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Na foto acima vê-se a comunidade católica durante a procissão em frente a praça Oldegar Olsen Sapucaia, na qual encontrava-se instalada o então prédio da intendência do então Distrito de Rio Negrinho (foto do acervo de José Luimar Meyer).
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Na foto acima de 1949, vemos enfeitado o prédio da intendência do então Distrito de Rio Negrinho para a procissão de Corpus Christi daquele ano (foto do acervo de Ana Alves de Andrade). |
Corria o ano de 1264. O Papa Urbano IV mandara convocar uma seleta assembléia os mais famosos mestres da Teologia daquele tempo. Entre eles dois varões conhecidos não só pelo brilho da inteligência e pureza da doutrina, mas, sobretudo, pela heroicidade de suas virtudes: São Tomás de Aquino e São Boaventura. A razão da convocatória relacionava-se com uma recente bula Pontifícia instituindo uma festa anual em honra do Santíssimo Corpo de Cristo. O papa Urbano IV emitiu em 11 de agosto de 1264 a bula Transiturus de hoc mundo, pela qual determinava a solene celebração da festa de Corpus Christi em toda a Igreja. A Festa de Corpus Christi instituída para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, é alimentado com o próprio corpo de Cristo. Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja. Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação. Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira, após o domingo de Pentecostes. Em nossa cidade o costume de comemoração da festa de Corpus Christi vem se estendendo a mais de sessenta anos. (textos extraídos da revista Arautos do Evangelho - junho/2009, do site nossosãopaulo e de nossa autoria)