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sábado, 17 de janeiro de 2015

PRIMEIRA ERVATEIRA DE RIO NEGRINHO!


Edgar Ilton Hantschel e o pacote de CHIMARRÃO HANTSCHEL
(Foto do acervo do autor do Blog)
Pacote de CHIMARRÃO HANTSCHEL
(Foto do acervo do autor do Blog)
Nota do Blog: O presente texto é uma reprodução da reportagem do “Jornal dos Bairros – RIO NEGRINHO”, publicado na 1ª semana de Setembro de 2008 (Edição nº 6), com enfoque ao bairro Quitandinha, de autoria do repórter Ricardo Baum, a quem agradecemos. Esta foi uma feliz iniciativa da empresa RN Jornalismo Ltda., proprietária do vintenário Jornal Perfil de nossa cidade. A afirmação feita por Edgar Ilton Hantschel, filho de Rodolfo, quanto a primeira ervateira de Rio Negrinho, expresso neste artigo, necessariamente exigirão maiores estudos futuros que poderão corroborar esta tese levantada. Rodolfo Hantschel, nascido em 1902, é filho de Carlos Hantschel e Maria Stuber, imigrantes alemães, que vieram residir em Rio Negrinho, por volta de 1890. Foi casado com Hulda Ritzmann, e teve seis filhos: Zelia, Durvaldo, Leonidas Sergio, Edgar Ilton (Eka) e Valdir José (Titsi). Morador do bairro Quitandinha, foi marceneiro, agricultor e dono de ervateira. Faleceu em 1968.

Rodolfo Hantschel e sua esposa Hulda defronte a sua
residencia no bairro Quitandinha
 (Foto do acervo de Edgar Ilton Hantschel)
Quando Edgar Hantschel, o popular “Eka” tinha seis de idade, por volta de 1945, seu pai Rodolfo Hantschel, construiu a primeira ervateira de Rio Negrinho. A construção foi realizada no bairro Quitandinha. A cidade passou a ter um referencial em erva, o “Chimarrão Hantschel”. Naquele tempo, Eka conta que sua avó (Maria Hantschel) tinha em casa, ervas que faziam os chás e o chimarrão. A erva era feita no carijó, onde era socada em um pilão com os pés. “Era um jeito mais fácil e rápido de se trabalhar”, comentou Eka. Pela erva muito boa, diversos amigos e conhecidos de Rodolfo Hantschel começaram a pedir ervas, para o manuseio do chá e chimarrão. Daí surgiu a idéia de montar um pequeno galpão para a fabricação de ervas grossas para chá e finas para o chimarrão.

Rodolfo Hantschel e filhos, defronte ao prédio da ervateira
(Foto: acervo de Edgar Ilton Hantschel)
“Vários amigos que tinham comércios, pediam a erva a meu pai para a venda”, comentou Edgar.  Conforme ele, após erva socada, era sapecada no “barbaquá”, um grande secador em dois fornos com 15 metros de comprimento. Após este procedimento, a erva era encaminhada ao malhador, onde funcionava a base de roda d’água.  Depois as ervas ficavam guardadas em um depósito para que quando tivesse um pedido, elas eram retiradas do depósito para mais uma vez serem socadas. Daí eram entregues em sacos de estopa. No começo, os sacos de estopa eram vendidos abertos.  Anos depois, foi adquirido a nova embalagem do Chimarrão Hantschel, de um quilo.  Estas embalagens eram produzidas em Florianópolis.
As famosas ervas eram distribuídas em São Bento do Sul, Jaraguá do Sul e Joinville. Além disso, passavam por Rio Vermelho, Corupá, Serra Alta e outras localidades. “O pessoal da cidade comentava que quando batia o vento forte, conseguiam sentir o cheiro de erva de longe”, contou Eka. Após chegar ao sucesso de tantos pedidos, Eka conta que a força da água não vencia mais fazer com que a erva ficasse malhada para a venda, assim, Rodolfo comprou o motor a gasogênio, combustível usado em motores de carros antigos. “Primeiro era feito no fogão a lenha, que queimava para produzir o gás, mas dava muita fumaça, então resolveu trocar para a gasolina”, disse Eka.
Vista das edificações da ervateira Hantschel
(Foto: acervo de Edgar Ilton Hantschel)
Por volta de 1954, Hantschel adquiriu um gerador de luz elétrica para sua fábrica, dando mais força e potencia ao motor a luz elétrica para o funcionamento do malhador.  A Ervateira Hantschel se encerrou em 1968, quando Rodolfo Hantschel ficou doente e acabou falecendo meses depois.  Seus filhos já haviam se casado e transferido para outra cidade, com isso a ervateira não teve continuidade.
Segundo Eka, no Quitandinha existia apenas a Ervateira, um moinho de trigo e salão de festas de Linus Tureck, onde aconteciam diversos bailes da cidade. “Não havia outra coisa boa além dos bailes que o salão oferecia”, comentou Hantschel.  Entre diversos grupos musicais, se apresentaram a Bandinha Tureck e Banda Weiss, que até hoje fazem sucesso na cidade”.

3 comentários:

  1. Olá amigos me chamo Maicon e sou do Rs, eu coleciono pacotes de erva mate. Será que vocês não têm um exemplar desse a mais?? Abraço,

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    1. Boa tarde. Arrumo um pra vc, entre em contato comigo via whats 47998164107.

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  2. Olá amigos me chamo Maicon e sou do Rs, eu coleciono pacotes de erva mate. Será que vocês não têm um exemplar desse a mais?? Abraço,

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