sábado, 3 de maio de 2014

UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO (12) e AMIGOS DA VENEZUELA.

Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Reservamos, hoje, parte desta página para divulgar um pouco mais sobre Rio Negrinho antigo e atual e, dando continuidade à viagem mais recente que fizemos ao Panamá e Venezuela, também mostraremos mais um pouco sobre o país de Nicolás Maduro e dos nossos especiais amigos caribenhos que foram nossos guias na Venezuela. Aproveitando uma foto do Jornal de Rio Mafra que publica de modo equivocado a imagem dos antigos caminhões da extinta Móveis Cimo, como se estivessem na Praça Hercílio Luz, localizada no vizinho município, conforme legenda em baixo da referida fotografia (Veja a primeira foto), divulgaremos mais algumas fotos de nossa querida Rio Negrinho.

FOTO PUBLICADA NA EDIÇÃO Nº 1.703 DO JORNAL DIÁRIO DE RIOMAFRA EM 28/02/2014. A legenda em baixo da foto diz: TORA DE IMBUIA NA PRAÇA HERCÍLIO LUZ EM 1950, DIÂMETRO 2.40, CUBAGEM 8.5, PESO 10.200 KG.  Vamos aos fatos. A) A imagem mostra os caminhões Ford 1938 carregando toras de madeira para o pátio da Móveis Cimo distante 200 metros deste lugar. No entanto, nesta foto, os caminhões não estão parados na Praça Hercílio Luz, mas sim, em frente e entre à antiga e extinta Casa Real e a Praça do Avião, em Rio Negrinho. Os dados de diâmetro, cubagem e peso estão corretos. B) A data – 1950 - está incorreta, pois veja que à esquerda da Casa Real (a construção da esquerda) ainda não existia o Cine Rio Negrinho e no lugar dele havia uma frondosa árvore que mais tarde foi retirada para a construção da referida casa de espetáculos. O Cine Rio Negrinho foi inaugurado em 22 de Novembro de 1947, portanto, três anos antes de 1950. Considerando que sua edificação demorou pelo menos um ano para ser concluída, chegamos à conclusão lógica que esta foto foi clicada antes de 1946. Só não entendemos qual foi o motivo de o jornal incorrer em tamanho lapso. Talvez, um momento de desatenção! E errar é umano... (Ops!)...humano!

CINE RIO NEGRINHO EM 1947, DATA DA SUA INAUGURAÇÃO. Foi a partir de 22/11/1947 que o povo de Rio Negrinho e região ganhou o privilégio de poder sentar nas 550 poltronas tipo Rosey e deliciar-se com grandes filmes, olhando numa tela à sua frente, com filmes, ainda em preto e branco, ao som de aparelhos sonoros de último modelo para a época – “Pathé” marca Solidus. Antes das sessões cinematográficas o salão de projeções era iluminado com luzes de cores verde, vermelha e natural, toda indireta. Chique no úrtimo! As pessoas entravam no cinema até quase uma hora antes de iniciar o filme só para conversar com amigos, indo de uma poltrona para outra, intercambiando  assuntos e pondo em dia as fofocas. Um minuto antes de iniciar o filme, as luzes indiretas iam mudando de cores ao som de gostosas pancadas sonoras emitidas por potentes alto-falantes distribuídas e emitidas estrategicamente de todos os lados. Tudo isso - a grande tela, o som maravilhoso, os lindos filmes e o fato de estar sentado numa grande sala de cinema - fazia com que aquelas horas se transformassem num grande e elegante acontecimento para as pessoas. O cinema e tantas outras coisas que antes operavam em Rio Negrinho davam à nossa pequena cidade um ar de paraíso. Era muito bom viver nela e para muitos, hoje em dia, ainda o é! Apenas lamenta-se que tantas coisas bonitas foram excluídas da vida dos rionegrinhenses e não mais foram recuperadas, como o cinema, os saudosos e saudáveis bailes ao som de boas bandas sem o barulho ensurdecedor da pancadaria das baterias modernas e dos gritos alucinantes dos “cantores” que fazem questão de infernizar os delicados ouvidos das pessoas que gostam de ouvir boa música e não conseguem exatamente pelos motivos expostos acima. Raramente bons circos ou parques de diversões instalam-se em nossa cidade, impedidos por um monte de burocracias e regras absurdas. Que pena! Quem perde é o povo e os impositores também não ganham nada com isso mas, sim, mostram a face da anoraxia ridícula pela degustação de saborosos prazeres!  
RIO NEGRINHO, HOJE (2014) NO MESMO LUGAR DOS CAMINHÕES DA FOTO E DO CINE RIO NEGRINHO.Que mudança! Primeiro a árvore, depois o cine e agora a moderna loja Salfer que ocupa o lugar do cine e da Casa Real. Onde antes só havia uma rua deserta (rua Jorge Zípperer) hoje quase não há mais espaço para os veículos que por lá transitam e muito menos vagas para estacionar. Há que se tomar providências quanto a esse problema que se agrava a cada dia. Se não forem tomadas medidas preventivas eficazes e urgentes o centro de Rio Negrinho tornar-se-á um corredor intransitável e o caos estará estabelecido. 
TORA DE IMBÚIA AO LADO DA CHAMINÉ DA CIMO. Alguns dizem que esta tora é a mesma daquela que está nos caminhões da primeira foto, outros dizem que não. Na próxima edição avançaremos numa pesquisa para que possamos nos aproximar da verdade e também iremos atrás de maiores detalhes sobre a origem da tora. Até agora já apareceram três donos da referida tora de imbúia, isto é, conforme documentos em posse do Museu Carlos Lampe, três pessoas alegam que ela foi retirada dos seus terrenos. 
PUERTO LA CRUZ – VENEZUELA. Passeamos muito com o carro de Rafael pelas cidades grandes e pequenas da Venezuela. Além de motorista particular, ele foi, também, nosso guia. De Rio Negrinho voaremos até Mochima, no Caribe venezuelano. Lá mora um simpático casal, Rafael e Simone, que nos transportou e guiou pelos caminhos da Venezuela em várias oportunidades facilitando e ajudando em todas nossas necessidades, desde localizações de endereços até procedimentos diversos em agências de viagens e aeroportos.
RAFAEL E SEU CARRO. Rapaz educado, gentil, Rafael fala quatro línguas: Espanhol, Português, Inglês e Francês. Conhece como ninguém o território e o povo venezuelano e isso nos proporcionou grande segurança em todos os lugares pelos quais passamos e visitamos. Sua esposa e companheira inseparável, Simone, uma jovem brasileira, nascida em Campos Belos no estado de Goiás o conheceu, apaixonou-se e o desposou passando a morar na Venezuela. Mulher educada e sensível dedica a maior parte do seu tempo ao marido com o qual respira os ares de Mochima, Parque Nacional onde Rafael nasceu. 
CASAL RAFAEL E SIMONE. Aqui, Simone e Rafael nos acompanham numa viagem pelo Mar do Caribe. Este casal feliz sonha em realizar seus projetos profissionais no Brasil. Neste ano – 2014 – viajam à terra dos papagaios (Brasil) para sondar o mercado de trabalho afim de pesquisar as possibilidades brasileiras que melhor se adaptem às suas habilidades e necessidades. É um maravilhoso par de seres humanos que não mede esforços para ajudar os outros.
CASA DE SIMONE E RAFAEL EM MOCHIMA. A casa deles está praticamente em cima do mar na Baia de Mochima. Um privilégio naquele paraíso.  Na presença do casal sentimo-nos muito bem. É como se uma rajada de felicidade atingisse em cheio nossos corações. Sua amabilidade e sinceridade nos conquistaram.


CONSIDERAÇÕES FINAIS. É bom conquistar amigos verdadeiros e sinceros porque são um tesouro de imensurável valor. Amigos verdadeiros se reconhecem nas horas que mais precisamos deles. Nunca nos abandonam nem nas piores situações. Por hoje é Só! Um grande abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do céu!

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