quinta-feira, 15 de maio de 2014

UM OLHAR SOBRE RIO NEGRINHO ! (16)

Nota do Blog: Prosseguimos com a publicação da série “Um Olhar sobre Rio Negrinho”, texto de autoria dos Professores Celso Crispim Carvalho e Mariana Carvalho, a quem agradecemos, e foram publicados originalmente no Jornal do Povo de Rio Negrinho.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Rodando um pouco por aí, nota-se como Rio Negrinho é bonito, especialmente num dia de sol à tardinha quando os raios solares, inclinados, realçam as formas dos morros e das grotas e as luzes contrastam com as sombras projetadas sobre as casas e a vegetação, compondo quadros naturais com cores especiais. Rio Negrinho é formado de muitos pequenos vales. Ora a cidade está lá em baixo, quase ao nível dos rios, ora lá em cima, no ápice dos morros. Este sobe-e-desce faz com que ela fique ainda mais encantadora. Sugerimos ao caro leitor que faça um teste. Com muita calma, num dia desses, quando sobrar um tempinho, faça um passeio pelas grotas e pelos morros da cidade, aprecie tudo com tempo e sossego e descubra que a natureza dá um show espetacular para os olhos do bom espectador e que nosso pedaçinho de Brasil é especial para morar. Há muito que apreciar em nossa cidade. Futuramente abordaremos este assunto com maior profundidade. Na matéria de hoje pretendemos mergulhar nos tempos antigos, quando Rio Negrinho ainda era, digamos, pequeno, sossegado e suas paisagens eram mais bem usufruídas porque quase todo mundo andava a pé ou de bicicleta e dava mais tempo para ver isto ou aquilo ao contrário de hoje que as pessoas passam “voando” e não mais degustam as belezas espalhadas por todos os cantos e recantos. Então, hoje veremos algumas fotos antigas acompanhadas de poucos comentários. Na próxima semana dissertaremos sobre elas.
FREDERICO LAMPE E LOTHÁRIO KLAUMANN. Aqui os dois amigos encontram-se num gostoso e descontraído “papo”, na parte da manhã de um dia qualquer do ano de 1970, no jardim em frente à casa de Lothário, quem sabe, colocando em dia as fofocas da semana. Era uma época que costumava-se conversar mais. Deles pretendemos falar na próxima edição, pois foram dois importantes personagens da nossa história. Frederico foi o primeiro Prefeito de Rio Negrinho e Lothário foi Cirurgião Dentista.
EDUCAÇÃO FÍSICA FEMININA NO PÁTIO DO EDUCANDÁRIO SANTA TERESINHA, ATUAL COLÉGIO CENECISTA SÃO JOSÉ. Aquela casa de madeira, no outro lado da rua da Luiz Scholz, é a moradia dos padres, que já haviam mudado para a nova casa paroquial anexa ao corpo da igreja matriz. Deste educandário contaremos várias histórias. 
FINAL DA RUA JORGE ZIPPERER. A casa com sacada cercada era a Farmácia do Didi; a seguinte era o comércio de secos e molhados de Margarida Meyer e a última, na esquina, era a Relojoaria Confiança de propriedade de Clóvis Arari de Campos Silva, que foi vice-prefeito de nossa cidade. Na loja da relojoaria, anexa, havia uma banca de revista. Foi ali que adquiri meus primeiros livros. 
EQUIPE DE FUTEBOL “SÃO LUIZ” DA CONGREGAÇÃO MARIANA DE RIO NEGRINHO. Este time, que não era dos piores, foi formado por jogadores da Congregação Mariana da Paróquia Católica de Rio Negrinho e por alguns “enxertos” de outros times de futebol da cidade. O ano era 1966. Na foto vê-se a partir da esq., agachados: Leonardo Pscheidt, José Acácio Piccinini, Glauco Xavier, Pedro Silva (Deque) e Leocádio (Leo) Silva; em pé: José Moreira, Lauro Trentini, Celso Carvalho, Raul Fernandes de Lima, José Cavalheiro Filho (Jéca), Pedro Alves e José Tavares.
PÁTIO DO EDUCANDÁRIO SANTA TERESINHA, DIRIGIDO PELAS IRMÃS RELIGIOSAS, EM DIA DE FESTA NA DÉCADA DE 60. Em primeiro plano, a Irmã Umbelina. Guarde bem esse nome! Lá vem histórias!
RUA JORGE LACERDA QUANDO AINDA TINHA VALETAS NOS DOIS LADOS – DÉCADA DE 40. Estas valetas permaneceram até a década de 60. Na década de 40, na rua as carroças circulavam tranquilamente. Automóveis eram tão raros que quando passava um, as pessoas corriam para as janelas das casas para ver o “fenômeno”. Era tempo em que as boiadas passavam entupindo a rua de ponta a ponta. Aqui aconteceu uma das brigas de bêbados das mais engraçadas que já presenciei. Já a relatei em outra edição, mas não custa nada e vale a pena contá-la outra vez até com mais detalhes. Você vai morrer de rir! Aguarde! 
GRUPO DE JOVENS DA PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUA – 1970. Tempo bom, juventude sadia, sem drogas, sem brigas, sem álcool, nada de arruaceiros ou baderneiros, namoros respeitosos, diversões sadias, respeito e amor familiar entre pais e filhos... 
ENCHENTE NA RUA JORGE LACERDA (rua do Sapo) – 1960 APROXIMADAMENTE. Naquele tempo, as valetas não conseguiam escoar as enxurradas que desciam dos morros dos dois lados da rua e acontecia o que hoje ainda acontece: enchentes.
CONFLUÊNCIA DE RUAS: JORGE LACERDA (RUA DO SAPO) E RUA DOM PIO DE FREITAS.  De um lado a Oficina Mecânica Rio Negrinho e do outro o Bar do Böelitz. Os arredores desta esquina foram palco de muitas histórias interessantes!


CONSIDERAÇÕES FINAIS. Na semana passada provocamos o leitor com a pergunta: Você gostaria de viver no Rio Negrinho antigo ou no atual? Quase todos os que viveram nas épocas passadas deram preferência ao Antigo. Os mais novos preferiram o Rio Negrinho Atual. Dizem estes que antigamente não tinha nada para fazer e que hoje tem TV, jogos eletrônicos para brincar, tem carro e moto para passear e, pasmem, alguns – os mais novos - dizem que hoje não é mais obrigado ir à missa aos domingos. Os mais antigos dizem que naquele tempo ir à missa era parte integral da vida e que em Rio Negrinho tinha cinema, teatro, bons bailes, circos, parques de diversão, corridas de cavalos, futebol nos campos, dava para nadar nos rios de água limpa, etc., etc. Bem! Cada um vive com o que tem! Obviamente os tempos mudam juntamente com os costumes, hábitos e necessidades. Então, hoje, mesmo não tendo tantas coisas como antigamente, o importante é viver seu tempo da melhor maneira possível! Por hoje é só! Um abraço de Celso e outro de Mariana! Fique com Mamãe e Papai do Céu!

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