Filho de Josef e de Theresia Palla, Francisco (Franz) nasceu em Reichenau, Boêmia, em 1842, imigrando para o Brasil, em julho de 1876, através do Navio Vandália, com sua esposa Amalie (então com 33 anos) e a filha Maria, então com 2 anos. Era de religião católica. Era pintor de profissão, que já exercia na Europa.
Quadro "Sagrado Coração de Jesus", pintado por Francisco Kwitschal, pertencente a Elisabeth Kwitschal Paul |
Veio acompanhado de toda a
família, seu pai, Josef, já viúvo, então com 72 anos; seus irmãos Josef, então
com 34 anos, casado com Barbara e sua filha, Bertha, então com 9 meses, e Carl,
então com 23 anos, solteiro.
Quadro "Nossa Senhora Mãe de Jesus", pintado por Francisco Kwitschal, pertencente a Adolar Pscheidt |
Estabeleceu-se na localidade de
Lençol, em São Bento do Sul, por volta de 1879, na Estrada do Lago. Logo ao
estabelecer-se sentiu o drama a adaptar-se a nova vida, ou seja, sem nenhuma experiência
em trabalhar à terra, vindo a morar numa modesta palhoça feita de taquaras, que
pouco tempo depois pegou fogo, queimando todos os pertences e documentos.
Para arranjar dinheiro nos primeiros tempos trabalhou na construção da Estrada Dona Francisca, onde iniciavam a jornada de trabalho às 6:00 horas da manhã e seguiam até às 18:00 horas, indo e voltando a pé de Lençol até o local de trabalho.
Para arranjar dinheiro nos primeiros tempos trabalhou na construção da Estrada Dona Francisca, onde iniciavam a jornada de trabalho às 6:00 horas da manhã e seguiam até às 18:00 horas, indo e voltando a pé de Lençol até o local de trabalho.
Quadro "Primeira Comunhão", pintado por Francisco Kwitschal, pertencente a Similinda Sofia H. Salomon |
Trabalhou nesta obra até a
Estrada encontrar o rio dos Bugres, em Rio Negrinho, isto em 1880, não deixando
de fazer as plantações em seu lote de terras.
A partir desta data começou a exercer a sua verdadeira profissão, a de
pintor.
Quadro "Exposição de Frutas", pintado por Francisco Kwitschal, pertencente a Similinda Sofia H. Salomon |
Suas pinturas eram de toda a natureza, principalmente quadros sacros, que estão espalhados por várias capelas e igrejas de toda a região, principalmente de São Bento do Sul e Rio Negrinho.
Note-se que os quadros da Via Sacra, que estão expostos na Igreja Matriz Santo Antônio de Rio Negrinho, foram pintados por Francisco, por encomenda de José Brey, que os doou a primitiva Capela da cidade, em 1926.
Note-se que os quadros da Via Sacra, que estão expostos na Igreja Matriz Santo Antônio de Rio Negrinho, foram pintados por Francisco, por encomenda de José Brey, que os doou a primitiva Capela da cidade, em 1926.
Quadro da primeira estação da Via Sacra da Igreja Matriz Santo Antonio de Rio Negrinho, de autoria de Francisco Kwitschal (Foto: Bibi Weick)
Quadro da décima segunda estação da Via Sacra da Igreja Matriz Santo Antonio de Rio Negrinho, de autoria de Francisco Kwitschal (Foto: Bibi Weick)
Quadro da décima terceira estação da Via Sacra da Igreja Matriz Santo Antonio de Rio Negrinho, de autoria de Francisco Kwitschal (Foto: Bibi Weick)
"Crucifixo e Nossa Senhora das Dores", pintado por Francisco Kwitschal, pertencente a Similinda Sofia H. Salomon |
Francisco residiu em Lençol até
1917, mudando-se daí para Rio Negrinho, em terras do filho Henrique, situadas onde encontra-se o Loteamento Paulo Beckert, no bairro Campo
Lençol, de onde mais tarde mudou-se para a rua São Bernardo.
Aqui em Rio Negrinho continuou a exercer a sua obra, ainda não catalogada. Alguns quadros localizados recentemente, de autoria de Francisco, expostos em residências de seus descendentes, não se encontram assinados por ele, sabendo-se por tradição oral, que foram pintados por ele.
Aqui em Rio Negrinho continuou a exercer a sua obra, ainda não catalogada. Alguns quadros localizados recentemente, de autoria de Francisco, expostos em residências de seus descendentes, não se encontram assinados por ele, sabendo-se por tradição oral, que foram pintados por ele.
Quadro "Anjo da Guarda", pintado por Francisco Kwitschal, pertencente a Sonia Maria Kwitschal Kogler |
Teve como filhos, Maria, nascida
na Europa em 28/09/1874, casada com José Endler, e no Brasil, Henrique, nascido
em 22/09/1878, e Sofia, nascida em 26/12/1880, casada com Henrique Hatschbach. Sofia e Henrique também foram moradores em Rio
Negrinho, deixando aqui vários descendentes.
Francisco, faleceu em 20/02/1929, com oitenta e sete anos e sua esposa Amália, faleceu com 95 anos, 11/03/1932, e estão sepultados no Cemitério de Rio Negrinho.
Seu filho Henrique exerceu a profissão de açougueiro na localidade Lençol, até 1916, quando mudou-se para Rio Negrinho, onde adquiriu o Hotel Rio Negrinho, dirigindo-o até 1920. Depois passou a trabalhar com a agricultura e pecuária. Casou-se com Hedwirges Wohel e teve como filhos, Emilia, casada com Luiz Paul, Bernardo, casado com Herminia Hantschel e Henrique Filho (Heine), casado com Paula. Henrique (pai) faleceu em 29/08/1958.
Francisco, faleceu em 20/02/1929, com oitenta e sete anos e sua esposa Amália, faleceu com 95 anos, 11/03/1932, e estão sepultados no Cemitério de Rio Negrinho.
Seu filho Henrique exerceu a profissão de açougueiro na localidade Lençol, até 1916, quando mudou-se para Rio Negrinho, onde adquiriu o Hotel Rio Negrinho, dirigindo-o até 1920. Depois passou a trabalhar com a agricultura e pecuária. Casou-se com Hedwirges Wohel e teve como filhos, Emilia, casada com Luiz Paul, Bernardo, casado com Herminia Hantschel e Henrique Filho (Heine), casado com Paula. Henrique (pai) faleceu em 29/08/1958.
(Texto com base em informações
anotadas, respectivamente, em 12/11/1984 e 19/11/1984, em entrevistas, com os
netos de Francisco Kwitschal, Paulo Hatschbach, nascido em 07/03/1903, e Emilia
Kwitschal Paul, nascida 02/04/1901, ao servidor municipal Osmair Bail, então
Diretor do Museu Municipal de Rio Negrinho; e com dados complementados extraídos do Cemitério
Municipal de Rio Negrinho e dos sites do Arquivo Histórico de Joinville e do site familysearch.org)