Nota do Blog: Apresentamos o texto publicado originalmente na coluna "Nossa História" em 11/12/2020, na edição nº 5.351 (pág. 7), do Jornal Perfil Multi de Rio Negrinho. O Administrador deste Blog, a partir de 07/08/2020, passou a integrar a equipe de colaboradores daquele jornal, na apresentação de uma coluna semanal de abordagem de aspectos históricos do nosso município.
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O presente texto tem por base informações de Nery
Waltrick Neto, Doralice Nunes (Nina), Maricler Nunes (Nega) e Fabio Nunes, a
quem agradecemos, e em pesquisas do autor desta coluna.
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Histórico - A ponte construída sobre o rio Negrinho, entrada do Bairro Bela
Vista, originalmente sem corrimão, era da altura das ruas laterais, foi conhecida
como ‘Ponte do Engel”, pois tudo leva a crer, foi construída ou reconstruída
por Luiz Germano Engel, proprietário da extinta Olaria Engel, para acesso a
retirada do barro com acesso por um caminho, que constitui-se na atual rua Otto
Dettmer.
Com a instalação do Bar do Gibaco ao lado desta ponte, a denominação
popular de “Ponte do Engel” tornou-se pouco conhecida ao longo dos anos,
permanecendo, porém, como “Ponte do Gibaco”.
Em virtude da precariedade da ponte de madeira,
em 1965, foi construída a atual ponte em concreto, bem acima do nível anterior,
para o qual a rua Carlos Hantschel foi aterrada, deixando as casas próximas a
ponte, completamente desniveladas. De um lado se situava o “Casarão de Willy
Werner” popularmente conhecida como "Porão do Werna", e de outro o
Bar do Gibaco.
Após a construção da nova ponte, ela foi
denominada pelo Governo do Estado de SC, como “Ponte Engenheiro Nery Waltrick”,
por iniciativa do então do Deputado Estadual Haroldo Ferreira, eleito pela
região de Canoinhas.
Esta coluna apresenta alguns dados que procuram
aclarear a figura destes 3 personagens, que foram homenageados oficial e
popularmente nesta ponte.
Luiz Germano Engel - Era empresário do ramo de olaria, com fabricação de telhas e tijolos,
talvez a primeira neste ramo em nossa cidade. Segundo registros já residia em
nossa cidade em 1924, e no ano 1930, atuava com olaria em Rio Negrinho. Sua
olaria, atualmente extinta, situava-se na rua Willy Jung, confrontando-se com o
terreno da Móveis Cimo, atualmente pertencente a Prefeitura de Rio Negrinho.
Luiz Germano Engel (esq.) na festividade do Clube
de Bolão Rio Negrinho (Imagem do acervo do Arquivo Municipal de Rio Negrinho)
Nascido em São Bento do Sul, em 29/09/1902, era filho de Francisco e
Anna Engel, oriundos da Alemanha. Faleceu em Rio Negrinho em 29/04/1961 e
está enterrado em nossa cidade. Foi casado com Bárbara Engel, filha de
Francisco e Hanna Hannusch, oriunda de São Bento do Sul, e tiveram como filhos:
Haroldo, Francisco Orlando, Iris, Herbert e Donaldo Engel. Além de empresário,
foi bolonista do Clube de Bolão Rio Negrinho. Foi Vereador em nossa na primeira
legislatura, entre 1954 e 1958.
Joaquim Nunes – Gibaco - Joaquim Nunes, era natural de Rodeio-SC, nascido em 16/06/1917, filho de
Bonifácio Manoel Nunes e de Josefa Nunes. Se estabeleceu em Rio Negrinho, em
meados da década de 1930, quando foi pensionista de Martha Scholz da Luz, onde
conheceu a sua futura esposa Alice da Luz, e tiveram 05 filhos: Osmail Joaquim
(Ia), Osnir (Nico), Maricler (Nega), Osmar (Nêne) e Ortiz José (Teleco). Trabalhou
na Móveis Cimo, até o final da década de 1960, onde chegou na função de
encarregado de setor.
Joaquim Nunes (Gibaco) e Alice da Luz (foto acervo Doralice Nunes –
Nina)
Gibaco em companhia de sua esposa Alice criaram ao final da década de
1950 ao lado ponte do “Engel” um pequeno bar, denominado Bar União, mais conhecido
por Bar do Gibaco, onde mais tarde ofereceu jogos de sinuca e pebolim, onde atuaram
até o final da década de 1970, quando se mudaram numa curta temporada para a
cidade de Mafra.
Dona Alice, mulher batalhadora, junto a sua residência, manteve por boa
temporada uma pequena pensão. Era filha de Getulio da Luz e de Martha Scholz,
nascida em 25/06/1922, veio a falecer prematuramente Rio Negrinho a 07/03/1972.
Joaquim Nunes (Gibaco) veio a falecer em 27/07/1997, em Rio Negrinho. O casal encontra-se
enterrado no cemitério de nossa cidade.
Através de sucessão familiar, o Bar União passou para a posse de Osnir
Nunes (Nico), que em companhia da esposa Doralice (Nina), permaneceram com o
bar, lanchonete e jogos até 1997. E a partir desta data, quem
assumiu os negócios, foi Fábio Nunes, um dos netos, atualmente com restaurante,
com a denominação atual de Arte Caseira Restaurante.
Nery Waltrick - Nascido
no dia 16/06/1916, em Lages-SC, Nery Waltrick é filho de Luiz de Oliveira
Waltrick e Maria Leopoldina Ribeiro Waltrick. Tinha como profissão a de engenheiro
geógrafo. Era servidor Departamento de Estradas e Rodagens – DER/SC.
Engenheiro
Nery Waltrick (Imagem do acervo de Nery Waltrick Neto)
Foi casado com Filomena Bojarski Waltrick e teve
03 filhos. Faleceu em 09/06/1965 no percurso da Estrada Mafra e Canoinhas,
vítima de infarto fulminante. Encontra-se sepultado em Canoinhas-SC. Além da homenagem
da denominação da ponte em Rio Negrinho, na cidade de Canoinhas estabeleceu uma
rua com o seu nome.
Na próxima edição continuaremos
a tratar de aspectos da história de nossa terra! Obrigado!