A partir desta semana vamos tratar da
vida dos nossos heróis pracinhas brasileiros, que lutaram na 2ª Guerra Mundial,
e, residentes em nosso município. São eles: Antonio Gonçalves, Porfirio Maia da
Silva, José Kingerski e Jursolino Pires. Caberá aos futuros governantes
municipais trazer um monumento de lembrança, ainda que tardia, a esses nossos
heróis.
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Cumprimentos aos Novos Eleitos
No último artigo semanal desta
coluna tivemos a oportunidade de abordarmos genericamente aspectos das eleições
municipais de Rio Negrinho, com realce especial a participação feminina. Hoje,
após a eleição dos novos dirigentes municipais para os próximos 4 anos,
desejamos que Deus os ilumine, para que busquem o bem comum de nosso município.
Um cumprimento especial às 3 mulheres, que se elegeram vereadoras, provocando
um fato inédito em nossa história. Parabéns a todos os eleitos!
Nossos Heróis Pracinhas
Em nosso imaginário, herói é um ser meio etéreo,
quase um deus que é chamado e resolve naturalmente uma difícil e excepcional situação.
É um ser descolado de nossa realidade, da qual se exige bravura e coragem, sem
motivos egoístas, mas apenas o bem comum da sociedade.
Símbolo da Força Expedicionária Brasileira, na 2ª
Guerra Mundial (Fonte: Redes Sociais)
Mas, o herói, diferentemente do pensamos, é um ser humano, oriundo de qualquer camada da sociedade, pobre ou rica, instruída ou não, que é chamado no plano terreno a ter uma missão, acima do comum dos seus dias, arriscando a própria saúde ou vida, para o bem maior da comunidade, espiritual ou material.
Assim foram os nossos expedicionários brasileiros, popularmente conhecidos como pracinhas, soldados heróis brasileiros, que foram alçados de suas vidas comuns do dia a dia, a defender princípios doutrinários e democráticos em solo europeu, contra o nazismo e o fascismo, durante a 2ª Guerra Mundial.
Esses soldados brasileiros, foram
incorporados a Força Expedicionária Brasileira (FEB) criada em 13/08/1943, que saíram
para o combate no dia 2/07/1944. Aproximadamente 25 mil homens fizeram parte da
Força Expedicionária Brasileira (FEB), a divisão que lutou junto aos Aliados na
Campanha da Itália. Por volta de 1.500 brasileiros foram mortos na guerra –
cerca de 450 morreram em combate.
Terminada a guerra, o Governo Brasileiro toma
uma série de medidas com uma falta completa de reconhecimento do heroísmo dos
nossos pracinhas, a começar com o sumário desligamento do Exército, antes
mesmo, de pisarem o solo brasileiro. Os veteranos foram abandonados pelas autoridades
civis e militares. A
maioria passou décadas sem nenhum reconhecimento social e financeiro. As
primeiras aposentadorias só foram validadas pelo Governo Federal no fim da
década de 1970 e ratificadas na Constituição de 1988.
Expedicionário Antonio Gonçalves
Nascido em 13/06/1920, na
localidade de Santa Maria, atual município de Benedito Novo/SC, Antonio
Gonçalves, era filho dos agricultores Francisco Gonçalves e Francelina Ribeiro.
Convocado ao serviço militar com 20 anos, quando morador no município de Doutor
Pedrinho, onde trabalhava com Júlio Buss. Ficou na ativa no Exército durante 5
anos, onde lutou ao lado de outros heróis brasileiros.
Antonio Gonçalves, nosso herói
pracinha (Acervo de Luiz Gonçalves)
Desligado do Exército, casou-se com
Luiza Lourenço, em 1945. Adotou a localidade Águas Claras, no Distrito de Volta
Grande, como sua residência onde viveu até o falecimento. Homem pacato, viveu
humildemente da agricultura e da pensão merecida do Exército. Teve como filhos:
Ana, Antonio, Luiz, Francisco e Aristides. Faleceu, vítima de infarto, em 1996,
no Hospital Santa Cruz de Curitiba. Ele e a esposa encontram-se enterrados no
Cemitério Caunal, em Volta Grande. (Foto e informações do filho Luiz Gonçalves,
morador do Bairro Cruzeiro, Rio Negrinho)
Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!
Histórias que devem ser lembradas.
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