Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 27/08/2021, na edição nº 5.387, pág. 4, do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.
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Nota do Autor: O presente artigo, com pequenas adaptações, foi publicado originalmente na coluna GENTE NOSSA, do Jornal Perfil (edição nº 158, pág. 10, de 24/05/1996), abordando aspectos históricos da apicultura em nosso município. As informações complementares foram prestadas por Ivo Antonio Liebl, atual presidente da APIRIO.
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Como homenagem ao dia do apicultor, no dia 22 de maio, GENTE NOSSA trás breve histórico da apicultura local simbolizado por Afonso G. Froehner, grande incentivador, fundador e presidente por diversas gestões da APIRIO, associação de apicultores local.
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Pioneiro José Brey e sua esposa Carolina Raab
Apicultura primitiva – A primeira pessoa que se tem notícia, a se instalar com abelhas em Rio Negrinho, foi José Brey, no ano de 1886, vindo do Lençol, município de São Bento do Sul; segundo afirmam os antigos, José Brey obteve sucesso com as abelhas, porém, em 21 de junho de 1891, deu-se a maior enchente vista até então em Rio Negrinho, semelhante as enchentes ocorridas em 1983 e 1992, a qual levou todas as caixas de abelhas, mas quando baixaram as águas, a aproximadamente 100 metros do local onde estavam as abelhas, foi encontrado uma das colmeias, enroscada em galhos de árvores, e com esta, José Brey recomeça a produção apícola, conseguindo chegar em 1914, a possuir 360 colmeias.
Este precursor labutou com apicultura até 1929, quando faleceu, ficando a responsabilidade ao filho José Brey Filho, até o ano de 1950 e logo após para Antonio Brey, até 1985.
Apicultura moderna – A partir de 1926, começaram a serem feitos os primeiros aperfeiçoamentos nas técnicas de trabalhar com abelhas, quando João Augustin e Roberto Martin iniciaram criação de abelhas em caixas equipadas com quadrinhos e cera alveolada. Já em 1927, José Brey Junior construiu a primeira centrífuga para extração do mel de favos e ainda no mesmo ano que João Augustin e Roberto Martin adquiriram em sociedade, uma prensa para cera, a qual foi trazida da Alemanha pelo pastor luterano Wilhelm Quast.
José Brey Jr. e sua esposa Anna Augustin
Esses equipamentos acima, os primeiros utilizados em Rio Negrinho, estão hoje em poder de Isidorio Augustin, continuador dos serviços apícolas de João Augustin e Roberto Martin, até nossos dias.
Invasão de abelhas – A partir de 1960, chega a São Paulo, as primeiras matrizes de abelhas africanas. Dali, começam a migrar pouco a pouco, para diversas regiões do País, chegando ao Rio Negrinho, por volta de 1965, provocando inquietações junto a população, visto que uma das características deste tipo de abelha é a agressividade e braveza, diferente das abelhas europeias, até então existentes. (segue na próxima edição)
Apicultor Ivo Antonio Liebl presidente da APIRIO (Foto: autor do Blog)
Notas complementares:
1 – Isidorio Augustin encerrou as atividades apícolas em 2014, e faleceu em 01/12/2017. Seus filhos Élcio, Sérgio e Rogério dão seguimento a esta preciosa tradição familiar.
2 – A sede da Associação dos Apicultores do Norte Catarinense – APIRIO fica situada à rua D. Pio de Freitas, 1047, bairro Centro, em Rio Negrinho.
3 – O presidente da APIRIO, desde 1994, é o apicultor Ivo Antonio Liebl.
4 – O produtor de mel mais antigo em atividades de Rio Negrinho é o agricultor Alfredo Pscheidt, morador da localidade Rio Casa de Pedra, desde 1955.
5 – Nossa cidade, desde 1970, é sede da ICEAL, empresa especializada em produtos destinados a apicultura, fundada por Mário Baumer, hoje, com 92 anos.
Na próxima edição vamos continuar a publicação de aspectos da apicultura de nosso município! Obrigado!
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