Barão do Rio Branco |
Nota do Blog: Nossa cidade de Rio Negrinho
homenageia o Barão do Rio Branco, advogado, geógrafo, historiador e
principalmente diplomata brasileiro, que durante mais de 40 anos prestou grandiosos
serviços ao Brasil, com a denominação de uma importante via pública, situada no
Bairro Vila Nova. O presente texto foi extraído do site “Wikipédia – A enciclopédia
livre”, a quem agradecemos.
José Maria
da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, nascido
no Rio de Janeiro em 20/04/1845, e falecido no Rio de Janeiro em 10 de
fevereiro de 1912, foi advogado, diplomata, geógrafo e historiador
brasileiro. Em 1862, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, porém
transferiu-se no último ano para a Faculdade de Direito do Recife onde
recebeu o grau de bacharel. Filho de José Maria da Silva Paranhos, Visconde do
Rio Branco, Rio Branco é o patrono da diplomacia brasileira brasileira
e uma das figuras mais importantes da história do Brasil.
Iniciou-se
nas letras em 1863, nas páginas da revista Popular, com uma biografia de Luis
Barroso Pereira, comandante da fragata Imperatriz. Posteriormente, em
1866, na revista I’Illustration, desenhou e escreveu sobre a guerra do
Paraguais, defendendo o ponto de vista do Brasil.
Em 1868,
substituiu por três meses Joaquim Manuel de Macedo como professor na cadeira de
coreografia e história do Brasil, no Colégio D. Pedro II.
A diplomacia
Iniciou-se
na carreira política como promotor e deputado, ainda no Império. Em 1871 foi
redator no periódico A Nação, tendo colaborado, a partir de 1891, no Jornal do
Brasil. Cônsul-geral em Liverpool a partir de 1876, foi ministro acreditado na
Alemanha em 1900, assumindo o Ministério das Relações Exteriores, de 3 de
dezembro de 1902 até sua morte, em 1912. Ocupou o cargo ao longo do mandato de
quatro presidentes da república -- governos de Rodrigues Alves, Afonso Pena,
Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca – configurando-se uma unanimidade nacional em
sua época.
Recebeu
o título de barão do Rio Branco às vésperas do fim do período imperial,
mas continuou a utilizar o título "Rio Branco" em sua assinatura
mesmo após a proclamação da república, em 1889. Isso se deu por ser um
monarquista convicto e para homenagear seu falecido pai, o senador e diplomata
José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco.
Questões internacionais
Sua
maior contribuição ao País foi a consolidação das fronteiras brasileiras, em
especial por meio de processos de arbitramento ou de negociações bilaterais,
dos quais se destacam três questões de fronteiras:
Amapá
Obteve
uma vitória sobre a França sobre a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa,
causa ganha pelo Brasil em 1900 em uma arbitragem do governo suiço. A fronteira
foi definida no rio Oiapoque.
Palmas
Em
1895, havia já conseguido assegurar para o Brasil boa parte do território dos
estados de Santa Catarina e Paraná, em litígio contra a Argentina no que ficou
conhecido como a questão de Palmas. Essa primeira arbitragem foi decidida pelo
presidente norte-americano Grover Cleveland, e teve como opositor pelo lado da
Argentina Estanislau Zeballos, que mais tarde se tornou ministro do exterior
argentino e durante muito tempo acusou Rio Branco de perseguir uma política
imperialista.
Acre
Foi
o prestígio obtido nesses dois casos que fez com que Rodrigues Alves escolhesse
Paranhos para o posto máximo da diplomacia em 1902, quando o Brasil estava
justamente envolvido em uma questão de fronteiras, desta vez com a Bolívia.
Esta
tentava arrendar uma parte do seu território a um consórcio empresarial
anglo-americano. A terra não era reclamada pelo Brasil, mas era ocupada quase
que integralmente por colonos brasileiros, que liderados por Plácido de Castro
resistiam às tentativas bolivianas de expulsá-los, episódio que ficou conhecido
como "Revolução Acreana".
Em
1903, assinou com a Bolívia o tratado de Petrópolis, pondo fim ao conflito dos
dois países em relação ao território do Acre, que passou a pertencer ao Brasil
mediante compensação econômica e pequenas concessões territoriais. Esta é a
mais conhecida obra diplomática de Rio Branco, cujo nome foi dado à capital
daquele território (hoje estado).
Outros sucessos e reconhecimento
Negociou
com o Uruguai o condomínio sobre o rio Jaguarão e a Lagoa Mirim, essencialmente
uma concessão voluntária do Brasil a um vizinho que necessitava daqueles
canais. Por essa razão, foi homenageado pelo governo do Uruguai, sendo
conferido seu nome à antiga Pueblo Artigas, hoje cidade de Rio Branco, no
departamento de Cerro Largo, vizinha da brasileira Jaguarão.
O
município de Paranhos - MS, localizado na fronteira com o Paraguai foi batizado
em sua homenagem.
Em
1908, então no Rio de Janeiro, convidou o engenheiro Augusto Ferreira Ramos a
projetar um sistema teleférico que facilitasse o acesso ao cume do morro da Urca,
conhecido mundialmente como o bondinho do Pão de Açúcar.
Em
1909, seu nome foi sugerido para a sucessão presidencial do ano seguinte. Rio
Branco preferiu declinar de qualquer candidatura que não fosse de unanimidade
nacional.
Foi
presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1907 - 1912) e
escreveu dois livros.
Seu
filho, Paulo do Rio Branco, foi um proeminente jogador de rugby do Brasil na
França.
Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira |
Últimos dias
Sofrendo
de problemas renais, pediu demissão de seu cargo, o que foi negado pelo
presidente Hermes da Fonseca. Em
seus últimos instantes de vida, lamentou o bombardeio da capital baiana,
Salvador, motivado por uma crise política e ocorrido em 10 de janeiro de 1912.
Sua
morte, ocorreu durante o carnaval de 1912, alterou o calendário da festa
popular naquele ano, dado o luto oficial e as intensas homenagens que lhe
renderam na cidade do Rio de Janeiro.
Por
ajudar na consolidação do território nacional sempre buscando soluções
pacíficas para os conflitos com os vizinhos do Brasil o Barão do Rio Branco é
considerado o patrono da diplomacia
brasileira.
Seu
corpo foi sepultado no jazigo de seu pai, no Cemitério do Cajú, na cidade do Rio
de Janeiro.
Academia Brasileira de Letras e
Homenagens
Foi
o segundo ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleito
em 1º de outubro de 1898, na sucessão de João Manuel Pereira da Silva.
Atualmente,
também há referência a seu famoso título de nobreza no nome do notório Instituto
Rio Branco – IRBr (instituição de ensino superior subordinada ao Ministério das
Relações Exteriores, que forma diplomatas de carreira). Fundado em 1945 como
parte da comemoração do centenário de nascimento do Barão do Rio Branco, o IRBr
localiza-se em Brasília atrás do Palácio do Itamaraty.
Seu título é também
atribuído ao nome do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, localizado na cidade
de Urussanga - SC, à cidade de Rio Branco, capital do Estado do Acre, à Avenida
Rio Branco, uma das principais vias urbanas do centro da cidade do Rio de
Janeiro, capital, a Rua Barão do Rio Branco em Curitiba –PR, a Rua Barão do Rio
Branco em nossa cidade de Rio Negrinho - SC.