Olá, seja bem-vindo! Muito obrigado pela sua visita!

terça-feira, 31 de março de 2015

40 ANOS DA DENOMINAÇÃO DE ESCOLA MUNICIPAL DE PREFEITO FREDERICO LAMPE!

Foi comemorado hoje (31/03/2015), os 40 anos da denominação de Prefeito Frederico Lampe, a então Escola Municipal Dona Francisca - Km. 106. A Escola Municipal de Educação Básica de Educação Básica foi denominada de Prefeito Frederico Lampe, através da Lei nº 88, de 19 de março de 1975, pelo então prefeito municipal Nivaldo Simões de Oliveira. Esta Escola, segundo pesquisa recente da atual Diretora Andreia Veiga, foi criada em 1952, ainda quando Rio Negrinho era Distrito de São Bento do Sul.
O ginásio de esportes da mencionada Escola foi denominado pelo então prefeito Mauro Mariani, em 07/08/2001, de Vereador Alvino Anton, político e morador do bairro São Pedro.
Participaram desta comemoração a Secretária de Educação Anita Raschke, os vereadores Osni Boelitz e Liliana Schroeder Jurich, o Presidente da Fundação Municipal de Esportes Osmair Fischer, familiares do prefeito Frederico Lampe e do vereador Alvino Anton, atuais professores e servidores, ex-diretores e ex-professores e convidados especiais e alunos. A comemoração organizada pela atual diretora Andreia Veiga foi realizada no Ginásio de Esportes “Alvino Anton” da Escola Municipal Frederico Lampe. Como parte da comemoração usaram da palavra Andreia Veiga atual diretora da Escola, o vereador Osni Boelitz, e a Secretária de Educação Anita Raschke.  Alunos também fizeram apresentações tendo como principal destaque a fanfarra daquela escola.

Convite do Evento Comemorativo dos 40 anos da denominação da Escola Municipal de Educaçao Básica Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo da EMEB Pref. Frederico Lampe)
Edifício da Escola Municipal de Educaçao Básica Prefeito Frederico Lampe e ao lado o Ginásio de Esportes Vereador Alvino Anton (foto: acervo da EMEB Pref. Frederico Lampe)
Anexo do Edificio da Escola Municipal de Educaçao Básica Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo da EMEB Pref. Frederico Lampe)
Raimundo José Veiga, secretário municipal em 1975 (foto: acervo do autor do Blog)
Licio Nicacio Schroeder, morador do bairro São Pedro, e genro do vereador Alvino Anton (foto: acervo do autor do Blog)
Ione Lampe e Florinda Silva, nora e filha do prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Zoraide da Cruz Santos, ex-diretora da EMEB Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Luzia Leoni Tureck Garcia, ex-professora da EMEB Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Giovane Silva Nardon, neta do prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Trineto do prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Eliza Junctum Bail, convidada especial (foto: acervo do autor do Blog)
Clovis Daniel Silva Jr., neto do prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)

Marlene de Souza Freita e Lourival de Souza Freitas, ela é ex diretora-presidente da Fundação Municipal de Cultura e ele é ex-professor da Escola Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Anita Meister Raschke, Secretária Municipal de Educação (foto: acervo do autor do Blog)

Osmair Fischer, diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes e neto do vereador Alvino Anton (foto: acervo do autor do Blog)
Vereador do Osni Boelitz (foto: acervo do autor do Blog)
Andreia Veiga, atual diretora da Escola Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Josenite Leck Doerlitz, ex-diretora da Escola Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Francisco Eduardo Schiessl, ex-diretor da Escola Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Ilze Vicente, Silvane Baptista e Sergio Picolli, assessores da Secretaria Municipal de Educação (foto: acervo do autor do Blog)
Assessoras da Secretaria Municipal de Educação (foto: acervo do autor do Blog)
Osmair Bail e Eliza, convidados do eventos (foto: acervo do autor do Blog)
Alunos e professores da Escola Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Mesa dos trabalhos do evento comemorativo (foto: acervo do autor do Blog)
Apresentação da fanfarra da Escola Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Eliza Bail, Luzia Leoni Tureck Garcia, Marlene e Lourival de Souza Freitas, Raimundo José Veiga e a Profª Bernadete Peyerl (foto: acervo do autor do Blog)
Dilma Hubner, a servidora mais antiga da Escola Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Professores da Escola Prefeito Frederico Lampe (foto: acervo do autor do Blog)
Servidora Dilma Hubner encarregada de servir o bolo da confraternização (foto: acervo do autor do Blog)
Luzia Leoni Tureck Garcia e sua filha (foto: acervo do autor do Blog)
Clovis Daniel Silva Jr. e seu neto, Giovane da Silva Nardon, Florinda Silva, Ione Lampe, Andreia Veiga e Raimundo Jose Veiga (foto: acervo do autor do Blog)

Josenite Leck Doerlitz, Dilma Hubner e Andreia Veiga (foto: acervo do autor do Blog)

domingo, 8 de março de 2015

UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO! (52)

Nota do Blog: A presente coluna “Um Olhar Sobre Rio Negrinho” é de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos. Ela foi escrita para ser publicada durantes as festas natalinas de dezembro de 2014, porisso a intempestiva mensagem natalina.

O Que Se Foi e o Que Ficou! (III)

Considerações iniciais. (Texto de Celso). Tantos anos se passaram desde que aqui chegaram os primeiros imigrantes europeus, com a difícil missão de colonizar a terra, até nossos dias. Durante este tempo, muita coisa se fez e muita coisa se desfez. Mas, no cômputo geral, podemos afirmar que Rio Negrinho deu um belo salto do passado para o futuro. Há algumas décadas nem se poderia imaginar que nosso município estaria ligado por asfalto para os quatro cantos do país; nem se poderia pensar que todo mundo não mais iria ao cinema porque dentro das suas casas haveria um (TV). Ninguém nem desconfiaria que seria possível, em pouco tempo, deslocar-se confortavelmente até o norte do país. Como imaginar que poder-se-ia falar com alguém que mora no outro lado do mundo de dentro da sua própria casa? E como imaginar que para ir à escola não seria mais necessário caminhar pelas estradas (transporte veicular)? Antigamente havia, de certa maneira, engarrafamento de carroças dos colonos (foto 1) que vinham para a cidade para vender seus produtos da roça, hoje temos engarrafamentos de veículos motorizados (foto 2)! Ah! quem poderia imaginar que num futuro próximo os “cavalos” estariam dentro do carro? – refiro-me aos cavalos (força) dos carros, estamos bem entendidos?- Em todos os setores da vida humana, Rio Negrinho progrediu e virou uma cidade muito boa para morar, com, praticamente, todos os confortos oferecidos pela tecnologia. Já temos descrito, sobre as dificuldades para viajar nos tempos das carroças que levavam várias semanas para ir à Joinville e voltar. Uma viagem à praia era uma grande aventura, e quem ia, quando voltava, ficava o resto do ano “garganteando” e contando causos da sua aventura. Hoje, qualquer ser vivente pega seu carro, desanda morro abaixo e em menos de duas horas está lá em Barra Velha (Nossa! Como tem gente de Rio Negrinho em Barra Velha, pois até foi dado o nome de Rio Negrinho para uma das ruas daquela cidade praiana!). No entanto, aqui, em nossa cidade, muitas coisas boas e bonitas foram extintas, por razões plausíveis ou não. Veremos hoje algumas que ficaram ou foram modificadas. 

ENGARRAFAMENTO DE CARROÇAS NO CENTRO DA CIDADE – AO FINAL DA DÉCADA DE 30. Naquele tempo, nos finais de semana, eram tantas as carroças que vinham abastecidas com produtos da roça que ficava difícil circular pela rua central. O substantivo “carroça” quer dizer carro da roça, aqueles que os cavalos vão na frente puxando!
ENGARRAFAMENTO DE CARROS NO CENTRO DA CIDADE – 2014. Hoje, são tantos os veículos motorizados circulando pela mesma rua que fica difícil atravessá-la a não ser pelas faixas de segurança. Hoje, os cavalos vão dentro do motor do carro e, em certas ocasiões, os cavalos também vão sentados atrás do volante – como tem “cabra” inapto ao volante! Alguns deles, se fossem dirigir em São Paulo, matariam ou morreriam na primeira esquina! 
CASA CONSERVADA AO LADO DA EMPRESA “MÁQUINAS LAMPE”. Antes, esta casa era residência, hoje, abriga uma lanchonete. Nota do Blog: a imagem da residência de propriedade da família Lampe, foi construída por Carlos Lampe, ancestral desta tradicional família.
RESIDÊNCIA DA FAMÍLIA NEIDERT - 2014. Esta, na Rua Dom Pio de Freitas, continua como era. Aqui funcionava o Comércio Neidert que vendia de tudo, desde alimentos até tecidos para fazer roupas. Ao lado desta casa havia um galpão onde funcionava, nas décadas de 50 até 80, uma serralheria também da mesma família. Naquele galpão foi encenado o primeiro teatro em Rio Negrinho. Quando obtivermos fotos do referido galpão, publicaremos.
RESIDÊNCIA DOS MURARA. Sita na esquina da Rua São Bernardo, esta casa permanece tal qual foi construída. Nela também funcionou, durante muitos anos, o comércio dos Murara. Hoje, ali, moram membros da família. Dela falaremos em outra edição! Nota do Blog: a imagem da residência de propriedade da família Murara, foi construída por Urbano Murara, ancestral desta tradicional família.
CASA DAS NAÇÕES – CASA DO TURISMO. Esta, graças a Deus, continua de pé! Seria um crime derrubá-la para, no lugar dela, construir-se outra coisa! Também dela falaremos em outra edição!  Nota do Blog: a imagem da residência que foi de propriedade da família Olsen e mais tarde Trouche, foi construída por Luiz Bernardo Olsen, ancestral desta tradicional família.
ESTA, AINDA BEM CONSERVADA. Sita na esquina das ruas Otília Virmond Olsen com a Dom Pio de Freitas, nela, por durante muito tempo funcionou o escritório da Fábrica de papel da Volta Grande.
SANTO E ABENÇOADO NATAL: FESTA DO MENINO JESUS.

CONSIDERAÇÕES FINAIS. Não poderíamos encerrar esta edição sem deixar uma mensagem de Natal para nossos queridos leitores! Imagine que no dia do seu aniversário, sua família fizesse uma festa de arromba, com luzes, enfeites, doces, churrascada, música, muitos convidados e com tudo o que tem direito uma grande festa.
Durante a festa todos voltam a atenção para um personagem principal, que é venerado, adorado e assediado por todos que conferem-lhe altas honrarias. Ele é o centro das atenções e é a pessoa mais importante da festa. 
Está pensando que esta pessoa é você? Enganou-se redondamente! Você, o verdadeiro dono da festa, deveria ser o centro das atenções porque o aniversário é seu, mas não é assim que as coisas acontecem. Você foi esquecido chaveado lá dentro do seu quarto e quase ninguém lembra o seu nome mas, sim, daquele intruso, que não é o aniversariante e está sendo muito badalado na festa.
Estranho, não? É isso mesmo que acontece com a Festa do Nascimento do Menino Jesus! No lugar Dele, em quase todos os lugares, nas praças, nas casas, nas ruas, nas cabeças das pessoas e, por incrível que pareça, até em algumas igrejas o dono da festa é Papai Noel. Jesus é lembrado por poucos! 
O Verdadeiro Dono da festa é colocado de lado! Nesse mundo de negócios o Natal Cristão está cada vez mais sendo substituído pelo natal comercial, em outras palavras, troca-se o Cristão pelo pagão. Lembremos que Natal é somente a comemoração do Nascimento de Jesus, portanto, Seu aniversário!  O resto foi inventado pela indústria e pelo comércio com a finalidade do lucro.
Esta data oferece-nos oportunidade de olharmos para dentro da nossa alma e lá do fundo resgatarmos coisas esmorecidas como o amor, a caridade, o perdão, a benevolência, a solidariedade e tantos e tantos outros valores que o mundo moderno insiste em sufocar. Não cometa você esta injustiça! Desejamos a todos um Santo e Abençoado Natal! Faça festa, mas com Jesus Cristo no centro!
Por hoje é só! Obrigado! Um grande abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do Céu!

sábado, 7 de março de 2015

UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO! (51)

Nota do Blog: A presente coluna “Um Olhar Sobre Rio Negrinho”, de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, foi publicada originalmente em 19/12/2014, no "Jornal do Povo" de Rio Negrinho, a quem agradecemos.

O QUE SE FOI E O QUE FICOU! (II)

Considerações Iniciais. Rio Negrinho foi fundada no bruto sertão junto às margens do rio que lhe deu o nome. A formação do povoado foi muito ajudada pela construção da estrada de ferro e a construção da estrada Dona Francisca que deram alento à instalação da fábrica de móveis que mais tarde veio a ser a grandiosa Móveis Cimo que propiciou ao pequeno povoado tornar-se vila e depois cidade. Cada colono que aqui se instalava, construía sua casa, às vezes de pau-a-pique. Algumas eram de tábuas horizontais, outras de tábuas verticais e outras ainda mistas (das duas maneiras).
No início de tudo, raramente construía-se em alvenaria porque a madeira era abundante, estava em todos os lugares, ali pertinho de onde se queria construir e, também, porque era material barato.
Mais tarde, já decorridos alguns anos, desde a chegada dos primeiros imigrantes, por exemplo, na década de 20 e 30, aos poucos as casas de alvenaria foram aparecendo, construídas por aqueles de maior estabilidade financeira. Temos alguns exemplos de construções antigas demolidas e de outras que ainda existem e que retratam nosso passado.
Algumas fotos, que hoje apresentamos, foram obtidas bem nos primórdios, quando os primeiros imigrantes começaram suas atividades na região.
RESIDÊNCIA DOS PRIMEIROS COLONOS, CONSTRUÍDA COM TÁBUAS HORIZONTAIS. Muitos dos imigrantes europeus trouxeram este modelo de casa do lugar de onde vieram e o copiaram sentindo-se, assim, mais perto da sua terra natal. Os telhados eram compostos de tabuinhas encaixadas umas nas outras. Em muitos casos até as paredes eram de encaixe, sem nenhum prego. Em São Bento do sul, ainda hoje, temos casas construídas nesse sistema e que podem ser apreciadas bem de perto. Nota do Blog: imagem de moradia de imigrante de São Bento do Sul, que foi levada por Jorge Zipperer em sua viagem à Bohêmia, para mostrar as condições de vida dos mesmos, em 1938. (Foto: acervo de Elvira Schiessl da Silva, publicada no Blog Rio Negrinho no Passado em 25/10/2012)
CASA DE MADEIRA MODELO MISTO – HORIZONTAL E VERTICAL. Tudo, naquele tempo, era feito manualmente, desde cortar as árvores à machadadas e escavar a terra para arrancar os cepos das árvores cortadas. Os colonos tinham que fatiar as toras à custa de serrotes e serras na força braçal para conseguir tábuas. Não havia máquina alguma para auxiliar na árdua tarefa. Todos os diques, casas, ranchos, cercas, estradas e carreiros eram trabalhados no muque. Note o detalhe do telhado dessa casa: a cumeeira tem uma dobra em forma de triângulo. Quem assim procedia nesse tipo de construção queria mostrar destaque e comunicar que era gente importante. Digamos, era um procedimento vaidoso. Mesmo na simplicidade, a família toda labutava de sol a sol para tirar seu sustento da terra, plantando aipim, milho, frutas, batata, feijão, etc. Quase não havia animais de tração e de carga para facilitar o trabalho duro na roça. Esses colonos sabiam das dificuldades que enfrentariam na nova terra, mas o faziam com amor, determinação e com grande dose de heroísmo. Nada, nem chuva, nem sol e nem geada impedia que executassem sua missão de colonizar a terra e criar a família! Olhe bem na foto e imagine que tudo o que você vê foi feito com suor e sofrimento! A mata virgem foi transformada em benefícios pelos bravos desbravadores! Nota do Blog: imagem de moradia de imigrante de São Bento do Sul, que foi levada por Jorge Zipperer em sua viagem à Bohêmia, para mostrar as condições de vida dos mesmos, em 1938. (Foto: acervo de Elvira Schiessl da Silva, publicada no Blog Rio Negrinho no Passado em 25/10/2012)
CASA DE ALVENARIA. Casas de alvenaria e com varanda na frente como esta permaneceram e, ainda hoje, são parte das paisagens típicas do interior. Eram construídas por famílias mais abastadas. Nota do Blog: imagem de moradia de imigrante de São Bento do Sul, que foi levada por Jorge Zipperer em sua viagem à Bohêmia, para mostrar as condições de vida dos mesmos, em 1938. (Foto: acervo de Elvira Schiessl da Silva, publicada no Blog Rio Negrinho no Passado em 25/10/2012)
CENTRO DA VILA DE RIO NEGRINHO NO INÍCIO DA DÉCADA DE 30. Este retrato mostra a rua hoje denominada Jorge Zípperer. A maioria casas era de madeira. Até a ponte da matriz sobre o rio Negrinho (que não aparece na foto, mas que está logo após a curva) era de madeira. À esquerda vê-se a Padaria Flora, talvez a primeira padaria da cidade.
PONTE DE MADEIRA SOBRE UM DOS RIOS DE RIO NEGRINHO, NOS PRIMÓRDIOS. Há homens sobre a ponte, provavelmente fazendo reparos.
MUSEU CARLOS LAMPE, NO CENTRO DE RIO NEGRINHO. Esta construção de madeira horizontal, que pertencia à família de Jorge Zípperer, sobreviveu no tempo, foi tombada e reformada, mas precisa de cuidados especiais para que permaneça por muitos anos enchendo os olhos da nossa gente e dos turistas. 
HOTEL RIO NEGRINHO, PRIMEIRO HOTEL DA CIDADE. Construído à rua Dom Pio de Freitas (1910), não mais existe. Deu lugar à construção sita em frente à travessa que liga as ruas São Bernardo e Otília Virmond Olsen, esta última passa na parte de baixo da Escola Marta Tavares.
CASA DE TÁBUAS FINAS HORIZONTAIS NA RUA SÃO BERNARDO. Esta bela casa ainda está lá do mesmo jeito que foi construída. É um patrimônio da História de Rio Negrinho. Nota do Blog: esta casa foi construída em 1931, por Martin Ilg, guarda-livros da empresa de Luiz Bernardo Olsen. 
CASA DOS PAIS DO FALECIDO HANS (JOÃO) BOELITZ E AVÓS DO VEREADOR OSNI BOELITZ, NA RUA DOM PIO DE FREITAS. Na década de 50, o casal de simpáticos velhinhos Boelitz, vendia picolés e pirulitos pelas ruas da cidade.  A casa deles (foto), ao lado da valeta que vinha da Rua do Sapo, continua de pé e bem conservada. Ela retrata os velhos tempos em que Rio Negrinho desfrutava de absoluta tranqüilidade. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS. Se você tiver fotos ou objetos dos seus falecidos pais e avós, não os destrua, mas sim, conserve-os com muito carinho, pois são produtos da sua própria história e fazem parte da sua vida. Na verdade, são documentos da evolução desde seus antepassados até você. Ame o que é seu! Por hoje é só! Obrigado!
Um grande abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do Céu!

quinta-feira, 5 de março de 2015

UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO! (50)

Nota do Blog: A presente coluna “Um Olhar Sobre Rio Negrinho”, de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, foi publicada originalmente em 12/12/2014, no "Jornal do Povo" de Rio Negrinho, a quem agradecemos.


O QUE SE FOI E O QUE FICOU!

Considerações Iniciais. Rio Negrinho evoluiu e transformou-se de pequena vila em cidade com leve ar de moderno centro urbano. Alguns edifícios mais altos despontam aqui e ali. No entanto, ainda pode-se andar tranquilamente por quase todas as ruas da cidade, sem medo de ser assaltado, a não ser o trânsito que está virando incômodo, principalmente no centro da cidade, de resto, tudo mais reflete paz e sossego.
Mostraremos, hoje, algumas imagens raríssimas do nosso passado e, também, algumas casas que permanecem como eram, apesar do tempo e outras que não mais existem.
Iniciaremos pela rua Jorge Lacerda e imediações e, noutra oportunidade, avançaremos para outros bairros como mesmo objetivo. Osni Muhlbauer, amigo nosso, nos forneceu duas fotos antigas raríssimas da Rua Jorge Lacerda (rua do Sapo), ao qual agradecemos.
RUA JORGE LACERDA (Rua do Sapo) EM CONFLUÊNCIA COM A RUA DOM PIO DE FREITAS E VISTA PARCIAL DO BAIRRO CERAMARTE NA DÉCADA DE 70.  Aqui vemos a Ceramarte dez anos após o incêndio que a levou às cinzas. Os proprietários souberam dar a volta por cima e, em pouco tempo, multiplicaram em muitas vezes seu patrimônio. O nº 1 mostra a esquina da rua Dom Pio de Freitas com a rua Dom Pedro II. O nº 2 mostra a residência do Sr. Engelberto Stiegler (falecido) que hoje pertence aos herdeiros. 
O MESMO LOCAL – 2014. Aqui, também, os nºs 1 e 2 , mostram o mesmo lugar. Compare as duas fotos e veja que diferença entre os tempos antigos (1970) e os de hoje (2014).
A MESMA ESQUINA (Nº 1) PROVAVELMENTE NA DÉCADA DE 40. Nesta rara foto voltamos no tempo lá para os idos anos 40. Repare que além da confluência das ruas Dom Pio de Freitas e Dom Pedro II não há nenhuma construção. Mais tarde, naquele vazio, no meio dos morros, o Sr. Hornick construiu uma fábrica de móveis, que hoje não existe mais. Vemos a pontinha do telhado da serraria do Sr. José Bail e parte do pátio com madeiras empilhadas. No lugar desta serraria, hoje encontra-se o Posto de Combustível “Nosso Posto”.
RUA DO SAPO NA DÉCADA DE 40. Esta é a foto mais antiga da Rua do Sapo que temos em mãos. A valeta da esquerda, na fotografia, era bem funda. A da direita era mais rasa e dentro dela crescia, abundantemente, muito mato e agrião. O pessoal da rua colhia o agrião para servir como salada nas refeições em casa. Provavelmente não havia contaminação porque as “patentes” eram construídas quase sempre no fundo dos quintais, longe das valetas nas quais só escoava as águas vindas dos morros.
RUA DO SAPO, TAMBÉM NA DÉCADA DE 40. Esta foto, fornecida pelo Sr. Osni Muhlbauer, também é muito antiga. Vê-se à esquerda, em primeiro plano, a torrefação de café, onde se produzia o Café Rio Negrinho, bom prá chuchu. O café era puro, moído ali mesmo com os melhores grãos, sem mistura de outros ingredientes. Na frente da torrefação, numa noite escura um homem foi assassinado com umas dez facadas, depois de terem discutido num bar próximo do local do crime e, meio bêbados, ali se enfrentaram. Os  moradores próximos, ouviram a vítima gritar várias vezes: “Não me mate! Não me mate!” Quando o pessoal saiu para socorrê-lo, o homem já estava morto. E foi neste mesmo local que aconteceu “A batalha da Rua do Sapo” já contada neste mesmo jornal em outra oportunidade. No outro lado, depois do poste, vemos o Cartório de Vagemiro Jablonski, o único cartório da cidade. Naquele tempo tudo se resolvia num só cartório. As duas construções acima citadas não mais existem. As pessoas na foto são - na moto, na garupa: Bruno Muhlbauer; ao lado da moto: Urbano Muhlbauer e no meio da rua: Osvaldo Muhlbauer. Não conseguimos identificar o piloto da moto. Nesta rua, de vez em quando, passavam grandes boiadas que vinham do interior do município, tocadas por boiadeiros a cavalo e que as levavam para fazendas do Paraná. Em muitos dos casos, o comboio de cavaleiros, cavalos, cachorros e bois andavam semanas a fio até chegarem ao destino final.
ENCHENTE NA RUA DO SAPO EM 1960. Nesta foto, também fornecida pelo Sr. Osni Muhlbauer, vemos uma das freqüentes enchentes na Rua do Sapo. Esse fato se repete ainda nos dias de hoje, basta uma boas enxurrada para que a rua fique alagada causando transtornos aos moradores e comerciantes. Se até então o problema das enchentes na Rua do Sapo não foi solucionado, provavelmente, não mais o será, pelo menos a curto ou médio prazo. Em primeiro plano, na foto, à direita, a casa dos Muhlbauer que ainda existe um pouco modificada. Já adiante o cartório Jablonski e a seguir, no mesmo lado, a Borracharia do falecido Artur Purim. As pessoas que pudemos identificar são: na frente, à esquerda: Sr. Abílio Gadotti (falecido); na porta da varanda: o garotinho Osni Muhlbauer, aos 8 ou 9 anos de idade.
RUA JORGE LACERDA (RUA DO SAPO), 2014. Nesta rua poucas casas permanecem. Uma delas é a dos Muhlbauer que já foi modificada (aquela entre os dois carros).
CASA CONSTRUÍDA POR FERNANDO TURECK NA DÉCADA DE 40 (A FOTO É DE 1975). Esta baixada entre os morros era um banhadão. Para que as casas pudessem ser construídas era preciso aterrar o local. Pense no esforço dos nossos descendentes, pois tudo era feito com serviço braçal porque não havia máquinas. Esta casa ainda existe, embora um pouco modificada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS. Rio Negrinho, aos poucos vai se projetando para o futuro. Dia a dia as modificações acontecem aqui e ali. Nesta evolução, algumas amostras do passado estão sendo conservadas, mas muitas e muitas se foram e não voltam mais. E, destas que ficaram, quantas serão sacrificadas em nome do progresso?!
Obviamente, ninguém quer viver nas condições precárias do passado – pouco comércio, ruas de terra, pouca luz elétrica, sem televisão, telefone e outras mordomias do presente – mas se faz mister preservar a memória do passado através da conservação de bens patrimoniais  para que não se perca o gosto por nossas raízes!
Por hoje é só! Obrigado! Um grande abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do céu!