido pela terrível epidemia da “gripe espanhola” que apesar dos esforços do médico Dr. Ernesto Mauricio Arndt, faleceu em 16 de janeiro de 1919, num momento de franca expansão da firma “Jung e Cia.”.
Willy Jung casou-se em São Bento do Sul com Hulda Neubauer (filha de Frederico e Henriqueta Neubauer), em 28/11/1903, e tiveram seis filhos, Alfonso (nascido em 02/07/1902), Alfredo Theodoro (nascido em 13/04/1904), Annita Amália (nascida em 17/11/1908), Theodoro (nascido em 06/09/1910), Lothário (nascido em 09/06/1915) e Elvira (nascida em 08/07/1918).
Alfonso Jung, um dos filhos de Willy, entre 01/05/1937 e 03/01/1938, foi intendente do então Distrito de Rio Negrinho.
Com a morte de Willy Jung, foi dissolvida a empresa, sendo admitido em junho de 1919, André Ehrl, como novo sócio, girando a nova sociedade sob a denominação de “A. Ehrl e Cia.”, sucessora da “Jung e Cia.”.
Em sua memória, a via principal de acesso a cidade de Rio Negrinho, está lembrando a memória Willy Jung, denominada ainda quando Rio Negrinho era Distrito de São Bento do Sul. (Texto redigido parcialmente com base no Livro "Rio Negrinho, que eu conheci", Prof. José Kormann, 1980, TipoWest, págs. 77, 122 a 134)