Otto Carlos Heinecke, esposa Cristina e sua filha Waltrudis (Foto: acervo de Heinz Heinecke) |
Otto Carlos Heinecke, na localidade de Rio Casa de Pedra e a colheita da mandioca destinado a fabricação de farinha (Foto: acervo de Heinz Heinecke) |
Otto Carlos Heinecke, na localidade de Rio Casa de Pedra e o moinho destinado a fabricação de farinha de mandioca (Foto: acervo de Heinz Heinecke) |
Otto Carlos Heinecke e amigos num mutirão, na localidade de Rio Casa de Pedra, na construção de um galpão (Foto: acervo de Heinz Heinecke) |
Nota do Blog:
Recentemente este Blog publicou uma matéria sobre a origem da denominação do
Bairro Quitandinha, no qual todos os entrevistados apontam para uma singela
quitanda destinada a venda de frutas e verduras, situada às margens da Estrada
Dona Francisca, no alto do Bairro Quitandinha, construída por Otto
Carlos Heinecke, nos idos de 1945. Alemão de nascimento, muitos ainda lembram de sua pessoa em sua moradia às margens da Rod. Br-280, próximo a entrada da empresa Sólida. A seguir escrevemos um pouco sobre a sua história.
Filho de
Carlos e Ida Heinecke, Otto Carlos Heinecke nasceu na cidade de Witzenburg, na
Alemanha, à 04 de março de 1898. Serviu no exército alemão durante a 1ª Guerra
Mundial, imigrando após esta data, rumo ao Brasil, via Uruguai, se
estabelecendo em Santa Cruz do Sul (RS) e mais tarde subindo ao estado do Paraná numa temporada
em Londrina.
Se estabeleceu em
Rio Negrinho por volta de 1932. Residiu na localidade de Rio Casa de Pedra,
onde se casou em 03/08/1935, com Cristina Tureck, filha de José Tureck e Bertha
Tureck.
Otto Carlos Heinecke e seus filhos Heinz, Waltrudis e Eraldo, num singelo teatro no salão da Quitandinha, pelos idos de 1948 (Foto: acervo de Heinz Heinecke) |
Permaneceu
naquela localidade até 1945, quando adquiriu às margens da Estrada Dona
Francisca um terreno, onde veio a construir uma edificação destinado a um salão
de bailes e na sua parte frontal, um anexo, destinado a venda de frutas e
verduras e de botequim, uma pequena quitanda. Esta quitandinha, serviu de
referencial para ser conhecido aquela região, o atual alto do bairro da
Quitandinha.
Heinecke, morou
até 1950, no bairro Quitandinha, quando mudou-se para a localidade Santa Rosa,
município de Francisco Beltrão (PR), onde ficou por 4 anos, retornando a Rio
Negrinho, passando a residir na região central da cidade e mais tarde às
margens da atual Rodovia Br-280, onde morou até a sua morte em 17/09/1987.
Neste
terreno às margens da Rod. Br-280 edificou sua residência, e ao lado pequenas
edificações, uma destinada a fabricação de seus famosos bonecos de barro e a
outra destinada a um salão de festas, denominado Sanssouci.
Seus
bonecos de barro ficaram famosos e eram vendidos em frente a sua moradia, e em
toda região.
Salão Sanssouci, situado ao lado da moradia de Otto Carlos, numa das festas destinada aos amigos e conhecidos. (Foto: acervo de Heinz Heinecke) |
Quanto ao prédio denominado Sanssouci,
destinado a pequenas festas, onde reunia amigos e conhecidos, era uma homenagem
ao antigo
palácio de Verão de Frederico o Grande, Rei da Prússia, em Potsdam, mesmo à
saída de Berlim. É frequentemente incluído na lista dos palácios alemães rivais
do Château de Versailles (extraído do site Wikipédia).
De espírito
alegre, irrequieto e empreendedor, Otto Carlos foi de profissão pintor de paredes, pintor de
paisagens e fabricante de bonecos de barro. Esta tradição, de pintor de paredes foi mantida pelo filho Heinz e é seguida pelo neto José Carlos.
A fabricação de bonecos e
vasos, até hoje é feita pelo seu filho Heinz, atualmente morador na localidade
de Lageado, município de Rio Negro.
Otto Carlos Heinecke com seu vizinho e amigo Afonso Spitzner, numa das festas no Salão Sanssouci (Foto: acervo de Heinz Heinecke) |
Otto teve 4
filhos: Waltrudis, nascida em 1938; Heinz, nascido em 1940, casado com Zilda
Wunsch; Eraldo, nascido em 1942 (já falecido); e, Margarida, nascida em 1944
(já falecida).
Heinz Heinecke, seus bonecos de barro e as peripécias nas bicicletas
Waltrudis Heinecke, Heinz Heinecke e sua esposa Zilda Wunch (Foto: acervo do autor do Blog) |
Os três
irmãos Heinz, Eraldo e Margarida, filhos de Otto Carlos, se tornaram conhecidos por
seguirem a profissão de pintor de paredes de pai.
Heinz e o
irmão Eraldo também se tornaram conhecidos pelas peripécias em corridas de
bicicletas. Para eles as bicicletas eram um veículo diário de transporte,
portanto, acostumados ao seu uso.
Corrida de bicicletas promovida pela Comercial Miner, pelos idos de 1963, com o patrocínio da fábrica de bicicletas Monark (Foto: acervo de Heinz Heinecke) |
Lá pelos idos de 1962/1963 a Comercial Miner
promoveu disputas ciclísticas. Uma delas de ida e volta entre a cidade de Rio
Negrinho até a ponte do rio Preto, na qual Heinz Heinecke ficou colocado em
terceiro lugar. E na outra, de ida e volta, entre Rio Negrinho e o trevo de
Oxford em São Bento do sul, na qual os irmãos Heinz e Eraldo se colocaram em primeiro
e segundo lugar.
Imagem de Eraldo Heinecke em exibição ciclística (Foto: acervo de Heinz Heinecke) |
Heinz com
sua irmã Waltrudis atualmente moram no Lageado, num sitio onde foi plantador de
tabaco, e atualmente está dedicando um antigo afazer de seu pai, a fabricação
artesanal de bonecos, vasos e outros produtos de barro.
Bonecos de barro artesanais de fabricação de Heinz Heinecke (Foto: acervo do autor do Blog) |
Vasos de barro artesanais de fabricação de Heinz Heinecke (Foto: acervo do autor do Blog) |
Casas de passarinhos artesanais de fabricação de Heinz Heinecke (Foto: acervo do autor do Blog) |
Muito boa a reportagem.Parabéns pelo empenho e dedicação!
ResponderExcluirBoa reportagem sobre meu opa.
ResponderExcluir