sábado, 7 de fevereiro de 2015

UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO! (29).

Nota do Blog: Este artigo foi publicado originalmente em 18 de julho de 2014, parte de uma série de 07 edições da coluna “Um Olhar Sobre Rio Negrinho”, de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, publicado originalmente no "Jornal do Povo" de Rio Negrinho, na qual abordaram o tema a grande enchente ocorrida no período entre 07 e 14 de junho de 2014, além de temas correlatos a esta tão importante matéria. Com intuito de manter sempre viva esta lembrança, este Blog reproduz todos os textos publicados, com intuito de mover as autoridades competentes na busca de uma solução definitiva para este tão grave problema de nossa comunidade.

OUTRA VEZ ?

CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Esta não foi a primeira catástrofe na qual Rio Negrinho afundou nas águas da enchente. No mínimo, antes desta, houve outras três de maior intensidade.
Em 1891 choveu torrencialmente durante quinze dias provocando enchentes nunca vistas. Aquela enchente atingiu seu máximo no dia 21 de junho. Naquela oportunidade foram destruídas as pontes sobre o rio Negrinho, rio dos Bugres, rio Preto e igualmente a importante ponte sobre o rio Negro na cidade vizinha de Rio Negro.
Em 1983 a segunda grande enchente cobriu nossa cidade deixando o povo pasmo diante da calamidade.
Em 1992 a terceira com idênticas proporções causou enormes estragos e a quarta, vinte e dois anos depois, em junho de 2014, veio com muita rapidez e fúria na noite de sábado para domingo (7 e 8 de Junho) pegando a maioria dos rionegrinhenses de surpresa causando prejuízos de grande monta. Muita gente perdeu tudo o que tinha e até a presente data muitas casas não mais foram habitadas, outras ficaram parcial ou completamente destruídas. 
Certeiramente outras enchentes de grandes proporções virão além das menores que esquentam a cabeça das pessoas de vez em quando. Por este motivo Rio Negrinho deverá preparar-se bem melhor para enfrentá-las.
Apesar das enchentes anteriores Rio Negrinho ainda não aprendeu a lição de como combater este grande mal, sucumbindo mais uma vez nas águas barrentas e fétidas. Muito há que se fazer! 
Abordaremos este importante detalhe em edições futuras. Além das enchentes, muitas outras tragédias assolaram nossa cidade e nossa gente em várias épocas passadas. Deste assunto também falaremos em edições futuras.
Hoje veremos um pouco mais da última enchente. As fotos a seguir mostram cenas durante a enchente e as mesmas, pós-enchente. Umas revelam rápida recuperação, outras revelam a irrecuperabilidade.

IMEDIAÇÕES DA VIA-FÉRREA PRÓXIMO À PONTE
 DO "GIBACO" – NA ENCHENTE.
IMEDIAÇÕES DA VIA-FÉRREA PRÓXIMO À
 PONTE DO "GIBACO" – DEPOIS DA ENCHENTE 
REGIÃO PRÓXIMA AO VIADUTO DA BR 280
 SOBRE A VIA FÉRREA – NA ENCHENTE
REGIÃO PRÓXIMA AO VIADUTO DA BR 280 – PÓS-ENCHENTE
IMEDIAÇÕES DA VIA-FÉRREA ENTRE AS RUAS MARECHAL
 FLORIANO E SÃO PAULO – NA ENCHENTE.
A rua Marechal
Floriano Peixoto (a de baixo) foi rapidamente tomada pelas águas,
então o  dono do Fusca tentou salvá-lo conduzindo-o pela via férrea
ou, quem sabe, quiz conduzi-lo até a rua São Paulo (a de cima),
 mas o veículo inclinou e o chassi ficou preso nos trilhos. 
IMEDIAÇÕES DA VIA-FÉRREA – PÓS-ENCHENTE.
Neste lugar o fusca ficou preso nos trilhos da estrada de ferro.
RUA SENADOR NEREU RAMOS – PÓS ENCHENTE –
QUANDO AS ÁGUAS AINDA ESTAVAM BAIXANDO.
As ruas inteiras cheiravam esgoto e banhado assim como
todos os lugares atingidos. No entanto, mesmo no meio da
 insalubridade, as pessoas arregaçaram as mangas e trabalharam
 em todas as horas dos dias para limpar tudo até que as ruas
 ficassem novamente perfeitamente desinfetadas e transitáveis.
(veja foto a seguir).    
RUA SENADOR NEREU RAMOS – PÓS ENCHENTE –
 DEPOIS DA LIMPEZA
. A impressão que se tem é que
 aqui nunca houve enchente!  
IMEDIAÇÕES DO "NOSSO POSTO" (IPIRANGA) VISTO DE CIMA –
 NA ENCHENTE
. As bombas de combustíveis
 ficaram cobertas pelas águas.
IMEDIAÇÕES DO "NOSSO POSTO"– PÓS ENCHENTE-
COMPLETAMENTE RECUPERADO.

CONSIDERAÇÕES FINAIS. O SOL VOLTARÁ A BRILHAR. Depois de um período conturbado, repleto de preocupações e problemas de toda espécie, quando as águas dominavam a paisagem sob nuvens sombrias, quem não desejaria a volta para casa a fim de apreciar a tranqüilidade do lar com sua família reunida ao redor da mesa, trocando idéias num gostoso jantar e depois deliciar-se com um bom e regenerador sono em uma gostosa cama macia e quentinha nos dias frios de inverno? Entretanto, não foi o que aconteceu com muita gente que perdeu tudo na enchente! Depois, quando as águas baixaram e puderam ver suas casas fora da água, aquelas casas onde moravam dias antes, encontraram as cenas mais desoladas possíveis: tudo destruído, encharcado na lama pútrida e, infelizmente, não mais em condições de uso. Inabitáveis! Imagine a dor e a amargura indescritíveis dessa gente sofrida naquele momento agudo na história das duas vidas! Só sabe dizer como foi, quem passou por isso! No entanto, os fortes sabem que perder uma luta não significa perder a guerra e que em nenhum momento deve-se perder a esperança e sucumbir na lama da vida! Por isso, renovados de coragem, deram continuidade à vida e conceberam um novo mundo mais uma vez! Com luta e trabalho ergueram-se das “cinzas” para edificar um novo templo de amor e prosperidade. Com certeza o sol voltará a brilhar para essa gente! 
Por hoje é só! Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do Céu!

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