terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Personalidades de nossa história: Severiano Cézar Linhares, o “CORONÉ CÉZAR”, um exemplo de amor à arte de se comunicar !

"Coroné Cezar" ao lado de Ivo Stoeberl, um dos radialistas por ele revelado (foto: Jornal Perfil 11/12/1999)
Equipe de colaboradores da Rádio Rio Negrinho que fizeram a cobertura das comemorações do centenário de Rio Negrinho, em 1980, onde vê-se a partir da esq. Coroné Cezar, Sergio Gertler, Aristides Sauer, Sirio José Pscheidt, Silvio Gilnei Ropelato, Iria Wiese, Vilmar Uhlig, Ivo Stoeberl e Ernesto Luko (foto: Jornal Perfil 11/12/1999)
Com um estilo genuinamente caipira, "Coroné Cézar" tornou-se um dos radialistas mais conhecidos do Planalto Norte Catarinense (foto: acervo de Yeda Mara Eckel)
Nascido em Porto Belo (SC), em 23/12/1932, Severiano Cézar Linhares, residiu por mais de 50 anos em Rio Negrinho e ficou conhecido pela nossa comunidade com o nome artístico por ele adotado, o de “Coroné Cézar”. O famoso animador de programas sertanejos na Rádio Rio Negrinho durante muitos anos concomitantemente com os programas de Rádio era servidor da Móveis Cimo.
Iniciou suas atividades na Rádio Rio Negrinho em 1º de abril de 1969 onde foi locutor por quase 30 anos.
Batalhador incansável, madrugava com a população no programa matinal “Alvorada Sertaneja”, das 6:00 às 7:00 horas da manhã.
Ao final da tarde realizava o seu programa radiofônico mais marcante, o “Ranchinho do Coroné”, que o tornou conhecidíssimo em toda a região, pois mantinha um estilo genuinamente caipira, na sua locução e programação.
Encerrava em tom solene a sua participação diária na Rádio RN com a apresentação às 18:00 horas da “Oração da Ave Maria”, em homenagem a Nossa Senhora, iniciando este programa sempre com a frase “Que a paz de Deus reine em vossos lares”.
Além destes programas diários, o “Coroné” era apresentador do tradicional programa “A Banda Vem Aí”, sempre aos domingos, no horário do almoço, onde eram apresentadas músicas de bandas, bandinhas e conjuntos musicais, com músicas típicas, que atingia um grande público principalmente de origem européia.
Tornou-se um dos campeões de audiência e fazia da alegria sua principal característica de vida.
Por muitos anos foi apresentador de bailes por toda a região, trazendo a Rio Negrinho artistas famosos para a realização de shows que marcaram época, a exemplo de Canário e Passarinho, Zé Fortuna e Pitangueira, Pedro Bento e Zé da Estrada, Pedro Raimundo, Nhô Belarmino e Gabriela, Leonel Rocha e Campos, Mensageiro e Mexicana, e os Filhos do Rio Grande, entre outros.
Durante muitos anos por uma afinidade muito grande com as crianças, manteve um programa dirigido ao público infantil, através da inconfundível “Vitrolinha do Vovô”.
Ficou famoso por produzir frases de efeito em seus programas sertanejos, a exemplo: “quero mandar um abraço pro meu amigo do morro escorrega um cai dois”; “olha a hora minha gente”; “vamos trabalhar prá grandeza do Brasil”; cumprimentando um aniversariante sempre cumprimentava “tá colhendo mais uma abóbora preciosa na roça de sua vida”; e, uma que ficou famosa, na manhã seguinte ao dia das eleições de 1992, logo na abertura do seu programa matinal: “não vou contar quem ganhou as eleições de Rio Negrinho..... as andorinhas voltaram”, cumprimentando ao então prefeito eleito Dr. Romeu Ferreira de Albuquerque.
“Coroné Cesar” foi casado com Araci e desta união nasceram os filhos Yeda Mara, Luiz Carlos, Gilberto Jorge, Janice Maria, Regina Celia e Solange Aparecida.
Faleceu em 12 de dezembro de 1999, perto de completar 68 anos de idade e seu corpo foi sepultado no Cemitério Jardim da Saudade.
Como forma de reconhecimento pelos seus trabalhos foi denominado "Severiano Cezar Linhares - CORONÉ CÉSAR" a praça situada entre as Ruas Ruth Wolmann Ritzmann, Alda klaumann e a Estrada Campo Lençol, no bairro Industrial Norte, pela Lei nº 1350, de 04 de maio de 2001, pelo Prefeito Mauro Mariani. (texto com base na coluna Gente Nossa/Jornal Perfil de 23/05/1997; e, do Jornal Perfil de 11/12/1999)

2 comentários:

  1. Uma pena a população de nosso bairro, não cuidar da praça como se deve. Graças ao pessoal da Ornato, os jardins ficam bacanas. E o lixo não se acumula....
    Em respeito ao nobre locutos precisamos cuidar da praça, que leva o nome do Coroné...

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  2. O nome Coroné Cezar foi batizado pela dupla Pedro Bento e Zé da Estrada e foi assim que seu Severiano Cézar Linhares me contou na época.

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