domingo, 21 de setembro de 2014

VIAS PÚBLICAS DE NOSSA CIDADE: QUEM FOI O BARÃO DO RIO BRANCO ?

Barão do Rio Branco

Nota do Blog: Nossa cidade de Rio Negrinho homenageia o Barão do Rio Branco, advogado, geógrafo, historiador e principalmente diplomata brasileiro, que durante mais de 40 anos prestou grandiosos serviços ao Brasil, com a denominação de uma importante via pública, situada no Bairro Vila Nova. O presente texto foi extraído do site “Wikipédia – A enciclopédia livre”, a quem agradecemos.

José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, nascido no Rio de Janeiro em 20/04/1845, e falecido no Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de 1912, foi advogado, diplomata, geógrafo e historiador brasileiro. Em 1862, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, porém transferiu-se no último ano para a Faculdade de Direito do Recife onde recebeu o grau de bacharel. Filho de José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco, Rio Branco é o patrono da diplomacia brasileira brasileira e uma das figuras mais importantes da história do Brasil.
Iniciou-se nas letras em 1863, nas páginas da revista Popular, com uma biografia de Luis Barroso Pereira, comandante da fragata Imperatriz. Posteriormente, em 1866, na revista I’Illustration, desenhou e escreveu sobre a guerra do Paraguais, defendendo o ponto de vista do Brasil.
Em 1868, substituiu por três meses Joaquim Manuel de Macedo como professor na cadeira de coreografia e história do Brasil, no Colégio D. Pedro II.

A diplomacia

Iniciou-se na carreira política como promotor e deputado, ainda no Império. Em 1871 foi redator no periódico A Nação, tendo colaborado, a partir de 1891, no Jornal do Brasil. Cônsul-geral em Liverpool a partir de 1876, foi ministro acreditado na Alemanha em 1900, assumindo o Ministério das Relações Exteriores, de 3 de dezembro de 1902 até sua morte, em 1912. Ocupou o cargo ao longo do mandato de quatro presidentes da república -- governos de Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca – configurando-se uma unanimidade nacional em sua época.
Recebeu o título de barão do Rio Branco às vésperas do fim do período imperial, mas continuou a utilizar o título "Rio Branco" em sua assinatura mesmo após a proclamação da república, em 1889. Isso se deu por ser um monarquista convicto e para homenagear seu falecido pai, o senador e diplomata José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco.

Questões internacionais

Sua maior contribuição ao País foi a consolidação das fronteiras brasileiras, em especial por meio de processos de arbitramento ou de negociações bilaterais, dos quais se destacam três questões de fronteiras:

 Amapá

Obteve uma vitória sobre a França sobre a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, causa ganha pelo Brasil em 1900 em uma arbitragem do governo suiço. A fronteira foi definida no rio Oiapoque.

Palmas

Em 1895, havia já conseguido assegurar para o Brasil boa parte do território dos estados de Santa Catarina e Paraná, em litígio contra a Argentina no que ficou conhecido como a questão de Palmas. Essa primeira arbitragem foi decidida pelo presidente norte-americano Grover Cleveland, e teve como opositor pelo lado da Argentina Estanislau Zeballos, que mais tarde se tornou ministro do exterior argentino e durante muito tempo acusou Rio Branco de perseguir uma política imperialista.

Acre

Foi o prestígio obtido nesses dois casos que fez com que Rodrigues Alves escolhesse Paranhos para o posto máximo da diplomacia em 1902, quando o Brasil estava justamente envolvido em uma questão de fronteiras, desta vez com a Bolívia.
Esta tentava arrendar uma parte do seu território a um consórcio empresarial anglo-americano. A terra não era reclamada pelo Brasil, mas era ocupada quase que integralmente por colonos brasileiros, que liderados por Plácido de Castro resistiam às tentativas bolivianas de expulsá-los, episódio que ficou conhecido como "Revolução Acreana".
Em 1903, assinou com a Bolívia o tratado de Petrópolis, pondo fim ao conflito dos dois países em relação ao território do Acre, que passou a pertencer ao Brasil mediante compensação econômica e pequenas concessões territoriais. Esta é a mais conhecida obra diplomática de Rio Branco, cujo nome foi dado à capital daquele território (hoje estado).

Outros sucessos e reconhecimento

Negociou com o Uruguai o condomínio sobre o rio Jaguarão e a Lagoa Mirim, essencialmente uma concessão voluntária do Brasil a um vizinho que necessitava daqueles canais. Por essa razão, foi homenageado pelo governo do Uruguai, sendo conferido seu nome à antiga Pueblo Artigas, hoje cidade de Rio Branco, no departamento de Cerro Largo, vizinha da brasileira Jaguarão.
O município de Paranhos - MS, localizado na fronteira com o Paraguai foi batizado em sua homenagem.
Em 1908, então no Rio de Janeiro, convidou o engenheiro Augusto Ferreira Ramos a projetar um sistema teleférico que facilitasse o acesso ao cume do morro da Urca, conhecido mundialmente como o bondinho do Pão de Açúcar.
Em 1909, seu nome foi sugerido para a sucessão presidencial do ano seguinte. Rio Branco preferiu declinar de qualquer candidatura que não fosse de unanimidade nacional.
Foi presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1907 - 1912) e escreveu dois livros.
Seu filho, Paulo do Rio Branco, foi um proeminente jogador de rugby do Brasil na França.

Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira

Últimos dias

Sofrendo de problemas renais, pediu demissão de seu cargo, o que foi negado pelo presidente Hermes da Fonseca. Em seus últimos instantes de vida, lamentou o bombardeio da capital baiana, Salvador, motivado por uma crise política e ocorrido em 10 de janeiro de 1912.
Sua morte, ocorreu durante o carnaval de 1912, alterou o calendário da festa popular naquele ano, dado o luto oficial e as intensas homenagens que lhe renderam na cidade do Rio de Janeiro.
Por ajudar na consolidação do território nacional sempre buscando soluções pacíficas para os conflitos com os vizinhos do Brasil o Barão do Rio Branco é considerado o patrono da diplomacia brasileira.
Seu corpo foi sepultado no jazigo de seu pai, no Cemitério do Cajú, na cidade do Rio de Janeiro.

Academia Brasileira de Letras e Homenagens

Foi o segundo ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleito em 1º de outubro de 1898, na sucessão de João Manuel Pereira da Silva.
Atualmente, também há referência a seu famoso título de nobreza no nome do notório Instituto Rio Branco – IRBr (instituição de ensino superior subordinada ao Ministério das Relações Exteriores, que forma diplomatas de carreira). Fundado em 1945 como parte da comemoração do centenário de nascimento do Barão do Rio Branco, o IRBr localiza-se em Brasília atrás do Palácio do Itamaraty.
Seu título é também atribuído ao nome do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, localizado na cidade de Urussanga - SC, à cidade de Rio Branco, capital do Estado do Acre, à Avenida Rio Branco, uma das principais vias urbanas do centro da cidade do Rio de Janeiro, capital, a Rua Barão do Rio Branco em Curitiba –PR, a Rua Barão do Rio Branco em nossa cidade de Rio Negrinho - SC.

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