Este Blog tem por objetivo o incentivo da pesquisa histórica de Rio Negrinho (SC), colaborando no resgate histórico desta nossa terra.
domingo, 28 de fevereiro de 2021
NOSSA HISTÓRIA: QUEM FOI OLDEGARD OLSEN SAPUCAIA?
Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 19/02/2021, na edição nº 5.360, pág. 8, do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.
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Nossa cidade de Rio Negrinho homenageia o 1º Tenente Aviador Oldegard Olsen Sapucaia, rionegrinhense, que morreu em luta na 2ª Guerra Mundial, com a denominação da praça central de nossa cidade, mais conhecida como a “Praça do Avião”. O presente texto foi redigido com base no texto, com adequações, do site ‘SENTANDO A PUA” – A HISTÓRIA DA AVIAÇÃO MILITAR BRASILEIRA NA SEGUNDA GERRA MUNDIAL – 1943/1945, e no livro “RIO NEGRINHO – SC RAÍZES DA COMUNIDADE” de autoria do ex-prefeito Nivaldo Simões de Oliveira, aos quais agradecemos.
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OLDEGARD - Nascido em Rio Negrinho/SC, em 09/06/1924, Oldegar, era filho de Elvira Olsen Sapucaia e do médico General Alfredo Gomes Sapucaia, e tinha 5 irmãos: Orlando, Djalma, Glicia, Almir e Dirce. Sua mãe Elvira era filha de Adolfo Olsen, tradicional patriarca de nossa terra. De família militar, filho do general médico Alfredo Gomes Sapucaia, herdou o apelido de “Cocinha” de seu irmão, Orlando Olsen Sapucaia, o “Coça” da Arma de Cavalaria.
Oldegard era o caçula da Turma de Aspirantes de 1942 da Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos. Não havia atingido ainda os 20 anos. Ao receber sua estrela de Aspirante a Oficial Aviador foi convidado a permanecer na Academia como instrutor até seu voluntariado na Unidade Expedicionária. Foi piloto de combate da esquadrilha amarela. Era instrutor na Escola de Aeronáutica quando se voluntariou para integrar o 1º Grupo de Caça. Se preparava, em Tarquínia, para a sua 1º missão de combate, fazendo um rápido vôo de treinamento em seu avião P-47.
Em 07/11/1944, o “Cocinha” decolou para cumprir sua missão de ataque a elementos motorizados em Bologna. Ninguém sabe exatamente o que aconteceu, mas quando em alta velocidade e baixa altura, o avião trancou os comandos, Oldegard ainda tentou saltar de paraquedas mas a pouca altitude não permitiu que ele abrisse vindo o piloto a chocar-se mortalmente contra o solo.
Faleceu em Tarquínia (Itália) em 07/11/1944. Seus restos mortais hoje repousam no Monumento dos Pracinhas no Rio de Janeiro, RJ. Foi promovido post-mortem a 1º Tenente Aviador.
Com a morte de Oldegard já está na história, foi homenageado com o nome de Rua, Praças, Escolas e em diversas cidades do Brasil. No Rio de Janeiro, RJ: Rua TEN. Oldegard Sapucaia, no Méier; em Blumenau, SC: Rua TEN Oldegard; em Florianópolis, SC: Rua TEN. Oldegard Sapucaia; em Ijuí, RS: Colégio TEN. Oldegard; em Rio Negrinho, SC: Praça TEN. Oldegard Olsen Sapucaia, onde está colocado um NA T-6, num belo pedestal e uma placa de bronze com o seu nome; em Rio Negrinho, SC: Sala TEN. Oldegard - Ginásio Local.
INAUGURAÇÃO EM 1944 DA PRAÇA OLDEGARD OLSEN SAPUCAIA - Situada na área central junto ao prédio da intendência, quando Rio Negrinho ainda era Distrito de São Bento do Sul, sob a administração local do então Intendente Distrital Péricles Porto Virmond, numa justa homenagem pelo gesto de heroísmo ao abnegado jovem piloto de caça, foi inaugurada a PRAÇA TENENTE AVIADOR OLDEGARD OLSEN SAPUCAIA, ainda em 1944, com a presença de autoridades e de familiares.
INSTALAÇÃO DO AVIÃO EM 23 DE OUTUBRO DE 1975 - A instalação do avião na Praça Tenente Aviador Oldegard Olsen Sapucaia, atualmente mais conhecida como PRAÇA DO AVIÃO, aconteceu em 23 de outubro de 1975 (Dia do Aviador), numa feliz iniciativa do então prefeito Nivaldo Simões de Oliveira. Este avião foi conseguido com o Ministério da Aeronáutica, para distinguir as homenagens da comunidade ao jovem herói rionegrinhense, similar a aeronave pilotada pelo tenente. A inauguração realizada pelo prefeito Nivaldo Simões de Oliveira e contou com a presença de familiares do homenageado, de autoridades militares e civis e ainda da miss Brasil/1975 Ingrid Budag.
Na próxima edição vamos continuar a publicação de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!
QUEM FOI OTTO CARLOS HEINECKE?
Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 12/02/2021, na edição nº 5.359, pág. 8, do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.
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Na semana passada publicamos uma matéria sobre a origem da denominação do Bairro Quitandinha, em nossa cidade, que tem como figura central um pequeno comércio (quitanda), destinada a venda de frutas e verduras, servindo as vezes de um pequeno botequim, que funcionou entre 1945 e 1950, situado a beira da antiga Estrada Dona Francisca, próximo a Igreja São João Batista, de propriedade do alemão Otto Carlos Heinecke. O presente texto é com base na publicação do Blog Rio Negrinho no Passado, em 11/01/2015, com base nas informações de Waltrudis Heinecke e Heinz Heinecke, filhos de Otto Carlos Heinecke, e, ainda, de pesquisas do autor do presente texto.
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Otto Carlos Heinecke, esposa Cristina e sua filha Waltrudis
(Foto: acervo de Heinz Heinecke)
Filho de Carlos e Ida Heinecke, Otto Carlos Heinecke nasceu na cidade de Witzenburg, na Alemanha, à 04 de março de 1898. Serviu no exército alemão durante a 1ª Guerra Mundial, imigrando após esta data, rumo ao Brasil, via Uruguai, se estabelecendo em Santa Cruz do Sul (RS) e mais tarde subindo ao Paraná, numa temporada em Londrina.
Se estabeleceu em Rio Negrinho por volta de 1932. Residiu na localidade de Rio Casa de Pedra, onde se casou em 03/08/1935, com Cristina Tureck, filha de José Tureck e Bertha Tureck.
Permaneceu naquela localidade até 1945, quando adquiriu às margens da Estrada Dona Francisca um terreno, onde veio a construir uma edificação destinado a um salão de bailes e na sua parte frontal, um anexo, destinado a venda de frutas e verduras e de botequim, uma pequena quitanda. Esta quitandinha, serviu de referencial para ser conhecido aquela região, o atual alto do bairro da Quitandinha.
Heinecke, morou até 1950, no bairro Quitandinha, quando mudou-se para a localidade Santa Rosa, município de Francisco Beltrão (PR), onde ficou por 4 anos, retornando a Rio Negrinho, passando a residir na região central da cidade e mais tarde às margens da atual Rodovia Br-280, onde morou até a sua morte em 17/09/1987.
Neste terreno às margens da Rod. Br-280 edificou sua residência, e ao lado pequenas edificações, uma destinada a fabricação de seus famosos bonecos de barro e a outra destinada a um salão de festas, denominado Sanssouci. Seus bonecos de barro ficaram famosos e eram vendidos em frente a sua moradia, e em toda região.
Pequeno salão de festas denominado Sanssouci, atualmente demolido, situado na propriedade de Otto Carlos Heinecke, à Rod. Br-280 (Acervo de Heinz Heinecke)
Quanto ao prédio denominado Sanssouci, destinado a pequenas festas, onde reunia amigos e conhecidos, era uma homenagem ao antigo palácio de Verão de Frederico o Grande, Rei da Prússia, em Potsdam, mesmo à saída de Berlim. É frequentemente incluído na lista dos palácios alemães rivais do Château de Versailles (fonte: Wikipédia).
De espírito alegre, irrequieto e empreendedor, Otto Carlos foi de profissão pintor de paredes, pintor de paisagens e fabricante de bonecos de barro. Esta tradição, de pintor de paredes foi mantida pelo filho Heinz e é seguida pelo neto José Carlos. A fabricação de bonecos e vasos, até hoje é feita pelo seu filho Heinz, atualmente morador na localidade de Lageado, município de Rio Negro.
Bonecos de barro artesanais de fabricação de Heinz Heinecke
(Foto: acervo do autor do Blog)
(Foto: acervo do autor do Blog)
Otto teve 4 filhos: Waltrudis, nascida em 1938; Heinz, nascido em 1940, casado com Zilda Wunsch; Eraldo, nascido em 1942 (já falecido); e, Margarida, nascida em 1944 (já falecida).
Os três irmãos Heinz, Eraldo e Margarida, filhos de Otto Carlos, se tornaram conhecidos por seguirem a profissão de pintor de paredes de pai.
Heinz com sua irmã Waltrudis atualmente moram no Lageado, num sitio onde foi plantador de tabaco, e atualmente está dedicando um antigo afazer de seu pai, a fabricação artesanal de bonecos, vasos e outros produtos de barro.
Na próxima edição vamos continuar a publicação de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!
sábado, 27 de fevereiro de 2021
ORIGEM DA DENOMINAÇÃO DO BAIRRO QUITANDINHA, EM NOSSA CIDADE!
Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 05/02/2021, na edição nº 5.358, pág. 8, do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.
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Um dos bairros de nossa cidade tem a denominação de Quitandinha, que tem como espinha dorsal a antiga Estrada Dona Francisca. Na busca de informações de qual a origem dessa denominação, o Blog Rio Negrinho no Passado, publicou em 05/01/2015, um texto com base em informações com moradores e ex-moradores daquele bairro, entre os quais destacamos Edgar Ilton Hantschel (Eka), Laurindo Zeithammer (Tulo), João Kormann, e, Osvaldo Hubl (Ossi).
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O que leva a determinada localidade ou lugar a ser denominada de uma ou outra forma?
Muitas vezes é o imponderável. Provém muitas vezes do mais corriqueiro. É talvez assim se explique o porquê de nome de Quitandinha.
O Bairro de Quitandinha tem a Estrada Dona Francisca como sua principal via pública de acesso, ou melhor, esta rua é como se fosse a coluna dorsal e as demais ruas fossem as vértebras.
Otto Carlos Heinecke, imigrante alemão, construiu a quitanda e o salão de bailes, origem da denominação do bairro Quitandinha (Foto: acervo de Heinz Heinecke)
Lá pelos idos de 1945, ao tempo que a Estrada Dona Francisca, ainda era o principal elo de ligação rodoviário, entre Joinville e Mafra (a Rod. Br-280 só foi construída ao final da década de 1950), o alemão Otto Carlos Heinecke, construiu um pequeno salão bailes, e em anexo, na sua parte frontal uma barraquinha de madeira destinado à venda de frutas e verduras, às margens da Estrada Dona Francisca, bem próximo a Igreja São João Batista, naquele bairro.
Esta quitanda, que na verdade era um singelo comércio de frutas e verduras, servindo as vezes de um pequeno botequim, batizou o atual bairro, seguindo suas atividades até por volta de 1950, quando o alemão Heinecke vendeu o imóvel a Max Finke.
Por sua Max Finke seguiu com o salão de bailes por algum transferindo mais tarde o empreendimento a Linus Tureck que o reformou e ampliou e mais tarde o vendeu para Engelberto Liebl, que pouco tempo depois vendeu o prédio e foi desmanchado lá pelos idos de 1963. Mas, a denominação de “Quitandinha” permaneceu.
Local exato onde situava-se a quitanda e o salão de bailes,
no bairro Quitandinha (Foto: acervo do autor)
Dentre os moradores mais antigos do Bairro Quitandinha são lembrados, na sua parte alta: Rodolfo Liebl (ferraria), Bernardo Kwitschal, Miguel Tascheck, Emilio Tureck, Otto Zeithammer, Henrique Maros, José Brand, Luiz Liebl e Francisco Hubl; e, na parte baixa: Rodolfo Tureck, Rodolfo Hantschel, José Staffen e Paulo Hatschbach.
Importante frisar que a “Quitandinha” era assim conhecida apenas na sua parte mais alta, e a parte baixa daquele bairro, era conhecido como “Rio dos Bugres”, e as duas partes foram englobadas oficialmente sob a denominação de Bairro Quitandinha, sob a Lei nº 259, de 01/12/1982.
Na próxima edição vamos trazer um breve histórico de Otto Carlos Heinecke, este alemão que adotou nossa terra como sua! Obrigado!
domingo, 14 de fevereiro de 2021
PADRE THOMAZ GASSER
Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 29/01/2021, na edição nº 5.357, pág. 8, do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.
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Nosso município de Rio Negrinho homenageia o Padre Doutor Thomaz Gasser com a denominação de uma escola pública municipal na localidade de Serro Azul, distrito de Volta Grande. O presente texto, com adaptações, tem por base a publicação de 23/12/2017 do Blog Rio Negrinho no Passado.
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Nascido na Alemanha, Heinrich Nikolaus Gasser, em 26 de fevereiro de 1906. Segundo o que nos consta, foi soldado pela Alemanha na 1ª Guerra Mundial. Até a presente data não temos informações de quando migrou para o Brasil.
Ordenou-se sacerdote já aqui no Brasil, em 21 de janeiro de 1930, pela Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), adotando um novo nome como Padre Thomaz Gasser. "A mudança de nome significa assumir uma missão específica, uma função. Deste modo, muitos padres e religiosos passam a assumir um novo nome também quando entram na vida religiosa".
Assumiu em Rio Negrinho, como padre coadjutor – vigário paroquial – em 12 de dezembro de 1951, onde permaneceu nesta função até 14 de outubro de 1966, quando sofreu um acidente vascular cerebral – AVC.
Durante mais de 15 anos percorreu o nosso interior, evangelizando e atendendo as nossas capelas.
Assim se manifestou o então pároco interino padre José Schmitt, segundo consta no Livro do Tombo da Igreja Matriz Santo Antonio de Rio Negrinho: “14 outubro de 1966 – Rev. Pe. Tomaz Gasser S.C.J. coadjutor desta paróquia, que visita há mais quinze anos as numerosas capelas rurais sofreu um derrame cerebral com paralisia do lado direito. Ás 11,00 horas o Pe. José Schmitt S.C.J. administrou-lhe a Sagrado Unção. Está no Hospital local sob cuidado dos três médicos recebendo os recursos possíveis. Dia e noite é assistido pelos nossos irmãos e alunos da Escola Apostólica São José e visitado amiúde pelos sacerdotes. A partir de 16 de outubro já pode comungar diariamente. Hoje, 17 de outubro, o seu estado se apresenta animador; mas pela noite sentindo-se abatido, com pressão alta e dores no coração. Foi sempre zelosíssimo na cura das almas, visitando mensalmente as mais distantes capelas, administrando os sacramentos e instruindo com muito tino e grande amor os fiéis nas verdades da Religião e na renovação do Concílio Vaticano II.”
Do Hospital de Rio Negrinho posteriormente foi transferido para o Hospital Sagrada Família de São Bento do Sul, onde permaneceu internado durante 12 anos, onde veio a falecer em 07 de outubro de 1979, vítima de infarto do miocárdio e trombose cerebral. O seu enterro ocorreu no dia seguinte, com grande concorrência popular, e foi sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul.
Em sua homenagem o então Prefeito Municipal de Rio Negrinho – Guido Ruckl – através da Lei Municipal nº 460, de 09 de outubro de 1991, denominou a Escola Reunida Municipal, criada pela Lei nº 22, de 24 de setembro de 1971, na localidade de Serro Azul, distrito de Volta Grande, como "ESCOLA REUNIDA MUNICIPAL PADRE DR. TOMAS GASSER", atualmente EMEBI PADRE DR. TOMAS GASSER.
Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!
sábado, 13 de fevereiro de 2021
PROFESSOR RICARDO HOFFMANN
Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 22/01/2021, na edição nº 5.356, do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.
Publicado em 13/02/2021 - Atualizado em 16/05/2021
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O presente texto, com adaptações, tem por base a publicação de 15/05/2018 do Blog Rio Negrinho no Passado. Um agradecimento especial pelas informações e fotos à sra. Yara Maria de Goss, neta do professor Ricardo Hoffmann, residente em Curitiba/PR.
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Ineditismo - O Blog Rio Negrinho no Passado, publicou em maio de 2018, três textos sobre a trajetória dos professores Ricardo Hoffmann, Humberto Hermes Hoffmann e Freya Hoffmann Wettengel, pai e filhos, que estão ligados aos primórdios do ensino escolar de Rio Negrinho, na década de 1920. O fato inédito encontrado é que estes três professores são homenageados com a denominação de escolas públicas, em três municípios diferentes de SC: Professor Ricardo Hoffmann, em Rio Negrinho, Professor Humberto Hermes Hoffmann, em Nova Veneza e Professora Freya Hoffmann Wettengel, em Concórdia.
Homenagem - Nossa cidade de Rio Negrinho homenageia Ricardo Hoffmann com a denominação de uma via pública, situada no Bairro Cruzeiro e de uma importante escola municipal, situada no bairro Industrial Norte. Mas, até a publicação do texto no Blog Rio Negrinho no Passado, não se tinha um histórico deste personagem, e muito menos uma imagem sua, salvo informações históricas de sua atuação por nossa cidade nas décadas de 1920/1930. O então Prefeito Paulo Beckert, quando da criação da recém construída escola no bairro Industrial Norte, resolveu homenageá-lo, e, assim ficou conhecido, apenas como sendo o professor daquele prefeito.
Ricardo Hoffmann - Richard Hoffmann ou Ricardo, é filho de Frederico Carlos Roberto e Elisabeth Hoffmann, nascido em 05/09/1880, no bairro de Lichterfelde, na cidade de Berlim, capital alemã. Imigrou para o Brasil em 1903, com 23 anos, em companhia de seu irmão Roberto, com 27 anos, sua irmã Elisabeth, com 25 anos, e sua mãe, também de nome Elisabeth, com 53 anos.
Ricardo, já professor, então com 30 anos de idade, casou-se em 01/10/1910, morador da localidade Warnow, na cidade de Indaial, com Elsa Zeisemer. Elsa, era natural de Indaial, e então contava de 21 anos de idade.
Lecionou posteriormente em Blumenau, e em 04/06/1925, assumiu as atividades de magistério em Rio Negrinho, diante da “renúncia” do seu irmão e professor Roberto Hoffmann de Rio Negrinho, em dezembro de 1924, e da remoção da professora Adelaide da Costa, no início de 1925, para a localidade de Avencal, município de Mafra.
A Escola situada no centro da cidade, na posse de Ricardo Hoffmann contava então com 56 alunos, que até outubro daquele ano, subiu para 80 alunos, quando a escola foi desdobrada. Além de professor do ensino regular, foi professor de língua alemã.
Diante do aumento anual sucessivo de alunos, foram nomeados os filhos de Ricardo, em março de 1927, Humberto Hermes Hoffmann, então com 16 anos de idade, e em 1929, Freya, com apenas 15 anos de idade.
Em 22/05/1932, um tufão se abateu sobre a então Vila de Rio Negrinho, inclusive destruindo o edifício escolar, que contava com 139 alunos, que passou a funcionar no pequeno salão Brusky.
Com o prédio escolar destruído o Governo do Estado tomou a decisão de estadualizar a escola, e construir um novo prédio, livre das enchentes, situado no atual bairro Cruzeiro, com 4 salas de aula, o futuro Grupo Escolar Professora Marta Tavares, inaugurado em 17/09/1933.
Com a estadualização da futura Escola Marta Tavares, professor Ricardo Hoffmann não lecionou mais neste estabelecimento, pois, ele não consta na relação de seus professores.
Tem-se notícia que após esta data, provavelmente, foi somente professor de língua alemã no contra turno escolar naquela Escola.
Não se tem informação de quando tenha retornado à Blumenau, onde continuou o seu magistério.
Sua mãe Elisabeth, que morava com ele, em Rio Negrinho, faleceu em 11/09/1931, com 81 anos de idade, e está sepultada em nossa cidade.
Em 12/08/1954, veio a falecer em Blumenau a sua esposa Elsa, onde foi sepultada, e após esta data mudou-se para Concórdia onde foi morar com sua filha professora Freya, onde faleceu em 17/06/1957.
Nota complementar do Prof. Osny Zipperer sobre o texto:
Complementando, sobre o tufão que se abateu sobre RN, ele ainda destruiu a torre da Igreja Luterana e também acabou com uma importante festa dos atiradores de Rio Negrinho e São Bento, deixando ainda muitos outros prejuízos à comunidade, como o destelhamento de muitas casas, árvores derrubadas etc., provocando inclusive uma vítima fatal. A senhora Anna Ilg, filha do venerado casal Guilherme Bollmann e sua esposa, redator do jornal “Zeitung” e esposa de Martim Ilg, guarda-livros de Luiz Olsen, mãe de 7 filhos menores, foi atingida por um pinheiro arrancado e quebrado, do quintal do ferreiro Zipperer lhe fraturando o crânio sendo que às 18 horas do mesmo dia veio a falecer.
Na próxima edição continuaremos a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!