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Otto Dilson Dettmer e Geraldo Ruckl (acima), candidatos a prefeito e a vice nas eleições de 1982, pelo PDS. Abaixo, modelo de cédula eleitoral
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Oscar Correa Vellasques e Gilson Ribeiro, candidatos a prefeito e vice, com a nominata de vereadores do PMDB, nas eleições de 1982
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Modelo de cédula eleitoral com a propaganda eleitoral, para governador, senador, prefeito, deputado federal, deputado estadual e vereador, da legenda do PMDB, nas eleições de 1982.
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Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque, prefeito no período de 1983 a 1988, tendo como vice Conrado Treml.
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A eleição de 1982 processou-se durante a
ditadura militar, realizadas em 15 de novembro de 1982, com aspectos
restritivos e casuísticos, próprios daquele pleito, principalmente a
constranger a oposição e beneficiar o partido do poder, o então PDS.
Dentre as normas casuísticas estavam: a
proibição de coligação (associação eleitoral de dois ou mais partidos); o
estabelecimento do voto vinculado (anulação, se fossem indicados candidatos de
legendas diferentes para postos distintos); a obrigação de os partidos lançarem
concorrentes para todos os cargos para que pudessem participar do pleito. A
elas se somava a utilização da sublegenda para Prefeito e Senador (a
possibilidade de um partido lançar mais de uma candidatura para o mesmo cargo),
em vigor desde 1966, bem como as restrições ao Horário Gratuito de Propaganda
Eleitoral.
Foi uma eleição em que o eleitor teve que escolher
seis cargos: o governador do estado, uma vaga de senador, a composição da
Câmara dos Deputados e da Assembléia Legislativa, além do Prefeito e dos
vereadores municipais.
Dentro dessas normas estabelecidas realizou-se
a campanha eleitoral em Rio Negrinho, no qual o eleitor foi obrigado a escolher
o candidato a Prefeito, a vereador, a deputado estadual, a deputado federal e a
senador dentro de uma mesma sigla partidária, sob pena de ter seu voto anulado.
Outra norma importante que se aplicou para a eleição de prefeito foi a da
sublegenda, na qual os partidos poderiam lançar mais de um candidato pelo mesmo
partido, somando-se os votos dos menos votados para o mais votado.
Com este artifício eleitoral elegeu-se
prefeito Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque naquela eleição de 1982. Para
Prefeito se candidataram, pelo PDS, Alvaro Spitzner, ex-prefeito e empresário, Dr.
Romeu Ferreira de Albuquerque, ex-vereador e médico e Otto Dilson Dettmer,
empresário e, pelo PMDB, Oscar Correa Vellasques, empresário e ex-vereador.
O resultado das eleições se apresentou com o
seguinte resultado: PDS - Alvaro Spitzner – 1.717 votos, Otto Dilson Dettmer –
1.608 e Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque – 2.372 votos; PMDB – Oscar Correa
Vellasques – 4.230 votos. Pelas normas eleitorais então vigente foi declarado
prefeito eleito Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque, com apenas 23,8%, para um
mandato de 6 anos, ao passo que Oscar Correa Vellasques, tinha recebido 42,6%. Falhou
na estratégia de campanha o PMDB ao lançar somente um candidato a Prefeito,
pois a diferença final de votos entre os 02 partidos concorrentes foi de apenas
1.467.
Portanto, as normas eleitorais então vigentes
permitiu que o prefeito declarado eleito não representasse a vontade da grande
maioria da população e sim os votos depositados numa legenda eleitoral. (Fonte: dados eleitorais extraídos do site do
TRE/SC)