Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 05/02/2021, na edição nº 5.358, pág. 8, do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.
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Um dos bairros de nossa cidade tem a denominação de Quitandinha, que tem como espinha dorsal a antiga Estrada Dona Francisca. Na busca de informações de qual a origem dessa denominação, o Blog Rio Negrinho no Passado, publicou em 05/01/2015, um texto com base em informações com moradores e ex-moradores daquele bairro, entre os quais destacamos Edgar Ilton Hantschel (Eka), Laurindo Zeithammer (Tulo), João Kormann, e, Osvaldo Hubl (Ossi).
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O que leva a determinada localidade ou lugar a ser denominada de uma ou outra forma?
Muitas vezes é o imponderável. Provém muitas vezes do mais corriqueiro. É talvez assim se explique o porquê de nome de Quitandinha.
O Bairro de Quitandinha tem a Estrada Dona Francisca como sua principal via pública de acesso, ou melhor, esta rua é como se fosse a coluna dorsal e as demais ruas fossem as vértebras.
Otto Carlos Heinecke, imigrante alemão, construiu a quitanda e o salão de bailes, origem da denominação do bairro Quitandinha (Foto: acervo de Heinz Heinecke)
Lá pelos idos de 1945, ao tempo que a Estrada Dona Francisca, ainda era o principal elo de ligação rodoviário, entre Joinville e Mafra (a Rod. Br-280 só foi construída ao final da década de 1950), o alemão Otto Carlos Heinecke, construiu um pequeno salão bailes, e em anexo, na sua parte frontal uma barraquinha de madeira destinado à venda de frutas e verduras, às margens da Estrada Dona Francisca, bem próximo a Igreja São João Batista, naquele bairro.
Esta quitanda, que na verdade era um singelo comércio de frutas e verduras, servindo as vezes de um pequeno botequim, batizou o atual bairro, seguindo suas atividades até por volta de 1950, quando o alemão Heinecke vendeu o imóvel a Max Finke.
Por sua Max Finke seguiu com o salão de bailes por algum transferindo mais tarde o empreendimento a Linus Tureck que o reformou e ampliou e mais tarde o vendeu para Engelberto Liebl, que pouco tempo depois vendeu o prédio e foi desmanchado lá pelos idos de 1963. Mas, a denominação de “Quitandinha” permaneceu.
Local exato onde situava-se a quitanda e o salão de bailes,
no bairro Quitandinha (Foto: acervo do autor)
Dentre os moradores mais antigos do Bairro Quitandinha são lembrados, na sua parte alta: Rodolfo Liebl (ferraria), Bernardo Kwitschal, Miguel Tascheck, Emilio Tureck, Otto Zeithammer, Henrique Maros, José Brand, Luiz Liebl e Francisco Hubl; e, na parte baixa: Rodolfo Tureck, Rodolfo Hantschel, José Staffen e Paulo Hatschbach.
Importante frisar que a “Quitandinha” era assim conhecida apenas na sua parte mais alta, e a parte baixa daquele bairro, era conhecido como “Rio dos Bugres”, e as duas partes foram englobadas oficialmente sob a denominação de Bairro Quitandinha, sob a Lei nº 259, de 01/12/1982.
Na próxima edição vamos trazer um breve histórico de Otto Carlos Heinecke, este alemão que adotou nossa terra como sua! Obrigado!
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