Nota do Blog: Nossa cidade de Rio Negrinho homenageia Luiz Bernardo Olsen, que durante mais 50 anos prestou serviços em nossa cidade, com a denominação de uma importante rua no bairro Cruzeiro e com a denominação da Escola de Educação Básica no Distrito de Volta Grande. O presente texto foi redigido com base no texto cedido pelo Arquivo Histórico de Rio Negrinho e no livro “HISTÓRIA DE RIO NEGRINHO” de autoria do Prof. José Kormann, aos quais agradecemos pela gentileza.
Luiz Bernardo Olsen, comerciante, industrial, madeira, um dos maiores empreendedores da história de Rio Negrinho (Foto: acervo de José Luimar Meyer) |
Filho de Bernardo Olsen
e Maria Olsen, Luiz Bernardo Olsen (Luizinho), nasceu em 15 de setembro de 1895
no município de São Bento do Sul. Em 15 de novembro de 1919, contraiu núpcias
com Otília Virmond, nascida em 28 de fevereiro de 1896, em São Bento, filha de
Nestor Virmond e Lina Richter Virmond. Teve três filhos: Lourdes que foi casada
com Alberto José Trouche, Bernardo Olsen Neto (Bernardinho) e um filho que
nasceu morto.
Luiz Bernardo Olsen, conhecido como Luizinho (segundo a esq.) com seus irmãos na volta de uma caçada (Foto: acervo do Arquivo Histórico de Rio Negrinho) |
Quando seu pai Bernardo
Olsen mudou-se da localidade de Lençol (São Bento do Sul) por volta de 1920,
para a localidade de Marcilio Dias (Canoinhas), acompanhado de sua esposa Maria
e seus filhos Francisco Waldemiro, Wiegando, Elfriede, Luiza, Emílio Líbero e
Rodolpho, deixou em Rio Negrinho cuidando dos seus negócios, além do Irmão
Georg Joahannes Adolf, ou Adolfo Olsen, como era conhecido o seu filho Luís
Bernardo.
Casa comercial de Luiz Olsen, vendo-se aos fundos o atual "Casarão Olsen" (Foto: acervo de Glicia Murara Neidert) |
Seu pai Bernardo Olsen
nunca residiu em Rio Negrinho, mas foi incontestável a sua influência no
desenvolvimento nos primórdios em nossa terra, com o comércio de secos e
molhados, negócio de erva-mate ou no ramo imobiliário, que originou a
localidade de Colônia Olsen.
Imagem da Igreja de São Pedro, na localidade de Colônia Olsen |
Muito mais, com o seguimento dos empreendimentos
realizados pelo seu filho Luiz Bernardo Olsen, Luizinho como era conhecido.
Teve um papel fundamental no desenvolvimento da cidade de Rio Negrinho, fazendo
um contraponto com a família Zipperer, além do desenvolvimento do interior com
a exploração madeireira (serrarias), criação da Colônia Olsen e de Volta
Grande.
Residência de Luiz Bernardo Olsen, atual "Casarão Olsen", construída aos meados da década de 1920 (Foto: acervo de Glicia Murara Neidert) |
Na segunda década do
Século XX, Luizinho mudou-se a Rio Negrinho, construindo o atual denominado
“Casarão Olsen”, cujos tijolos foram transportados de Lençol, em carroças. Esta
casa foi e é destaque em nossa cidade pelo encanto de sua beleza.
Em Rio Negrinho
desenvolveu atividades no ramo industrial tendo sido grande empreendedor e
atuante na sociedade rio-negrinhense. A sua indústria teve várias denominações
como:
- Luiz Olsen & Cia
com a casa de negócio, serraria, fábrica de caixas, exportação de madeira e
erva-mate até a década de 30.
Luiz Bernardo Olsen, ladeado por seus empregados em 1935 (Foto: acervo de José Luimar Meyer) |
- Luiz Olsen S/A – com
Serraria, Fábrica de Caixas, Exportação de Madeira e Fecularia no início da
década de 40;
- Madeiras e Fécula Luiz
Olsen S/A com serraria, exportação de madeiras bruta e beneficiada, fecularia,
pasta mecânica com matriz em Rio Negrinho e filial em Joinville ainda na década
de 40;
- Indústria e Comércio
Luiz Olsen S/A – Loja – com sede em Curitiba, Fábrica de Pasta Mecânica em Rio
Negrinho e Volta Grande, serraria e exportação de madeira na década de 50.
Escritório da empresa Luiz Olsen, construída em 1947, situada na esquina das ruas D. Pio de Freitas e Otilia Virmond Olsen (Foto: acervo de Gertrudes Jung) |
Em Rio Negrinho foi
cidadão bastante atuante na política local como membro da UDN opinava em todas
as indicações de servente a diretor de escola bem como delegado, coletor, etc.
Antes da emancipação
política foi vereador do então Distrito de Rio Negrinho em São Bento, durante
os quadriênios 1927/1930 e 1947/1950 e foi participante ativo na
emancipação política de Rio Negrinho.
Participou ativamente da
construção do novo prédio Igreja Católica entre 1947 e 1948, como membro da
diretoria.
Fundou a Sociedade
Hípica Cruzeiro do Sul cuja inauguração foi no dia 01 de abril de 1943, tendo
sido o primeiro Presidente.
Homem de grande visão
empreendedora foi sócio de uma empresa de gasogênio. Participou como sócio
fundador da Fiação São Bento, era acionista de uma empresa de navegação em São
Francisco do Sul.
Em junho de 1960, doou
ao Governo do Estado de SC, através de sua empresa Indústria e Comércio Luiz
Olsen S./A., um terreno situado na localidade de Volta Grande, distrito e
município de Rio Negrinho, com a área de 10 mil metros quadrados, que destinou
à construção de um prédio escolar, atual Escola de Educação Básica Luiz Bernardo Olsen.
Vista parcial de Volta Grande e Águas Claras (Foto: extraído do site da Câmara de Vereadores de Rio Negrinho) |
Faleceu em Curitiba em 20 de maio de 1972, deixando
seus empreendimentos a seus filhos, Bernardo Olsen Neto (Bernardinho) na
localidade de Volta Grande, cuja empresa é a atual CVG – Cia. Volta Grande de
Papel e a sua filha Lourdes, casada com Alberto José Trouche, a atual empresa Incopisa
– Indústria e Comércio Pinheirinho S/A. Um dos maiores frutos de seu empreendimento é a construção da barragem da usina para a produção de energia elétrica, que gerou a famosa represa de Volta Grande, área de beleza e lazer.
Imagem aérea das empresas Cahdam, situada no bairro Indl. Norte e CVG, localizada no Distrito de Volta Grande, em Rio Negrinho (Foto: extraído do site da empresa Cahdam) |
Pela sua importância e pelo seu trabalho a Escola
Estadual de Volta foi emprestado o seu nome. Além de uma via do bairro Cruzeiro
e o Estádio da Sociedade Esportiva Ipiranga, o homenageia.
Vista parcial da Represa de Volta Grande (Foto: extraído da site oficial da Prefeitura Municipal de Rio Negrinho) |
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