segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO! (37)

Nota do Blog: A presente coluna “Um Olhar Sobre Rio Negrinho”, de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, foi publicada originalmente em 12/09/2014, no "Jornal do Povo" de Rio Negrinho, a quem agradecemos.

PATRIMÔNIO HISTÓRICO!

CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Um passado fantástico, de ricas histórias, lindas lembranças, grandes feitos e belas edificações são o Patrimônio Histórico de uma cidade ou de uma região. O Patrimônio Histórico é a marca do trabalho e da dedicação de nossa gente e preservá-lo é a forma de reconhecer o valor daqueles que começaram a escrever de todas as formas a história de Rio Negrinho. 
Os traços da nossa história não devem e não podem ser perdidos ou esquecidos com o passar do tempo, sob pena de construirmos um futuro sem raízes tal qual um filho sem pai e sem mãe. Nas fachadas das casas e casarões, a história se aviva e representa o esforço e suor de nossos ascendentes que dedicaram suas vidas por uma cidade melhor e mais bonita.
Muito parecido como quando tiramos lá do fundo do baú algumas fotografias antigas e nelas deparamos com as figuras dos nossos antepassados, imediatamente recordamos e vivemos aqueles idos tempos e as sensações há muito esmorecidas se renovam em nossa alma. A isso chamamos resgate do passado. 
Pena que Rio Negrinho perdeu muitas destas jóias regeneradoras da sua história, como edificações, costumes e outros bens patrimoniais. Mas nem toda a herança está perdida. Restam algumas relíquias as quais devemos guardar a sete chaves para que o tempo não as corroa através de ações incautas de pessoas menos cultas, insensíveis e não compromissadas com o resguardo da nossa rica história. 
Por exemplo, o vendedor de picolés que anda pelas ruas apitando aquele pequeno instrumento que produz os sons inconfundíveis referentes à venda de picolés e sorvetes é uma das tradições mais antigas da nossa cidade, a Maria-fumaça que ainda encanta apitando por entre as matas da região. 
A música, outro exemplo, é um dos fatores que compuseram o quadro histórico da nossa Rio Negrinho e ainda está muito viva em nosso meio. Desde as bandas antigas até as atuais, o interesse musical continua vivo. 
Nesta edição mostraremos mais algumas bandas musicais que despertaram a alegria dos amantes da música.

BANDA TREML EM RIO NEGRINHO EM FRENTE À IGREJA MATRIZ – 1946. Nesta fotografia já meio apagada pelo tempo, vemos a Banda Treml de São Bento do Sul abrilhantando uma festa na Matriz Santo Antonio. Ao fundo, à esquerda, vemos parte do Salão Lampe e, à direita, a ponte Péricles Virmond. Notem que quase todos os homens usavam chapéu, terno e gravata e as mulheres usavam vestidos compridos do joelho para baixo. Naquele tempo era moda feminina o cabelo curto até os ombros. Também era costume o uso de suspensórios – duas cintas em X que subiam e passavam pelos ombros e seguravam as calças ou as saias. Olhe na fotografia a menina, à esquerda em baixo, com suspensórios. Os homens usavam relógios tipo “patacão” dentro de um bolsinho na parte da frente da calça e preso à cinta por uma correntinha. “Chique no úrtimo”! 


BANDA MUSICAL RIO NEGRINHO – DATA PROVÁVEL: DÉCADA DE 1960. A banda, com seu impecável uniforme e sua maravilhosa música, fazia sucesso onde quer que fosse. Vemos aí alguns músicos bem conhecidos: Em pé – fila do meio: José de Oliveira, Herbert Engel, Alfredo Kreützfeldt, Otto Weiss Filho, Mario Schoeffel, Adalberto Prüss; na fila de trás,  o quinto, da esquerda para a direita é o Sr. Eurico Prüss; sentados, o primeiro da esquerda é o Sr. Pedro Piáz, que foi chefe de departamento de escritório na Móveis Cimo, o segundo é o Sr. José Zípperer Neto (Zépi), o terceiro é o Sr. Hubert Lindner, o quatro é o Neto. Há outros que reconhecemos na fotografia, mas não sabemos o nome correto. Prometemos pesquisar para divulgar seus nomes em edições futuras. Nota do Blog: Em 14/01/2010, o Blog Rio Negrinho no Passado publicou esta foto identificando todos os componentes da então Banda Musical Rio Negrinho, tirada entre 1960/1961, onde vemos a partir da esq., 1ª fila (sentados): José de Oliveira (Zéquinha), Pedro Piaz, José Zipperer Neto (Zépi), Hubert Lindner, Gerson Klitzke e Adalberto Eurico Prues; 2ª fila: Herbert Engel, Alfredo Kreutzfeldt, Afonso Weiss, Antonio Vicente Thomaz, Otto Weiss Filho e Mario Schoeffel; e, 3ª fila: Ervino Tascheck, Horst Wollmann, Bernardo Anton, Angelo Pscheidt e Eurico Pruess. (Foto do acervo de Gerson Klitzke)
BANDINHA BUCHINGER. É com enorme prazer que publicamos a foto desta bandinha formada por uma família inteira da localidade de Corredeiras, interior do município. A bandinha de Willy Buchinger animava vários eventos, principalmente os bailes do interior. Seus componentes da esquerda para a direita: Willy, filha de Willy (não sabemos o nome dela), André, Lotário, Pedro e Lazinho, todos de sobrenome Buchinger. Esta família provavelmente vivia em harmonia familiar, pois até na música andavam juntos com um só objetivo e todos partilhavam as experiências musicais onde quer que fossem e assim também era na vida em casa. Tempo bom aqueles em que os filhos respeitavam e amavam os pais e vice-versa!

BANDA COLÔNIA OLSEN EM 1950. Reprisamos esta foto porque, além de interessante, trás à memóra os idos longínquos tempos da metade do século passado. Esta banda foi formada na localidade de Colônia Olsen, interior do município e lá reunia-se para os ensaios. Trouxe muita alegria para as festas e eventos daqueles tempos. Os músicos da fila de traz, da esquerda para a direita: 1. (?), 2.Inácio Furst, 3.Alzemiro Tureck, 4.Rodolfo Buchinger e 5.Alguém atrás da coluna. Fila da Frente: 1.Emilio Tureck, 2.Alfredo Muehlbauer e 3.Lauro Tureck. 


BANDINHA TURECK EM 1967. Naquele ano já havia amplificadores de som para bandas, mas esta bandinha preferia o sopro ao natural sem interferência eletrônica para garantir a qualidade máxima da música. Da esquerda para a direita, em pé: Eurico Prüss, Ervino Tascheck, Alzemiro Tureck, Orlando Tureck (Landi), José Tureck. Sentados: Gerold Lichtblau, Alfredo Kreutzfeldt, Raimundo Pscheidt, Pedro Piaz e José Oliveira (Zequinha). Note que a pose dos músicos transmite muita seriedade e prazer no que estão fazendo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS. A música tem o poder de interagir entre pessoas, animais e vegetais. Uma composição musical bem apurada, bem tratada, conecta músico e apreciador numa só esfera de prazer. Aquele momento mágico para quem toca e para quem ouve é uma dádiva divina conferida ao instrumentista habilidoso e ao ouvinte sensível, um instante em que se vive um maravilhoso conto de fadas, quando se eleva a alma aos confins do infinito, além da própria imaginação. Em, pelo menos, mais uma edição trataremos das bandas da nossa cidade.
Por hoje é só! Obrigado! Um grande abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do Céu! 

Um comentário:

  1. Atrás da coluna a minha bizavo ida reinholdt Tureck. Madrasta do alzemiro e esposa do Emílio Tureck que e avô da vereadora zenilda

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