quarta-feira, 25 de novembro de 2020

NOSSA HISTÓRIA: EXPEDICIONÁRIO “PRACINHA” ANTONIO GONÇALVES

Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 20/11/2020, na edição nº 5.348 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.

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A partir desta semana vamos tratar da vida dos nossos heróis pracinhas brasileiros, que lutaram na 2ª Guerra Mundial, e, residentes em nosso município. São eles: Antonio Gonçalves, Porfirio Maia da Silva, José Kingerski e Jursolino Pires. Caberá aos futuros governantes municipais trazer um monumento de lembrança, ainda que tardia, a esses nossos heróis.

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Cumprimentos aos Novos Eleitos

No último artigo semanal desta coluna tivemos a oportunidade de abordarmos genericamente aspectos das eleições municipais de Rio Negrinho, com realce especial a participação feminina. Hoje, após a eleição dos novos dirigentes municipais para os próximos 4 anos, desejamos que Deus os ilumine, para que busquem o bem comum de nosso município. Um cumprimento especial às 3 mulheres, que se elegeram vereadoras, provocando um fato inédito em nossa história. Parabéns a todos os eleitos!

Nossos Heróis Pracinhas

Em nosso imaginário, herói é um ser meio etéreo, quase um deus que é chamado e resolve naturalmente uma difícil e excepcional situação. É um ser descolado de nossa realidade, da qual se exige bravura e coragem, sem motivos egoístas, mas apenas o bem comum da sociedade.

Símbolo da Força Expedicionária Brasileira, na 2ª Guerra Mundial (Fonte: Redes Sociais)

Mas, o herói, diferentemente do pensamos, é um ser humano, oriundo de qualquer camada da sociedade, pobre ou rica, instruída ou não, que é chamado no plano terreno a ter uma missão, acima do comum dos seus dias, arriscando a própria saúde ou vida, para o bem maior da comunidade, espiritual ou material.

Assim foram os nossos expedicionários brasileiros, popularmente conhecidos como pracinhas, soldados heróis brasileiros, que foram alçados de suas vidas comuns do dia a dia, a defender princípios doutrinários e democráticos em solo europeu, contra o nazismo e o fascismo, durante a 2ª Guerra Mundial.

Esses soldados brasileiros, foram incorporados a Força Expedicionária Brasileira (FEB) criada em 13/08/1943, que saíram para o combate no dia 2/07/1944. Aproximadamente 25 mil homens fizeram parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB), a divisão que lutou junto aos Aliados na Campanha da Itália. Por volta de 1.500 brasileiros foram mortos na guerra – cerca de 450 morreram em combate.

Terminada a guerra, o Governo Brasileiro toma uma série de medidas com uma falta completa de reconhecimento do heroísmo dos nossos pracinhas, a começar com o sumário desligamento do Exército, antes mesmo, de pisarem o solo brasileiro. Os veteranos foram abandonados pelas autoridades civis e militares. A maioria passou décadas sem nenhum reconhecimento social e financeiro. As primeiras aposentadorias só foram validadas pelo Governo Federal no fim da década de 1970 e ratificadas na Constituição de 1988.

Expedicionário Antonio Gonçalves

Nascido em 13/06/1920, na localidade de Santa Maria, atual município de Benedito Novo/SC, Antonio Gonçalves, era filho dos agricultores Francisco Gonçalves e Francelina Ribeiro. Convocado ao serviço militar com 20 anos, quando morador no município de Doutor Pedrinho, onde trabalhava com Júlio Buss. Ficou na ativa no Exército durante 5 anos, onde lutou ao lado de outros heróis brasileiros.

Antonio Gonçalves, nosso herói pracinha (Acervo de Luiz Gonçalves)

Desligado do Exército, casou-se com Luiza Lourenço, em 1945. Adotou a localidade Águas Claras, no Distrito de Volta Grande, como sua residência onde viveu até o falecimento. Homem pacato, viveu humildemente da agricultura e da pensão merecida do Exército. Teve como filhos: Ana, Antonio, Luiz, Francisco e Aristides. Faleceu, vítima de infarto, em 1996, no Hospital Santa Cruz de Curitiba. Ele e a esposa encontram-se enterrados no Cemitério Caunal, em Volta Grande. (Foto e informações do filho Luiz Gonçalves, morador do Bairro Cruzeiro, Rio Negrinho)

Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!

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