A compra de toros para fabricação de móveis pela indústria de Móveis Cimo eram realizadas em Rio Negrinho e toda região. A medida que os anos foram transcorrendo as madeiras de lei iam se rareando, com isso a compra e o transporte de toros vão se tornando mais distante de Rio Negrinho. Entre as madeiras de lei, uma das mais nobres é o cedro usadas principalmente na fabricação de móveis. Nestas fotos de outubro de 1964, trazem em 4 momentos de um carregamento de toros de cedro extraídas perto da Serra do Espigão, em Santa Cecília, no momento do carregamento, na fase de transporte e por último no depósito da Móveis Cimo em Rio Negrinho. Segundo anotações nos toros vemos que elas são fruto de um único cedro (nome científico: cedrela fissilis), que totalizou 25,647m3, com uma altura de 28,40 metros de área aproveitável, portanto, com mais de 30 metros do topo a sua copa. Esta portentosa árvore contava com a idade de 312 anos, segundo os seus anéis de crescimento, forma utilizada para contagem dos anos nas árvores. Neste transporte foram necessários 4 caminhões da marca Ford F-600. Esta foi a maior árvore da espécie cedro, que a Móveis Cimo se utilizou, segundo nos assegura Angelino Grohskopf, empregado por mais de 30 anos no setor de compras e medição da empresa. Ainda segundo Grohskopf a Móveis Cimo manteve um estoque de 12 a 13 mil metros cúbicos de madeiras de lei em estoque nos seus pátios, por mais de 30 anos, no qual toda madeira ocupada diariamente na fabricação de móveis, na mesma quantidade era serrada e recolocada no pátio para secagem. Numa das fotos vemos os motoristas e ajudantes dos caminhões, numa pose com Kurt Woff, encarregado do setor de compras da empresa. (fotos do acervo de Ewaldo Pscheidt)
Pena que sobraram poucos desses gigantes. O cedro é a árvore mais bonita na minha opinião. Tenho a felicidade de possuir um sítio com vários exemplares dessa árvore, as quais quero preservar com o maior carinho.
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