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sábado, 1 de setembro de 2018

PERSONALIDADES DE NOSSA CIDADE: MARCILIO DETROZ, O “SEU” DUDA


Nota do Blog: Durante mais de 55 anos, nossa cidade de Rio Negrinho acolheu um campoalegrense, que aqui encontrou o seu caminho, Marcilio Detroz, mais  conhecido, como “seu” Duda. A presente biografia tem por base o texto publicado “NOTICIÁRIO DE RIO NEGRINHO” (edição nº 754, de 03/09/1989), de autoria do Paulo Gonçalo Ronconi, a quem “em memoria” agradecemos, atualizado com fotos e informações da família, complementado com pesquisa do autor deste Blog.

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Nascido em 23 de agosto de 1916, na cidade de Campo Alegre, Marcilio Detroz, mais conhecido como Duda, é filho de Francisco e de Emilia Stelzner Detroz, veio a residir em Rio Negrinho com 15 anos de idade, ao inicio de 1932. Oriundo de uma numerosa família de 09 irmãos, com o pai já falecido, e por falta de opções de trabalho na sua cidade de origem, veio buscar o sustento em nossa cidade, seguindo os passos dos irmãos Argemiro, Eduardo, José, Frederico e Moacir, que aqui já estavam residindo.


Marcilio Detroz, em 1986 (foto do acervo de Ivone Detroz Rodrigues)


Imagem da carteira de trabalho de Marcilio Detroz (acervo de Ivone Detroz Rodrigues)

 Foi admitido como servente na Cia. M. Zipperer (futura Móveis Cimo) em 13 de janeiro de 1932. Com o alistamento militar, foi incorporado como voluntário neste serviço, em 02 de maio de 1936 até 20 de abril de 1937, no 5º Grupo de Artilharia de Dorso, sediado em Curitiba. Com o desligamento deste serviço voltou as atividades na empresa.

Marcilio Detroz no 5º Grupo de Artilharia de Dorso, em 1936 (foto acervo de Ivone Detroz Rodrigues)


Marcilio Detroz (sentado) no 5º Grupo de Artilharia de Dorso, em 1936 (foto acervo de Ivone Detroz Rodrigues)

Marcilio Detroz no 5º Grupo de Artilharia de Dorso, em 1936 (foto acervo de Ivone Detroz Rodrigues)


Em 19 de setembro de 1942 casou-se em Rio Negrinho com Annita Gertrude Eddelbuttel. Anita, era natural da Estrada Bomplandt, município de Corupá, filha de Frederico Eddelbuttel e de Adele Beyer, nascida em  17 de março de 1921. Tiveram 3 filhos, Irineu, Ivone e Amauri.

Casamento de Marcilio e Anita Detroz em 19/09/1942 (foto acervo de Ivone Detroz Rodrigues)

 Ela também era servidora da Cia. M. Zipperer, onde trabalhou entre 11 de novembro de 1937 e 15 de agosto de 1942. O novo casal passou a morar no bairro Vila Nova, próximo a Escola Jorge Zipperer, entre 1942 e 1953, transferindo-se posteriormente para a rua São Paulo, onde moraram até o seu falecimento.

Imagem da carteira de trabalho de Anita Detroz (acervo de Ivone Detroz Rodrigues)

Imagem de Anita Detroz, por volta de 1940 (acervo de Ivone Detroz Rodrigues)


Marcilio foi galgando diversos postos, até chegar a chefe de sessão de máquinas. Em maio de 1972, na cidade de Joinville, foi agraciado com o Certificado e a Medalha de Mérito de Segurança do Trabalho, por ter se distinguido em atividades relacionadas com a prevenção de acidentes, higiene e medicina do trabalho. Em todos os anos em que trabalhou, Marcilio Detroz nunca faltou e nem sofreu qualquer espécie de acidentes.

Imagem de Marcilio Detroz no trabalho, por volta de 1950 (acervo de Ivone Detroz Rodrigues)


Colaboradores da Móveis Cimo, ao final da década de 1940, onde vê-se a partir da esq.: Hipólito Briniak, Alberto Liebl, Helmuth Krambeck, Joaquim Faustino Nunes (Gibaco), Waldemar Voigt e Marcilio Detroz (Duda) (imagem do acervo de Ivone Detroz Rodrigues)

Imagem parcial da Móveis Cimo, na década de 1950 (imagem acervo de Fátima Hofmann)


A data de sua saída da Móveis Cimo foi marcada pelo fechamento definitivo desta empresa em 28 de fevereiro de 1982, sendo aposentado por tempo de serviço com 50 anos, um mês e dezessete dias de atividades naquela empresa.

Perfeição nos seus produtos era uma das marcas da Móveis Cimo (imagem parcial de Agenda/1971, extraída do acervo de Ademar José Beckert)

  
“Por ter demonstrado competência, honestidade, pontualidade, interesse e dedicação em todos os trabalhos que lhe foram confiados, bem que poderia ter sido homenageado em vida”, assim se lamentou Paulo Ronconi, com justa razão, em relação ao “seu” Duda, diante da ausência reconhecimento pelo trabalho que realizou.

“Seu” Duda não foi o único empregado que pode se orgulhar de ter trabalhado numa única empresa durante 50 anos, mas certamente são raros estes casos, com a seriedade que lhe era peculiar. Ele certamente foi um dos símbolos, entre muitos, que elevaram a Móveis Cimo, a produzirem os móveis de alta qualidade, conceituados em todo o Brasil. Passado mais de 36 anos da extinção desta empresa, que levou o nome de Rio Negrinho por todo o Brasil, até hoje ela é lembrada pelo alto conceito dos seus móveis.

Marcilio e Anita Detroz, os filhos Irineu, Ivone e Amauri e o seu neto Amauri Jr., em 1986 (foto do acervo de Ivone Detroz Rodrigues)


Duda faleceu em 24 de agosto de 1989, um dia após ter completado 73 anos de idade, e a dona Anita faleceu em 11 de outubro de 2008, com 87 anos.

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