Professora Martha Marieta Tavares Leal (Foto: extraída do site da Câmara de Vereadores de Rio Negrinho) |
Nota do Blog: Nossa cidade de
Rio Negrinho homenageia Martha Marieta Tavares Alves, ou simplesmente
Professora Marta Tavares, de origem são-bentense, que durante 16 anos prestou
serviços ao magistério, com a denominação da mais antiga escola em atividade em
nossa cidade, situada no bairro Cruzeiro. O presente texto foi extraído do site
oficial da Câmara de Vereadores de Rio Negrinho, publicado em 13/09/2013, e,
complementado com informações do autor do Blog.
MARTA MARIETA TAVARES ALVES nascida em São Bento do Sul,
em 24 de dezembro de 1888, filha de Manoel Gomes Tavares, brasileiro e Martha
Richter Tavares, natural da Saxônia, na Alemanha. Seu pai Manoel Gomes Tavares
foi prefeito de São Bento do Sul, de 01/01/1903 até 31/12/1914.
Suas duas
irmãs Ceci e Ilsa Thadia também foram professoras. Delas escreveram Osny
Vasconcellos e Alexandre Pfeiffer em "São Bento - Cousas do Nosso
Tempo" (1991, 362, 366, 218-220): “Quem
da nossa geração, pode negar o valor profissional das educadoras Martha e Ilsa
Tavares e sua contribuição na formação moral e intelectual da juventude
são-bentense, na época? Educadoras natas, trouxeram do berço as qualidades que
revelavam no desempenho do sacerdócio. Eram ambas filhas de Manoel Gomes
Tavares, varão ilustre, originário de um dos troncos vicentinos do litoral
norte-catarinense e que estabeleceu-se na novel colônia serrana, à qual trouxe,
com sua presença marcante, as primeiras manifestações de brasilidade".
Até seus 14 anos Martinha (como era mais conhecida) estudou na
escola Alemã, indo após para Curitiba onde cursou a Escola Normal, terminando
seus estudos em 1908.
Em 1910 foi nomeada para reger a escola pública no município de Lapa,
PR.
Em 1911 foi, a pedido, removida para Fragosos, município de Rio
Negro, PR.
Em 1912 tendo vagado a escola pública de São Bento, foi para lá
nomeada. Exerceu este cargo até 15 de agosto de 1918, data em que passou a
dirigir o Grupo Escolar “Professor Orestes Guimarães”, então Escolas Reunidas
São Bento.
Casou-se com Francisco Theotônio Alves, funcionário estadual, em
24 de junho de 1918, acompanhando-o em suas remoções.
Em 1919 foi, a pedido, removida para Porto União, onde foi
diretora das, então “Escolas Reunidas”, até 1921. Nesse ano foi removida para
São Francisco, onde exerceu o cargo de professora do Grupo Escolar “Felipe
Schmidt” e Escola Complementar anexa.
Desse grupo foi removida em 1923 para o “Silveira de Souza” em
Florianópolis, onde, por algum tempo, exerceu interinamente a direção.
Em 1926 voltou novamente para São Francisco, onde se achava
lecionando no Grupo Escolar “Felipe Schmidt”. Aí adoeceu. Faleceu aos 15 de abril de 1928 em Joinville,
onde fora se tratar e em cujo cemitério municipal jazem seus restos mortais.
Grupo Escolar Professora Marta Tavares (Foto:acervo de Foto Weick) |
Profundamente religiosa, nunca teve filhos e se dedicava à
educação e instrução da infância, que amava de todo o seu coração. Ex-alunos
seus de São Bento do Sul, que se transferiram para Rio Negrinho, (famílias
Zipperer, Jung e Ehrl) querendo prestar uma homenagem à sua professora, pediram
ao Governador do Estado, na época Sr. Nereu Ramos, que desse o nome de “MARTA
TAVARES” ao Grupo Escolar fundado em Rio Negrinho, em 1933.
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