Recorte do Jornal da Semana de Rio Negrinho, de 13/08/1973 (Acervo de Marilsa Vieira Tomelin) |
A gíria presente em nosso cotidiano, nem sempre mereceu um estudo específico, por parte dos estudiosos e especialistas, visto que faz parte, predominantemente, da modalidade oral da língua e sem um registro formal. Tradicionalmente, valorizou-se sempre o estudo da língua escrita padrão, não se destinando espaço para esse tipo de vocabulário. Isso é o que se pode ver, consultando gramáticas da língua portuguesa de épocas diversas. Gíria são expressões que ao longo dos tempos surgem de modo espontâneo no meio povo, não respeitando a línguagem padrão, seja no meio de uma classe social ou profissão. Normalmente a gíria é de caráter temporário. Outras se tornam perenes no tempo e no espaço. Alguns gramáticos até nossos dias tratam a gíria de modo superficial quando não de forma preconceituosa. Sob este prisma façamos a leitura da coluna "Jornal da Sociedade", escrita em 12/08/1973, pelo músico e servidor municipal Ilmar José Cantuária, do então semanário "Jornal da Semana" de Rio Negrinho, pertencente a Ary Laurindo. Naquela coluna, de quase 40 anos atrás, vemos as gírias como "coroa", "bolha", "quadrado", "transando uma legal", "biscoitos", "biscoitão", "pão" e "gamadão", das quais algumas ainda são conhecidas e outras se perderam no tempo. (texto com base no estudo "A Gíria: do Registro Coloquial ao Registro Formal" de autoria de Mª Auxiliadora Bezerra (UFPB - Campina Grande), Ana Christina Souto Maior (UFPB – Bolsista PET-Letras) e Antonio Claudio da Silva Barros (UFPB – Bolsista PET-Letras)
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