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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Personalidades de nossa história: Ewaldo Ritzmann !

Time base do Coritiba FC, primeiro campeão paranaense em 1916, a partir da esq., 1ª fila: Kaiser (Handschick), Glaser e Meneghetti; 2ª fila: Ritzman (Ewaldo), Fritz e Thielle; 3ª fila: Agnelo, Maxambomba, Jacob (Arthurzinho), Kurt e Naujocks (foto extraída do site oficial Coritiba FC)
Ewaldo e Amélia Ritzmann, no início da década de 1930 (foto: acervo de Ivo e Reny Rocha)
Ewaldo e Amélia Ritzmann, no início da década de 1980 (foto do acervo de Ivo e Reny Rocha).
Nascido em Lapa – Pr, em 05/04/1896, neto de imigrantes suíços, Ewaldo Ritzmann é filho de Frederico e Ana Gramm Ritzmann, naturais de Joinville, que imigraram posteriormente para o Paraná. Seu avô Jacob Ritzmann consta da relação dos primeiros imigrantes de Joinville. Ainda moço em Curitiba aprendeu a profissão de seleiro, lá ficando alguns anos, foi aí nessa que começou a entrosar-se com o futebol nascente no Paraná, chegando a ser um dos heróis futebolísticos na época, na ocasião que o Coritiba Foot Ball Club sagrou-se pela primeira vez campeão, em 1916, jogando contra o time do Savóia. Nesta época ainda o futebol era amador. Até hoje guarda com orgulho uma fotografia daquele feito. Mas sua vida deu uma reviravolta, quando um dia resolveu pedir um aumento para o dirigente esportivo do Coritiba e este disse-lhe secamente que era muito moço para receber aumento, resultando que em 15 dias depois deste fato pediu desligamento do clube voltando a Lapa. Foi aí que nessa ocasião encontrou-se com Adolfo Olsen, já nesta época morador e fazendeiro, convidando-o para conhecer Rio Negrinho e se gostasse trabalhar com ele. Adolfo Olsen era casado Madalena Ritzmann, tia de Ewaldo. Com 21 anos, ou seja, em 1917, veio Ewaldo Ritzmann a Rio Negrinho para aqui tentar a sorte. Trabalhou algum tempo como carroceiro e outros afazeres da fazenda, conhecendo nesta época sua futura esposa Amelia Olsen, nascida em 26/10/1900, filha de Magnus (Amandus) Olsen, irmão de Adolfo. Casou-se em 1919, comprando nesta época 40 alqueires de terras do sogro por 8 contos de réis. Sua vida aqui em Rio Negrinho sempre girou entorno da agropecuária, hoje com 88 anos orgulha-se de ter criado bem os filhos e vê com alegria os netos correndo ao seu redor. Sempre foi um esportista. Aqui em Rio Negrinho foi um dos fundadores com Martim Zipperer do Rio Negrinho Foot-ball Clube, por volta de 1922, ajudando inclusive a limpar o terreno do primeiro campo de futebol que situava-se defronte ao Cemitério Municipal, á rua Pedro Simões de Oliveira, em companhia de Otto Kwitschal, Martim Zipperer, os Schramm e outros empregados da firma Zipperer. Foi formado uma sociedade respeitável, que além do futebol possuía biblioteca, orquestra e dinheiro. A sede era o Salão Lampe. Jogava-se com equipes de São Bento do Sul, Corupá, Mafra e Rio Negro, mas a grande rivalidade era mesmo com a equipe do Bandeirantes de São Bento do Sul. Como o campo de futebol em frente ao Cemitério era pequeno e o terreno em declive foi construído outro no final da rua Willy Jung em terras da firma Zipperer, sendo inaugurado em 15/08/1926 o estádio denominado “Jorge Zipperer”. Durante 6 anos foi o capitão do Rio Negrinho Foot-ball Clube (uma espécie de técnico à época), sendo presidente Martin Zipperer, até que desgostosos entregaram a presidência ao João de Paula, chefe da estação ferroviária, por volta de 1928. Começou aí a derrocada desta primeira sociedade, sendo que seus bens tomaram um rumo ignorado, inclusive os seus registros. O último jogo do campo situado ao final da rua Willy Jung foi realizado em 29/05/1960 entre Móveis Cimo de Rio Negrinho e o Banco Inco, sendo que Ewaldo Ritzmann foi o árbitro da primeira partida da última competição neste campo. Este campo foi desativado quando da construção da Rodovia Estadual SC -21, que cortou o terreno em duas partes (*1). O casamento de Ewaldo Ritzmann e Amélia Olsen gerou 3 filhos: Andira, casada com Paulo Malinowski; Renê, casada com Ernesto Correa; Ivo Rocha, casado com Reny Carvalho; e, Ewaldo Alirio, casado com Ruth Wollmann Ritzmann. Ewaldo faleceu em 29/01/1985 e sua esposa Amélia em 20/10/1994.

(Nota do Blog: dados extraídos de entrevista concedida por Ewaldo Ritzmann a Osmair Bail, então Diretor do Museu Municipal de Rio Negrinho, em 08/10/1984)

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