sábado, 13 de fevereiro de 2021

PROFESSOR RICARDO HOFFMANN

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 22/01/2021, na edição nº 5.356, do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

Publicado em 13/02/2021 - Atualizado em 16/05/2021

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O presente texto, com adaptações, tem por base a publicação de 15/05/2018 do Blog Rio Negrinho no Passado. Um agradecimento especial pelas informações e fotos à sra. Yara Maria de Goss, neta do professor Ricardo Hoffmann, residente em Curitiba/PR. 

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Ineditismo - O Blog Rio Negrinho no Passado, publicou em maio de 2018, três textos sobre a trajetória dos professores Ricardo Hoffmann, Humberto Hermes Hoffmann e Freya Hoffmann Wettengel, pai e filhos, que estão ligados aos primórdios do ensino escolar de Rio Negrinho, na década de 1920. O fato inédito encontrado é que estes três professores são homenageados com a denominação de escolas públicas, em três municípios diferentes de SC: Professor Ricardo Hoffmann, em Rio Negrinho, Professor Humberto Hermes Hoffmann, em Nova Veneza e Professora Freya Hoffmann Wettengel, em Concórdia.

Professor Ricardo Hoffmann (Imagem do acervo de Yara Maria de Goss)


Homenagem - Nossa cidade de Rio Negrinho homenageia Ricardo Hoffmann com a denominação de uma via pública, situada no Bairro Cruzeiro e de uma importante escola municipal, situada no bairro Industrial Norte. Mas, até a publicação do texto no Blog Rio Negrinho no Passado, não se tinha um histórico deste personagem, e muito menos uma imagem sua, salvo informações históricas de sua atuação por nossa cidade nas décadas de 1920/1930. O então Prefeito Paulo Beckert, quando da criação da recém construída escola no bairro Industrial Norte, resolveu homenageá-lo, e, assim ficou conhecido, apenas como sendo o professor daquele prefeito.

Ricardo Hoffmann - Richard Hoffmann ou Ricardo, é filho de Frederico Carlos Roberto e Elisabeth Hoffmann, nascido em 05/09/1880, no bairro de Lichterfelde, na cidade de Berlim, capital alemã. Imigrou para o Brasil em 1903, com 23 anos, em companhia de seu irmão Roberto, com 27 anos, sua irmã Elisabeth, com 25 anos, e sua mãe, também de nome Elisabeth, com 53 anos.

Ricardo, já professor, então com 30 anos de idade, casou-se em 01/10/1910, morador da localidade Warnow, na cidade de Indaial, com Elsa Zeisemer. Elsa, era natural de Indaial, e então contava de 21 anos de idade.

Lecionou posteriormente em Blumenau, e em 04/06/1925, assumiu as atividades de magistério em Rio Negrinho, diante da “renúncia” do seu irmão e professor Roberto Hoffmann de Rio Negrinho, em dezembro de 1924, e da remoção da professora Adelaide da Costa, no início de 1925, para a localidade de Avencal, município de Mafra.

A Escola situada no centro da cidade, na posse de Ricardo Hoffmann contava então com 56 alunos, que até outubro daquele ano, subiu para 80 alunos, quando a escola foi desdobrada. Além de professor do ensino regular, foi professor de língua alemã.

Escola situada ao lado da antiga Igreja Santo Antonio, em 1929

Diante do aumento anual sucessivo de alunos, foram nomeados os filhos de Ricardo, em março de 1927, Humberto Hermes Hoffmann, então com 16 anos de idade, e em 1929, Freya, com apenas 15 anos de idade.

Em 22/05/1932, um tufão se abateu sobre a então Vila de Rio Negrinho, inclusive destruindo o edifício escolar, que contava com 139 alunos, que passou a funcionar no pequeno salão Brusky.

Com o prédio escolar destruído o Governo do Estado tomou a decisão de estadualizar a escola, e construir um novo prédio, livre das enchentes, situado no atual bairro Cruzeiro, com 4 salas de aula, o futuro Grupo Escolar Professora Marta Tavares, inaugurado em 17/09/1933.

Com a estadualização da futura Escola Marta Tavares, professor Ricardo Hoffmann não lecionou mais neste estabelecimento, pois, ele não consta na relação de seus professores.

Tem-se notícia que após esta data, provavelmente, foi somente professor de língua alemã no contra turno escolar naquela Escola. 

Não se tem informação de quando tenha retornado à Blumenau, onde continuou o seu magistério.

Sua mãe Elisabeth, que morava com ele, em Rio Negrinho, faleceu em 11/09/1931, com 81 anos de idade, e está sepultada em nossa cidade.

Em 12/08/1954, veio a falecer em Blumenau a sua esposa Elsa, onde foi sepultada, e após esta data mudou-se para Concórdia onde foi morar com sua filha professora Freya, onde faleceu em 17/06/1957.

Nota complementar do Prof. Osny Zipperer sobre o texto:

Complementando, sobre o tufão que se abateu sobre RN, ele ainda destruiu a torre da Igreja Luterana e também acabou com uma importante festa dos atiradores de Rio Negrinho e São Bento, deixando ainda muitos outros prejuízos à comunidade, como o destelhamento de muitas casas, árvores derrubadas etc., provocando inclusive uma vítima fatal. A senhora Anna Ilg, filha do venerado casal Guilherme Bollmann e sua esposa, redator do jornal “Zeitung” e esposa de Martim Ilg, guarda-livros de Luiz Olsen, mãe de 7 filhos menores, foi atingida por um pinheiro arrancado e quebrado, do quintal do ferreiro Zipperer lhe fraturando o crânio sendo que às 18 horas do mesmo dia veio a falecer.

Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!

Um comentário:

  1. Complementando, sobre o tufão que se abateu sobre RN, ele ainda destruiu a torre da Igreja Luterana e também acabou com uma importante festa dos atiradores de Rio Negrinho e São Bento, deixando ainda muitos outros prejuízos à comunidade, como o destelhamento de muitas casas, árvores derrubadas etc., provocando inclusive uma vítima fatal.
    A senhora Anna Ilg, filha do venerado casal Guilherme Bollmann e sua esposa, redator do jornal “Zeitung” e esposa de Martim Ilg, guarda-livros de Luiz Olsen, mãe de 7 filhos menores, foi atingida por um pinheiro arrancado e quebrado, do quintal do ferreiro Zipperer lhe fraturando o crânio sendo que às 18 horas do mesmo dia veio a falecer.

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