26/04/2021
Autor(a): Pricila Pires da Maia
Perfil
Multi - Como que a política entrou na sua vida?
Abel
- A minha entrada na política se deu no ano de 1990, atendendo ao convite do
Mauro Mariani e outros amigos de um grupo que estava sendo formado na época
para fazer parte da política em Rio Negrinho. Esse grupo não queria estar nem
com os partidos tradicionais da época, que basicamente eram o PP e o MDB, então
nós refundamos o PTB. E essa turma começou a fazer a política, a participar.
Fomos até Volta Grande fazer um evento, se não me engano era na eleição da
intendência, e participamos de vários eventos para nos tornar conhecidos. Para
minha surpresa, logo em seguida, em 1992, teve a eleição municipal. Novamente
fui procurado por este grupo, junto com o Mauro, para que eu fizesse a
composição na chapa majoritária, na condição de vice-prefeito, junto com o
Mauro como prefeito, assim, nós participamos daquela eleição. Não fomos
vitoriosos, mas fizemos uma votação muito expressiva. Deu para mostrar a cara
da "gurizada", como éramos chamados. Na eleição seguinte, em 1996, o
Mauro conseguiu se eleger prefeito numa coligação com o PP. Eu fui o vereador
mais votado pelo MDB, com 1.011 votos, e assim começa nossa história na
política, já trabalhando e aparecendo como autoridades municipais eleitas pelo
voto popular. Eu lembro bem nas nossas conversas com o Mauro, e outros
companheiros da época, e o que a gente falava sempre: tornar Rio Negrinho
viável. O que era isso? Fazer com que o empreendedor lá de fora veja Rio
Negrinho como uma cidade que possa investir e que vai ter lucro.
Perfil
Multi - Como foi assumir a Prefeitura após a renúncia do ex-prefeito Almir?
Abel
- Eu estava preparado para isto. Fui vereador por dois mandatos, e duas vezes
presidente da Câmara. Fui secretário de Saúde a convite do Almir. No final,
quando chegou na eleição de 2004, começaram a cogitar quem iria compor a chapa
com Almir ou quem seria cabeça de chapa numa eleição pelo MDB. Meu nome já
figurava. Tinha feito um bom trabalho na secretaria de saúde. E, assim, fomos à
eleição. Eu a o Almir ganhamos. Já era o terceiro mandato consecutivo do MDB.
Infelizmente, o Almir apresentou uma depressão profunda com síndrome do pânico
e saiu para tratar da saúde dele. Assumi a Prefeitura interinamente, e quando
ele renunciou, fiquei definitivamente, até porque corria o risco dele acabar
ficando pior, sofrendo toda a pressão como prefeito. Conseguimos dar uma
clareada na administração. Minha formação é de educação e acabei indo muito nas
escolas, ambiente que sempre gostei de estar, conversando com diretores e
professores, e com pais de alunos. Estavamos muito bem, mas tínhamos aqueles
processos da eleição de 2004 que sempre acabaram nos afetando e prejudicando de
alguma forma a nossa maneira de administrar, porque ficávamos preocupados. Eu entendo
que fomos exitosos porque, no final de 2006, nós estávamos politicamente e
administrativamente muito bem.
Perfil
Multi - O que vocês conseguiram fazer enquanto estavam na Prefeitura?
Abel - Eu fui o prefeito que conseguiu inaugurar o novo hospital. Não é uma obra única da Prefeitura, mas de toda a comunidade. Como prefeito, terminamos a obra, inauguramos e entregamos para a população este hospital, e como munícipe agradeço todas as pessoas envolvidas que ajudaram nesta construção. Também o terminal urbano de passageiros estava em execução, acabou vindo para nós, inauguramos e colocamos em funcionamento. Não só o terminal, mas também o sistema integrado de transporte, que até então não existia. Hoje todo mundo usa o itinerário e locomoção com o transporte. Também tivemos a felicidade de ir a Florianópolis, acompanhado com o Mauro, que na época era deputado. Fomos na secretaria de segurança pública e conseguimos verba para a construção dos dois quarteis. Fizemos o projeto aqui na Prefeitura. Eu consegui inaugurar o dos bombeiros. Tivemos a felicidades de assinar dois convênios muito importantes para Rio Negrinho, um deles a pavimentação dos primeiros quilômetros da SC-112 e outro do aeródromo, os dois eram na faixa de R$ 2 milhões cada. Isso são algumas obras, mas eu, ainda como prefeito iniciei e terminei a escola Marcelino Stoebel, na Volta Grande, assim como outras reformas.
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