Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 10/09/2021, na edição nº 5.389, pág. 4, do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.
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Nota do Autor: O presente artigo, com adaptações, foi escrito em meados de 1984, com base em depoimentos de João Froehner (*27/02/1899 +20/05/1993) e de Alvino Anton (*15/03/1913 +08/10/1998), e de pesquisas do autor desta coluna, quando este exercia o cargo de Diretor do Museu Municipal de Rio Negrinho. Este artigo apresenta alguns aspectos e personalidades que ao longo de nossos primórdios desenvolveram a música de nossa terra.
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Colônia Olsen e a música dos primeiros tempos – Como já escrevemos em outra oportunidade, a partir do início do século XX houve uma verdadeira “invasão” de novos colonizadores a Rio Negrinho. Estes novos colonizadores, na sua grande maioria, descendentes de imigrantes europeus de São Bento do Sul, diante da escassez da oferta de terras naquele território. Com esta “invasão” se formou a Colônia Miranda, Colônia Olsen, a colônia de Rio dos Bugres e a colônia no Rio do Salto. Estas colônias surgem antes mesmo do surgimento da futura Vila de Rio Negrinho, em 1910, e revigorada a partir de 1918, com a vinda da Jung & Cia. (futura Móveis Cimo). Especificamente no tocante a Colônia Olsen, muito próprio ao espírito dos novos colonizadores, forma-se os primeiros conjuntos musicais, na forma de bandinhas. Não eram músicos no sentido literal, mas eram agricultores, com alguma formação e conhecimento musical e que nos finais de semana se reuniam e ajudavam a amenizar a dura vida do campo.
Rosália Pscheidt e João Froehner (Foto: acervo de Ivan Ornelo Floriani)
João Froehner e os primórdios das bandinhas na Colônia Olsen – Nascido em plena Alemanha, a 27/02/1899, João Froehner é filho de Edmundo e Anna Maria Froehner. Quando da emigração o governo alemão estava incentivando a emigrarem devido ao excesso de população do País e sua falta de terras.
João se estabeleceu com os seus pais em Corupá ficando lá até os 18 anos, quando veio tentar a sorte serra acima, onde o seu irmão Max, já estava morando na localidade de Boa Vista.
Rosália Pscheidt Froehner (centro) e seus filhos Affonso, Erica, Erna e Edmundo (Foto: acervo de Vilma Froehner Hantschel)
Entre 1917 e 1919 trabalhou em Rio Negrinho com seu irmão Max e devido as difíceis condições do irmão foi trabalhar a convite com Rodolfo Tureck. Este à época estava construindo uma serraria em sociedade com o irmão Carlos e João ajudou primeiramente na construção do prédio e depois nos afazeres da serraria. Esta serraria ficava situada onde está a atual serraria “Olsen & Fischer”, na localidade de Queimados.
Banda Pscheidt, em 1928, na Colônia Olsen, no qual vemos, a partir da esq., sentados: Carlos Tureck, Profº João Naderer (maestro), Henrique Pscheidt e José Pscheidt; em pé: Carlos Benedito Pscheidt, Antonio Pscheidt (Antoninho), José Munch e Antonio Pscheidt (Antonhão) (Foto: acervo de Willy Pscheidt – em memória, e informações de Affonso G. Froehner)
João Froehner casou-se com Rosalia Pscheidt, em 16/01/1924, e tiveram 4 filhos: Affonso Gerhard, Edmundo, Erna e Erica. Faleceu em Rio Negrinho, em 20/05/1993, com 94 anos. Sua esposa Rosalia faleceu em 2007, com 104 anos.
Na próxima edição vamos continuar a publicação de aspectos da história musical de nosso município! Obrigado!
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